sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Marconi Perillo: vitória no primeiro turno cada vez mais perto!





Política & Justiça


Marconi vence eleição no primeiro turno
Candidato a governador pelo PSDB tem 56,5% dos votos válidos. Iris aparece com 32,7%

Além de cair 5,2 pontos percentuais, peemedebista enfrenta maior índice de rejeição

Demóstenes e Lúcia lideram disputa ao Senado com 52,4% e 41,5%, respectivamente

Alexandre Bittencourt
Editor de Política & Justiça

Se a eleição fosse hoje, o candidato da coligação Goiás Quer Mais, Marconi Perillo (PSDB), venceria a disputa pelo governo de Goiás no primeiro turno. É o que mostra a pesquisa Ecope/Diário da Manhã, realizada entre os dias 8 e 22 de setembro. Para liquidar a fatura no próximo dia 3, Marconi precisa ter mais votos do que a soma dos adversários. Hoje, a diferença é de 6,5 pontos percentuais em favor do tucano.

Esta é a maior pesquisa já feita nestas eleições. O Ecope ouviu 13.007 eleitores – amostragem bem maior que a utilizada pelos demais institutos do Estado. A margem de erro é de apenas 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Marconi aparece com 56,5% das intenções de voto, contra 32,7% do candidato da coligação Goiás Rumo ao Futuro, Iris Rezende (PMDB). Na terceira colocação está o candidato da coligação Goiás no Rumo Certo, Vanderlan Cardoso (PR), com 9,9% dos votos válidos. Marta Jane (PCB) tem 0,6% e Washington Fraga (PSol), da coligação Goiás Pra Você, Não Pra Eles, tem 0,3%.

O levantamento mostra recuperação de Marconi, que no mês passado havia registrado queda de 3,3 pontos percentuais em relação à rodada realizada em julho. O tucano deu início à pré-campanha em junho com 54,9%. Avançou para 57,6%, caiu para 54,3% em agosto e agora chegou a 56,5%. A vantagem do candidato do PSDB para o peemedebista é de 23,8%.

Iris continua oscilando sempre para baixo. Há quatro meses, registrou 40,1% das intenções de votos válidos, e então caiu para 32,7%, manteve praticamente o mesmo índice em agosto (37,9%) e despencou, em setembro, para 32,7%.

Vanderlan, candidato que tem o apoio do governador Alcides Rodrigues (PP), começou a pré-campanha com 4,3%, caiu para 4%, subiu para 6,4% e agora chegou a 9,9% das intenções de voto. Marta Jane superou a faixa do primeiro ponto percentual apenas uma vez, em agosto (1,2%), mas este mês caiu para 0,6%. Washington Fraga (PSol) registrou 0,7%; 0,4%; 0,2%; e hoje está com 0,3%.


REJEIÇÃO

Em queda nas pesquisas e com dificuldades para forçar o segundo turno com Marconi, Iris enfrenta também a maior rejeição entre os cinco candidatos ao governo. Não admitem a possibilidade de votar no peemedebista 18,4% dos eleitores entrevistados. O tucano enfrenta objeção de 14,9% - 1,1 ponto a mais que Marta Jane. Fraga, do PSol, é alvo da resistência de 13,7% dos goianos ouvidos pelo instituto, enquanto não votam em Vanderlan 10,5%.

Rejeitam todos os candidatos 2,6% dos eleitores. Rejeita ninguém 39,7%. Não souberam responder 4,2% dos entrevistados.


SENADO

O Ecope mostra também que, se as eleições ocorressem hoje, os senadores e candidatos à reeleição Demóstenes Torres (DEM) e Lúcia Vânia (PSDB) seriam reeleitos com ampla vantagem sobre os demais candidatos. Admitem votar em Demóstenes 52,4% dos eleitores. Lúcia alcança 41,5% dos votos válidos.

