quarta-feira, 16 de junho de 2010

Leitores opinam!






Cartas dos Leitores

Necessidades dos bairros

Muito oportuno o comentário Tempo de ouvir a voz dos bairros, do jornalista Hélio Rocha, publicado sábado. Quando a sociedade fica à mercê apenas da classe política, dificilmente seus verdadeiros anseios são conhecidos. O bairro, enquanto membro de um organismo maior, tem suas necessidades próprias, talvez detalhes que só importem à comunidade local.

O administrador público enxerga a cidade como um todo e reivindicações de problemas pontuais, na maioria das vezes, nem chegam a ser levados em consideração pelas repartições responsáveis. A associação de bairro é instrumento necessário para que a comunidade faça-se ouvir sem precisar ter padrinho político.

É o local de se discutir para onde foram os bancos do parque que nunca mais voltaram, o que é preciso para melhorar a qualidade de vida do morador, que impactos vão gerar determinada obra. E por aí vai. Os cidadãos precisam ter meios de resolver os problemas que atingem sua vizinhança com dignidade, sem ficar devendo favores à ninguém.

ANTÔNIO ALEXIS ARANTES
Setor Bela Vista - Goiânia


Legislaturas

Em recente artigo escrito para este jornal, o professor Itami Campos chama a atenção para uma falha no registro das legislaturas feito pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Segundo aquele cientista político, o Poder Legislativo goiano deveria contabilizar 47 legislaturas, ao invés de apenas 16.

Campos aponta o desconhecimento da própria história como uma das causas desta diferença, alertando, ainda, que a Assembleia deixa de reconhecer parte de seu patrimônio ao não reivindicar como seu um prédio especialmente construído em 1937 para abrigar o parlamento goiano e que hoje é ocupado por órgãos do Executivo.

De fato, o Poder Legislativo do Estado de Goiás pouco se preocupou pela preservação de sua história, sendo que em momentos pretéritos chegou mesmo a incinerar parte de seus documentos, transformando em cinzas sua própria biografia.

Muito já se disse que povo sem história é povo sem identidade. Talvez seja esta uma boa oportunidade para a Assembleia Legislativa de Goiás resgatar parte da sua história, do seu patrimônio e da sua própria identidade.

GILNEI ALBERTO RIBEIRO
Centro - Goiânia


Aterro sanitário

A propósito das cartas do leitor Marcelo de Amorim, publicadas dia 24 de abril e 22 de maio, sobre o projeto de aterro sanitário e industrial em Guapó (GO), sinto-me obrigada a responder-lhe, em nome do desenvolvimento sustentável da nossa região de Goiás.

Referente ao projeto de aterro sanitário e industrial na zona rural de Guapó, digo que devemos agradecer que tal desenvolvimento esteja chegando a esta região. Em relação à afirmação da não realização de estudos relacionados ao projeto, eu, como cidadã e interessada neste assunto, posso afirmar que foi feito um estudo técnico para saber as condições mais adequadas para a disposição final dos resíduos, sem que haja agressão à natureza ou riscos à saúde pública.

Inclusive o projeto é de conhecimento do Ministério Público, das prefeituras e Secretarias do Meio Ambiente de Aragoiânia e Guapó, que são conscientes do alto valor de investimento na tecnologia, no monitoramento de um projeto de aterro sanitário. Há certos serviços que o setor privado precisa tomar frente para serem eficientes, lembrando dos aeroportos que, por favor, devem ser privatizados.

Infelizmente, não há um aterro sanitário em Guapó nem em Aragoiânia. Existem lixões a céu aberto e há uma enorme diferença entre lixão e aterro sanitário. O chorume que é o líquido proveniente da decomposição da matéria orgânica, é totalmente ignorado no lixão e dessa forma contamina o solo e a água.

Já no aterro sanitário, o chorume é tratado e monitorado continuamente e não há riscos de contaminação nem de transmissão de doenças. Em países como a Alemanha os lixões são proibidos e atualmente inexistem, e mais, os resíduos são incinerados ou coprocessados. Dos resíduos gerados no Brasil, apenas 12% são reaproveitados, isso se traduz em perdas anuais de R$ 18 bilhões.

Com a adoção do aterro sanitário ao invés de lixão, estaremos no caminho do progresso e a população deveria apoiar ao invés de rejeitar tal progresso. Um aterro sanitário pode, sim, estar cercado por propriedades rurais com criação de gado ou plantações, isso significa que o Brasil está diversificando a utilidade da sua terra.

ROBERTA FRANÇA PACHECO
Setor Oeste - Goiânia


Leitura de jornais

Sulista de Curitiba, conheço Pirenópolis há cinco anos. Todos os anos volto a Piri e, desta vez, acabo uma temporada de três meses. Assinante de um jornal paranaense, suspendi a entrega do jornal e passei a comprar diariamente O POPULAR.

A única banca onde o encontro é a de dona Vera, junto da rodoviária. Uma ou outra vez também adquiro outros jornais, mas sempre voltei para O POPULAR. Gosto da linha editorial, aprecio os colunistas Dora Kramer, Elio Gaspari, Miriam Leitão, Washigton Novaes e as Crônicas e Outras histórias também são ótimas.

Antes de retornar à terrinha fria, gostaria de deixar minhas impressões sobre Pirenópolis e sobre o jornal. Pirenópolis, seu povo, seu modo de vida (bem goiano...), o atendimento ao turista, o clima, as paisagens, as opções de lazer tudo contribui para que as pessoas se sintam bem.

E normalmente voltarão. Existe muita criatividade, divulgação, informação. Jornais e a mídia em geral poderiam dar maior divulgação. Uma das coisas que mais me impressionou foi a desproporção entre o número de exemplares de jornal vendidos na banca e o número de habitantes da cidade.

LOY SCHNEIDER
Pirenópolis - GO


Ensino do trânsito

A Prefeitura de Goiânia merece aplausos pelas intervenções visando melhorar um pouco o trânsito da cidade. Adianta pouco, porém, melhorar as ruas se não atualizar os motoristas, a começar pelo que as autoescolas ensinam aos novos.

As apostilas têm conteúdo antigo e não ensinam a realidade atual. São do tempo em que se ensinava a sinalizar com os braços quando se ia fazer conversão para direita ou para esquerda.

Ainda hoje, o pensamento é de que andar muito devagar, em qualquer via, é mais correto e seguro. As mulheres que tiram carteira de motociclistas andam sempre muito lentas e no meio das ruas, como se não corressem perigo nem atrapalham o trânsito.

Existem motoristas que não sabem ou têm medo de entrar em rodovias e marginais, andam muito lentos ou param quase no meio da pista, provocando acidentes.

Outra situação que tem de ser corrigida rapidamente é o uso das ruas. Ainda hoje, a maioria dos motoristas não ocupa os espaços vagos entre carros, fazem longas filas de um lado da rua enquanto ao lado está totalmente vazio.

FRANCISCO ALCANFOR FILHO
Centro - Goiânia


Barulho em bar

Como cidadão, estou insatisfeito com o funcionamento de um bar, em frente ao 7º Distrito Policial do Jardim América. O local é palco de bagunça. Além disso, todo o mundo vê jogos de baralho e pessoas com armas de fogo a desafiar outras que passam por ali.

AGUSTINHO FERNANDES
Setor Serrinha - Goiânia

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