quarta-feira, 5 de maio de 2010

Goiânia: Transporte de problemas!







CIDADES
                                                               Foto: Diomício Gomes

Eixo Anhanguera fica sem investimentos em 2010
Governador evita falar sobre tema, mas presidente da Metrobus diz ser difícil fazer alguma coisa sem definir exploração da linha

Itaney Gonçalves

A realidade do Eixo Anhanguera deve permanecer a mesma, pelo menos até o fim deste ano. É que, segundo a Metrobus, enquanto não ficar definido quem assumirá a concessão a partir de 1º de janeiro de 2011 não serão feitos novos investimentos na principal linha do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia.

Ontem, o governador Alcides Rodrigues evitou falar sobre uma possível privatização do Eixo Anhanguera, mas afirmou que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, “já solicitou uma agenda para discutirmos esse problema”. Na edição de ontem, O POPULAR mostrou um resumo da realidade enfrentada pela linha, que diariamente está com terminais lotados, ônibus com idade média de 12 anos e demanda média de 200 mil passageiros.

A Metrobus, antiga Transurb, detém a concessão desde 1976, mas o contrato vence em dezembro deste ano. A indefinição sobre quem será responsável pelo Eixo Anhanguera a partir de 2011 é a principal justificativa para a dificuldade de conseguir dinheiro para investir em melhorias imediatas. Segundo o assessor especial da presidência da Metrobus, Jailton Naves, a empresa não pode realizar empréstimos sem a renovação do contrato de concessão. “Não é difícil financiar novos ônibus, mas quem vai liberar financiamento sabendo que daqui a sete meses tudo pode mudar?”

Naves informa que os ônibus mais novos da frota foram adquiridos ano passado. “Foram cinco ônibus seminovos, fabricados em 2006, que circulam com cores diferentes dos demais”, diz. Recentemente a empresa esteve prestes a fechar um empréstimo com o Ministério de Cidades no valor de R$ 230 milhões, mas o negócio não avançou devido a problemas com a concessão da linha. Quanto aos terminais, o assessor alega que, segundo o contrato, a Metrobus é responsável apenas pela conservação e manutenção e não tem obrigação com a edificação.

Críticas

Naves aproveitou ainda para rebater as críticas recentes feitas ao trabalho da Metrobus no Eixo Anhanguera. Segundo ele, os problemas envolvendo a linha aconteceram por conta da insatisfação do usuário que precisa esperar muito pelas linhas alimentadoras - circulam dos bairros até os terminais. Na segunda-feira, em entrevista a Rádio Difusora, o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende disse que “enquanto as empresas que ganharam a última licitação construíram terminais e renovaram a frota, a Metrobus não comprou, não reformou. O Eixão não tem ônibus suficiente”.

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