quinta-feira, 17 de junho de 2010

O fim melancólico de um governo!







SUCESSÃO

Cunha deixa cargo no governo
Tucano sai da pasta de articulação e deve ser um dos coordenadores da campanha de Marconi Perillo

Fabiana Pulcineli

Último secretário do PSDB no governo Alcides Rodrigues (PP), Fernando Cunha anunciou ontem a saída da pasta de Articulação Política. O tucano já vinha trabalhando há meses na pré-campanha do senador Marconi Perillo (PSDB) ao governo. Integrante do conselho político do senador, deve ser um dos coordenadores da campanha.

Fernando Cunha foi coordenador-geral da campanha de Alcides, cargo que ocupou também nas eleições de 2002, quando Marconi foi reeleito. Após a vitória, ele foi nomeado secretário Extraordinário e, mais tarde, assumiu a pasta de Articulação Política. Porém, nunca atuou como articulador político do governo.

Assim como outras pastas ocupadas por tucanos, a secretaria foi esvaziada. A articulação política ficava a cargo do deputado federal Roberto Balestra (PP), que ocupou uma Secretaria Extraordinária. Atualmente, a função é do ex-prefeito Eurípedes Pankão (PP), também em uma pasta Extraordinária.

Ocupantes da maioria disparada dos cargos quando Alcides assumiu o governo, os tucanos começaram a sair ou ser exonerados ainda em 2007, quando iniciaram as divergências entre PP e PSDB, antes aliados. Este ano, com o rompimento oficial e o período de pré-campanha, as saídas se intensificaram. A informação no governo é que mais nomes estarão fora nos próximos dias, especialmente de segundo e terceiro escalões.

Como aliados do PSDB, restam ainda no considerado primeiro escalão os presidentes do Detran, Bráulio Morais, e da Agência de Fomento, José Taveira, além do Coronel Sebastião Vaz (Gabinete Militar). O tucano Orion Andrade, ligado ao ex-prefeito Nion Albernaz também ocupa a Diretoria Administrativa da Celg.

Até o final de abril, o presidente do PSDB metropolitano, Olier Alves, ocupava a chefia de Gabinete do governador, mas deixou o cargo diante das pressões de aliados. Dias antes, o governador havia exonerado Carlos Peixoto (PSDB) da Secretaria Geral da Governadoria.

Fernando Cunha saiu oficialmente da secretaria na terça-feira, mas a conversa com o governador ocorreu há dez dias. Segundo o tucano, a saída estava planejada há muito tempo por conta do início da campanha de Marconi. "Eu sou do PSDB, tenho lado, tenho partido, e comuniquei isso ao governador da forma mais cordial possível", disse. "Não saí antes porque agora é que os partidos vão realizar as convenções e começará a campanha de fato", explicou.

Fernando Cunha diz não ver rompimento entre PP e PSDB, ressaltando que as bases do partido do governador estão com Marconi. "Trinta e cinco prefeitos do PP apoiam o PSDB. Então o que ocorre é que alguns no PP querem o rompimento, mas a maioria, não", disse. O tucano defende que o PSDB não faça ataques ao governo, mas ao "único adversário" - o pré-candidato do PMDB, Iris Rezende. Para ele, Vanderlan Cardoso (PR) não quebrará a polarização entre PSDB e PMDB.

O assessor especial do governo João Meirelles, também marconista, foi exonerado junto com Fernado Cunha.

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