O deputado federal e candidato da coligação Goiás Rumo ao Futuro Pedro Wilson (PT), terceiro colocado, tem 16,6% das intenções de voto. O ex-prefeito de Rio Verde Paulo Roberto Cunha (PP) aparece com 8,6%. Sob ameaça de ter a candidatura barrada pela Justiça, Adib Elias (PMDB) está na quinta posição, com 7,5% dos votos. O cantor Renner, que já desistiu da disputa, foi lembrado por 7% dos eleitores.

Na sequência, vêm Elias Vaz (PSol), com 2,5%; Rubens Donizete (PSTU), com 2,3%; e Bernardo Bispo (PCB), com 1,8%. Não citaram nenhum candidato ou pretendem votar em branco ou nulo 6,1% dos entrevistados. Não souberam responder 27,7% dos eleitores. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 16 de setembro sob protocolo 44261/2010.


Diretor do instituto alerta para existência do voto útil

Candidatos que estão atrás nas pesquisas de intenção de voto sempre se apegam à quantidade de indecisos como alternativa para uma possível virada. Entretanto, o presidente do instituto Ecope do Brasil, José da Costa Freitas, explica que o eleitor indeciso tende a votar nos candidatos que estão melhor colocados nas pesquisas. "Existe uma cultura que diz que 10% do eleitorado não quer perder o voto, por isso escolhe o candidato que está à frente nas pesquisas. O eleitor indeciso também pode pensar dessa forma, votam em quem acham que vai ganhar".

As pesquisas podem definir até mesmo mudança de voto em eleições que possuem segundo turno, conta Freitas. Para ele, parte do eleitorado decide o voto pelo cenário que os números mostram. "Sempre pode ter alguma mudança no segundo turno. O eleitor que tinha votado em candidato A, pode votar depois no candidato B".

Freitas conta que ainda não conseguiu acompanhar com maior profundidade o cenário eleitoral no Estado. Falta "tempo" para analisar os eventos de campanha. "Não paro para analisar como está sendo a política pois eu foco no meu trabalho e nas pesquisas que estão sendo feitas. Não tenho tempo para analisar a pesquisa de candidato A ou B", afirma Freitas. (José Cácio Júnior)


Amostragem explica diferença entre pesquisas

O presidente do Instituto Ecope do Brasil, José da Costa Freitas, explica que a diferença de intenção de voto de uma pesquisa para outra se dá pela amostragem de cada pesquisa. Maior levantamento realizado no Estado, o Ecope ouviu 13007 pessoas na pesquisa divulgada na edição de hoje do Diário da Manhã. "Essa amostra foi feita com 13.007 entrevistas, evidentemente que não vai dar o mesmo resultado das outras pesquisas que fazem com 1.807 entrevistas", completa Freitas. Ele também explica que a pesquisa foi realizada em 64 municípios do Estado.

Freitas usa a analogia de um sorteio cara e coroa realizado com uma moeda para explicar como é feita a amostragem. "Funciona da seguinte forma: é como jogar duas moedas para cima. Elas só podem cair em cara ou coroa. Se jogar 50 moedas, o resultado é totalmente diferente. Então a questão principal de uma pesquisa eleitoral é a amostratem utilizada".

Freitas se ampara na margem de erro da pesquisa - 1,5 ponto percentual para mais ou para menos - para explicar que o resultado é seguro. Além disso, ele explica que a metodologia utilizada garante o cenário que os números estão trazendo. "Isso que nos assegura e nos dá a certeza de que se a eleição fosse hoje, não haveria segundo turno", completa Freitas. Mesmo assim, ele diz que não é possível cravar se a eleição terá segundo turno ou não, por conta da dinâmica do processo eleitoral. Entretanto, as mudanças, não devem surtir efeito necessário para reverter o quadro atual. "Hoje não haveria (segundo turno), mas daqui a 10 dias só Deus sabe. Mas eu acredito que as mudanças que poderão acontecer serão mínimas".

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