terça-feira, 22 de junho de 2010

PT: Vale tudo!!







POLÍTICA

SUCESSÃO


Serra afirma que PT faz terrorismo
Candidato reclama que partido adversário usa as privatizações para provocar temor nos eleitores

Folhapress

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou ontem que as privatizações de empresas estatais são usadas como "terrorismo eleitoral" e que sua adversária na disputa, Dilma Rousseff (PT), deve desculpas pelo suposto dossiê contra os tucanos. As afirmações foram feitas durante a sabatina promovida pela Folha de S. Paulo e pelo portal Uol.

"Isso (as privatizações) é usado mais como terrorismo eleitoral do que como realidade", disse ele em referência a uma suposta intenção sua de privatizar empresas estatais. Sobre o Banco do Brasil, afirmou que é "terrorismo em estado puro".

Ele também apontou como terrorismo o fato de que os petistas estariam espalhando boatos de que Serra acabaria com o Bolsa Família ou o ProUni, marcas de sucesso do governo Lula.

"Isso nunca me passou pela cabeça. É como dizer que é contra a energia elétrica, a água encanada", reclamou. "Tem tanta coisa maluca espalhada que eu não quero nem falar",completou.

Serra também falou sobre o suposto dossiê contra tucanos. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, levantados pelo "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma, saíram diretamente dos sistemas da Receita Federal, como atestam documentos aos quais a reportagem teve acesso.

"Por que a Receita vai quebrar o sigilo de alguém e fazer vazar isso à toa? Não é à toa", disse Serra.

"Diante das evidências, caberia uma atitude mais dramática, de afastar as pessoas, pedir desculpas publicamente", afirmou ele sobre a reação que Dilma deveria ter em relação ao caso.

Temas polêmicos
Ele disse ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais. "Tem tanto problema grave de crianças abandonadas no Brasil. Isso vale para qualquer tipo de casal, qualquer tipo de pessoa. Não vejo por que não aprovar isso", disse o candidato.


O tucano disse ser a favor, "em geral", de ações afirmativas e afirmou que não é a favor da descriminalização das drogas e disse que não mexeria na atual legislação sobre o aborto. "Liberar o aborto criaria uma verdadeira carnificina no País."

O tucano afirmou ainda, ao ser questionado sobre o vice que irá compor sua chapa, que também tem uma "enorme curiosidade" em saber o nome do político que vai ocupar a vaga. "Eu também tenho uma enorme curiosidade. Até o fim do mês resolve. Essa não tem sido uma questão estressante para mim, nem para grande parte do PSDB", disse.

Hoje, os mais cotados são Sérgio Guerra, Tasso Jereissati e Álvaro Dias, todos senadores do PSDB. No DEM, José Carlos Aleluia, deputado baiano, tem chances também.

O candidato disse que não perdeu a esperança de atrair o PP para sua coligação. O partido flertou com Serra, mas agora indica que ficará neutro na disputa. (Folhapress)


Tucano fala em união com Marina no 2º turno

São Paulo - Prevendo uma eleição difícil, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que gostaria de fazer, no segundo turno, uma "tabelinha" com Marina Silva, que disputa a sucessão pelo PV. Garantindo não ter havido nenhum entendimento prévio neste sentido, o tucano argumentou que a questão ambiental os aproxima.

Serra, economista de formação, chegou a dizer que ele mesmo é um ambientalista e que por isso teria condições de herdar os votos de Marina. "Eu adoraria ser o herdeiro (dos votos do PV), mas a decisão não é minha, é dos eleitores. Eu até toparia uma tabelinha, mas eu não acho que a Marina esteja fazendo algum viés, não. Agora, eu tenho uma proximidade grande com a área ambiental. Me considero um ambientalista. Mas não há nenhum tipo de entendimento político", disse Serra, que buscou solidificar o palanque do PSDB no Rio de Janeiro com elogios a Fernando Gabeira, candidato verde ao governo.

O tucano fez também uma previsão alentadora da disputa presidencial. Indagado sobre a popularidade do presidente Lula e a possível transferência do votos para a adversária petista, ele admitiu que esta vai ser uma eleição difícil, porém, aposta todas suas fichas em sua biografia política para vencer o pleito. E aproveitou para dizer que caberá ao eleitor, neste momento, fazer a escolha a partir da história dos candidatos.(Agência O Globo)


TCU revela que contas irregulares podem deixar cinco mil inelegíveis

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou ontem uma lista com os nomes de 4.922 gestores públicos que estão impedidos de disputar as eleições de outubro. Eles ficaram inelegíveis porque tiveram suas contas dos últimos anos rejeitadas por mau uso do dinheiro da União em convênios de Estados e municípios com entidades federais. A grande maioria dos integrantes da lista é de funcionários de carreira ou ocupantes de cargos de confiança; e grande parte não pretende disputar a eleição. Mas quem tiver esse intuito será barrado na Justiça Eleitoral.

A lista do TCU, entregue ontem pelo presidente do tribunal, Ubiratan Aguiar, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, tem 7.854 condenações — alguns gestores foram punidos mais de uma vez. O número de condenações e de gestores aumentou em relação à última lista do TCU, divulgada nas eleições municipais de 2008, que continha 4.840 condenações de 3.178 pessoas.

Para os presidentes dos dois tribunais, essa lista é um instrumento a mais para barrar os registro de candidaturas de pessoas com ficha suja. A lista será entregue também a todos os Tribunais Regionais Eleitorais, ao procurador-geral Eleitoral, Roberto Gurgel, e aos Tribunais de Contas de Estados e municípios. Quem já homologou sua candidatura na Justiça Eleitoral e estiver nessa lista terá seu registro cassado.

Para o presidente do TSE, a Lei da Ficha Limpa, recém-aprovada no Congresso Nacional, fechou o cerco contra os que praticam irregularidades com dinheiro público. A rejeição de prestação de contas é um dos critérios para impedir o registro da candidatura. "A Lei da Ficha Limpa realmente endureceu contra aqueles que empregam mal o dinheiro público", avaliou Lewandowski.

O maior número de condenações foi no Maranhão: 728, seguido por Bahia (700), Distrito Federal (614) e Minas Gerais (575). Na outra ponta, com o menor número de condenações, está Santa Catarina: 86. Em Goiás, o TCU somou 191 condenações.

O presidente do TCU lembrou que esse trabalho vem sendo feito há 20 anos, para ajudar a Justiça Eleitoral a sanear o processo político do País. O levantamento será atualizado até 31 de dezembro deste ano, levando em conta recursos impetrados em tempo hábil, com efeito suspensivo.(Agência O Globo)

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