sexta-feira, 18 de junho de 2010

PMDB: bateu desespero!






OPINIÃO





Nilo Resende



 Ataques e acusações encobrem falta de projetos do PMDB

É muito satisfatório e reconfortante para qualquer político poder expressar as suas convicções publicamente, sem constrangimentos e sem nenhum receio de se expor ao ridículo ou de contrariar o consenso da opinião pública.

É assim que eu me sinto ao iniciar este texto para o Diário da Manhã, depois de ler o envergonhado texto aqui publicado ontem sob a responsabilidade de Adib Elias, atual presidente do diretório estadual do PMDB.

Mais uma vez, aliás, reproduzindo o comportamento do candidato Iris Rezende, o alto dirigente peemedebista esconde a falta de projeto do seu partido atrás dos ataques e acusações contra o senador Marconi Perillo. O ex-prefeito Adib não consegue disfarçar o seu incômodo com a ausência do que responder aos que, como eu, cobram não só de Iris, mas de qualquer pretendente ao elevado posto de governador de Goiás, a apresentação de propostas e de ideias para construir um futuro melhor para os goianos e as goianas.

A arrogância do PMDB é tamanha que o partido se julga no direito de dispensar a elaboração de uma proposta de governo, limitando-se a repetir a cantilena monótona de que Iris é o enviado de Deus para resolver sozinho todos os problemas do nosso Estado.

Adib, que até há pouco tempo não escondia a sua opinião negativa sobre a candidatura de Iris, nem sequer se dá ao esforço de fingir que existe algum plano, alguma linha de trabalho, algum planejamento. Ao contrário, o ex-prefeito Catalão, que deve explicações sobre a mina de ouro negro descoberta pelo Ministério Público na sua gestão, apenas repete como um boneco a tese de que Iris é o melhor porque... Adib e Iris acham que ele o maior cacique peemedebista é mesmo o tal.

O PMDB de Iris é um partido que costumeiramente não pensa. Nos raros momentos em que pensa, pensa mal. Além de não praticar a modernidade, ainda critica, como faz Adib, as ferramentas da inovação tecnológica que hoje são utilizadas em todo o mundo – como a internet, por exemplo. Eles – tanto Iris nas suas entrevistas e discursos, quanto Adib no seu artigo de ontem – se dão ao luxo de dispensar as vantagens do mundo digital e preferem se agarrar a uma visão de mundo arcaica e ultrapassada. Para eles, quem usa a internet é “desocupado” e está apenas à procura de diversão.

Eu, que quando jovem não tive o privilégio de conviver com as maravilhas da internet, então inexistente, tratei de aprender a manejar as ferramentas on line. Se alguém, dentro da internet, quiser se comunicar com os líderes peemedebistas, não terá nenhuma opção – e isso, é preciso reconhecer, acaba consolidando o imobilismo do partido e o atraso dos seus candidatos em relação à dinâmica da sociedade atual.

Ninguém no Brasil, nem mesmo os mais ferrenhos adversários, tem a coragem de negar a modernidade do PSDB. É por isso que tenho um grande orgulho (sou do DEM) em cerrar fileiras com o partido e com as propostas de gestão moderna do nosso candidato, o jovem e antenado senador Marconi Perillo. Não só em Goiás, mas em todo o Brasil, Marconi é reconhecido como um político de vigorosa presença na internet e também citado como modelo de utilização dos instrumentos de interação da rede mundial virtual.

A ação modernizante do PSDB é fato inconteste em Goiás, simbolizada em iniciativas como o Vapt-Vupt (aliás, copiada por Adib, sob o nome de PoupaPrazo, em Catalão), o cartão da Renda Cidadã (que Adib também tentou copiar em Catalão, mas fez tão mal feito que o Ministério Público embargou, já que a Prefeitura tentou implantar o benefício às vésperas da eleição passada) e a criação de uma universidade pública, a UEG.

O PSDB também modernizou as finanças públicas em Goiás. Foi no governo Marconi que as diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal foram adotadas como norma de conduta da gestão financeira do Estado, acabando com a anarquia deixada pelas administrações do PMDB. Se tivesse havido responsabilidade fiscal na época dos governos de Iris Rezende e Maguito Vilela, o governo Marconi não teria herdado a maior dívida proporcional dentre todos os Estados brasileiros, inteiramente constituída pelas gestões peemedebistas, que, repito, ainda consumirá recursos do povo goiano para o seu pagamento no mínimo pelos próximos 50 anos.

Iris, Adib e o PMDB estão cometendo o erro de tentar construir uma candidatura ao governo de Goiás baseando-se em uma mentira, a de que existiria um déficit de R$ 100 milhões quando o atual governador assumiu o cargo. Isso é falso como uma nota de R$ 3 reais.

Não existe nenhum documento oficial, nenhuma auditoria, nenhuma comprovação, nada, enfim, que indique a existência desse déficit. Na verdade, o que sobram são manifestações de órgãos de credibilidade indiscutível como o Tribunal de Contas do Estado, apontando, como aconteceu no primeiro relatório do TCE encaminhado à CPI da Dívida, disponibilizado no portal da Assembléia na internet, que não houve desequilíbrios fiscais no governo Marconi e que, nos governos peemedebistas, principalmente no de Iris Rezende de 1991 a 1994, é que foi registrado um descompasso fenomenal entre receitas e despesas de até 145%.

Iris e seu sicário Adib Elias, desagradando inclusive a setores do PMDB, que já se manifestaram publicamente contra o autoritarismo e os erros cometidos pela direção do partido, abandonaram a trilha da verdade e optaram pelo rumo das falácias. Constroem sobre areia e nada de positivo apresentam a Goiás, a não ser calúnias, agressões e a proposta de um debate de baixo nível – que o PSDB não aceita, por escolher o caminho da discussão em alto nível, aprovado pelo povo goiano. Os peemedebistas colhem, em todas as pesquisas publicadas até agora, resultados negativos e se desesperam com o crescimento contínuo dos índices de Marconi. Estão sendo julgados pelo povo e pela história. Espero que se preparem para a derrota implacável que se aproxima.


Nilo Resende é deputado estadual (DEM)

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