quinta-feira, 20 de maio de 2010

PT: censura!







POLÍTICA

SUCESSÃO

PT veta vídeo em marcha de prefeitos
Documento em forma de Desenho mostra calvário de quem busca recursos nos gabinetes em Brasília

Agência Estado

Brasília – O comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto vetou a exibição de um vídeo que seria mostrado ontem aos prefeitos participantes da 13ª Marcha em Defesa dos Municípios, sob a alegação de que era ofensivo. A censura causou polêmica e agitou a sabatina promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com os três pré-candidatos à Presidência.

O vídeo era um desenho animado de apenas três minutos. Descrevia o calvário de um prefeito – sempre com pires na mão – percorrendo vários gabinetes, em Brasília, com o objetivo de liberar verbas para sua cidade.

Embora não tenha sido veiculada, a peça foi citada na última pergunta feita aos concorrentes, provocando desconforto na equipe petista. “Cadê o vídeo?”, perguntou o pré-candidato do PSDB, José Serra, dirigindo-se ao presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. “Foi encaminhado às assessorias dos candidatos”, respondeu ele.

Disposto a explorar o veto promovido pela campanha adversária, Serra não se conteve. “Eu tinha curiosidade de ver esse vídeo”, insistiu o tucano. “Foi tirado, provavelmente, a pedidos.” Dilma afirmou desconhecer o vídeo e disse que sua assessoria teria condições de dar esclarecimentos sobre assunto.

Ao ser questionada se o desenho poderia constrangê-la, ela respondeu: “Depende do vídeo. O governo federal não teve essa prática de receber prefeitos com pires na mão.” A pré-candidata do PT aproveitou para dar estocadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1998-2002) e disse achar “fantástica” a comparação – considerada por ela indevida – entre as formas de tratamento aos prefeitos. “Antes, recebiam prefeitos aqui com cães e cacetetes.”

A assessoria de Dilma informou que o vídeo “não era condizente com a realidade” e que, nas reuniões com a CNM, externou a insatisfação com seu conteúdo. Argumentou, no entanto, que a decisão de não veicular o desenho foi da própria CNM. (Agência Estado)

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