terça-feira, 25 de maio de 2010

Marconi: costuras políticas!







POLÍTICA

SUCESSÃO

Marconi, Lúcia Vânia, Luiz Alberto Guimarães (da SGPA) e Caiado durante almoço

Base aliada minimiza efeito PSB
Em almoço na pecuária, Deputados federais aliados do governador afirmam que PSB vai continuar compondo com a nova frente

Núbia Lôbo

Lideranças da nova frente tentam minimizar os efeitos da possível baixa no rol de aliados que sustentam a pré-candidatura de Vanderlan Cardoso (PR), com a sinalização do PSB de que pode transferir seu apoio à pré-candidatura de Iris Rezende (PMDB). O presidente regional do PR, Sandro Mabel, diz que não acredita que Barbosa Neto, presidente do PSB de Goiás, deixará o grupo político que tem o apoio do governador Alcides Rodrigues (PP).

“Acho que o deputado Barbosa Neto está correto. Em política, você não pode deixar solto. O PSB tem valores importantes”, afirmou. O deputado federal Sandes Júnior (PP) concordou com o republicano sobre a postura do PSB no cenário da sucessão em Goiás. Na semana passada, Alcides classificou as especulações em torno do PSB como “balela”.

O presidente do DEM de Goiás e deputado federal Ronaldo Caiado traduziu o assunto como “tititi” e voltou a dizer que o partido só definirá seu apoio na convenção, mas sinalizou que não estará com o PMDB (leia reportagem nesta página).

O assunto foi tratado no almoço oferecido ontem pela Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) à bancada federal, em agradecimento às emendas que foram destinadas à Exposição Agropecuária de Goiás.

Estavam presentes os senadores Marconi Perillo e Lúcia Vânia (ambos do PSDB), os deputados federais também tucanos Leonardo Vilela e Carlos Alberto Lereia, além de Mabel, Sandes, Caiado e o coordenador da bancada goiana no Congresso, Jovair Arantes (PTB). Pela manhã, lideranças políticas participaram de missa em homenagem à padroeira de Goiânia Nossa Senhora Auxiliadora, na Catedral Metropolitana de Goiânia.

No almoço, chamou a atenção a cordialidade de Marconi com Mabel, com quem trocou cochichos e brincou sobre a recuperação do republicano, que poupou a voz por vários dias em razão de uma cirurgia nas cordas vocais. Marconi busca superar divergências também com Lúcia Vânia. Recentemente a tucana acusou o colega de Senado de estar boicotando sua candidatura à reeleição. Ontem, o que se via era troca de sorrisos e até abraços entre os dois.

Potencial

Para reforçar o potencial de Vanderlan, Mabel conta que resultado de pesquisa em Senador Canedo, onde o republicano foi prefeito por 5 anos e 4 meses, deu ao pré-candidato 51% de intenções de votos na espontânea e 68% na estimulada. “Isso mostra que quem conhece Vanderlan, vota nele”, avalia Mabel.

A nova frente acredita que o pré-candidato terá cerca de 6% de intenções de votos no até dia 30 de junho, final do prazo para as convenções partidárias, e que crescerá para 11% até o começo do programa eleitoral gratuito no rádio e na TV, em 17 de agosto.

Enquanto os partidos da nova frente trabalham para superar divergências internas, tucanos fomentam a possível saída do PSB da nova frente. O deputado estadual Daniel Goulart (PSDB) destacou declaração de Barbosa sobre a polarização da campanha em Goiás.

Ao sair de reunião com o diretório nacional do PSB, Barbosa afirmou que o palanque único com Iris na cabeça de chapa seria a melhor saída porque “em Goiás, quem não é Marconi é Iris, e vice-versa”. Para Daniel, a afirmação de Barbosa Neto é conclusiva. “Se ele acredita nisso, não há motivo para compor com Vanderlan”, avalia o tucano.


Caiado sinaliza que não fará aliança com PMDB

Núbia Lôbo

Deputado federal e presidente do DEM de Goiás, Ronaldo Caiado sinalizou ontem com alguns critérios para o processo de definição do partido na sucessão estadual. Entre eles, o democrata afirma que “todo acordo, se tem de ser explicado, é ruim”.

A declaração aponta para o distanciamento do PMDB. Apesar das conversas frequentes do senador Demóstenes Torres (DEM) com o núcleo peemedebista, no Democratas o entendimento é de que as bases dos dois partidos não têm identidade.

Sobre a indefinição do PSB, que ameaça deixar a nova frente do pré-candidato Vanderlan Cardoso (PR) para apoiar Iris Rezende (PMDB), Caiado classificou como “tititi”. O democrata diz que “essas coisas não pesam na balança”, que são apenas “altos e baixos”, já que a definição do processo “é a convenção”.

“Daqui até lá, muita coisa vai ser fomentada, algumas tuitadas de um lado e de outro. Ao final, acho que as coisas se encaixam”, brincou o deputado.

No cenário atual, a maioria das apostas coloca o DEM de Goiás coligado ao PSDB, em boa parte por causa da ligação de Caiado ao presidenciável José Serra (PSDB), o que dificultaria ao democrata apoiar um palanque da adversária do tucano, Dilma Rousseff (PT). Por outro lado, Caiado afirma que o processo de escolha do DEM será baseado nas perspectivas futuras do partido.

“O processo não é só eleger alguém em 2010, o processo é como o partido poderá amanhã ter passos que possam dar condições para que ele dispute a eleição de prefeito de Goiânia, de prefeito nos 245 municípios no interior. Tudo isso faz parte de um tabuleiro de xadrez”, avalia. “O momento agora é de nos preocuparmos para que os compromissos sejam mais sólidos e que o gesto de reciprocidade exista. O partido não pode ser usado eternamente como degrau”, defende Caiado (Núbia Lôbo)

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