quarta-feira, 2 de junho de 2010

PT: Vale tudo!!







POLÍTICA

SUCESSÃO

PSDB cobra explicação sobre dossiê
Sérgio Guerra questiona a existência de um suposto material do PT para prejudicar a candidatura do Serra

AE

Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), quer que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, explique “porque montou uma equipe de espiões e arapongas para fabricar dossiês contra adversários”. Reportagem da revista Veja desta semana relata que um grupo dentro da campanha da petista teria ensaiado a produção de um suposto dossiê para atingir o presidenciável José Serra (PSDB). Mas, segundo a revista, a própria Dilma interveio para anular a produção de qualquer dossiê contra o tucano.

Foi a coordenação da campanha de Serra quem mobilizou Guerra para organizar uma reação à suposta “tática petista” dos dossiês. Serra teria ficado especialmente irritado com a notícia de que a disputa interna de poder na campanha petista teria enveredado para a produção do suposto dossiê, cujo alvo principal seria sua filha Verônica. Serra, segundo interlocutores, reclamou que tem levado a campanha com “equilíbrio e extrema responsabilidade” e que estaria “indignado com esse jogo sujo”.

Guerra disse que “a candidata Dilma já tem no curto currículo dela o dossiê contra dona Ruth Cardoso, que até hoje não foi explicado”, lembrando que, quando este episódio veio a público, Dilma era ministra da Casa Civil.

O tucanato diz que não basta dizer que a estrutura de espionagem foi desmontada e que o coordenador da campanha petista, Fernando Pimentel, não tem nada com isso. “Esse novo dossiê está no colo da candidata e dessa vez não dá para chamar a dona Erenice (Guerra, a assessora que herdou a cadeira de ministra), como fizeram da outra vez”, protesta o tucano. “Nós queremos – e vamos – fazer uma campanha limpa, mas não vamos ceder a ameaças de marginais acantonados para produzir esses vergonhosos dossiês”, afirmou.

Gastos

O dossiê com informações sobre gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher Ruth foi uma resposta do governo às denúncias envolvendo ministros de Lula que usaram dinheiro público – cartões corporativos – para gastos pessoais. A Casa Civil argumentou à época que se tratava apenas de um arquivo com observações políticas sobre os gastos do ex-presidente. As informações ali arquivadas serviriam para municiar a tropa aliada na CPI dos Cartões Corporativos.

Guerra diz que a campanha real ainda nem começou e os petistas já vão se organizando em ações dessa natureza “com dinheiro que ninguém sabe de onde veio, como não se sabe a origem da montanha de dinheiro da campanha passada”. O presidente do PSDB se refere ao escândalo dos aloprados, um grupo de petista, que, nas eleições de 2006, tentou comprar e montar um dossiê que afetaria candidaturas tucanas.

Ele diz que, em 2006, havia “gente do governo envolvida na operação” e quer saber se agora também tem, e como os supostos arapongas estão sendo pagos. “A casa do Lago Sul é um escritório de campanha do PT ou um aparelho dos aloprados a serviço da candidata petista?”, indaga, apelando à petista para que não permita terrorismo eleitoral. “A mesma coragem que Dilma teve para enfrentar a ditadura, tem que ter agora, para enfrentar os arapongas e os aloprados”, cobra, convencido de que ela não terá como “se esconder da responsabilidade”. (AE)

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