terça-feira, 25 de maio de 2010

Serra: recuperar terreno!







POLÍTICA

SUCESSÃO


Serra percorrerá País em busca de ‘terreno perdido’
Operação de tucanos prevê presença de pré-candidato em todas as regiões até o fim de semana

Agência Estado

Brasília – Empatado com a candidata petista Dilma Rousseff na corrida presidencial, de acordo com as últimas pesquisas eleitorais, o tucano José Serra desencadeia nesta semana uma operação para marcar presença em todas as regiões. Levantamento do Datafolha divulgado no final de semana mostra que Serra não lidera mais nas Regiões Norte e Centro Oeste, perdeu pontos na preferência do eleitorado do Sudeste e vai mal no Nordeste, onde nunca esteve na frente.

“Até sábado, Serra visitará Estados distintos, cada um em uma região diferente”, resume o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA). Depois do debate dos principais presidenciáveis na Confederação Nacional da Indústria (CNI), marcado para hoje em Brasília (leia matéria nesta página), Serra deve correr atrás das intenções de votos perdidas na Região Sul, comparecendo a um evento que pode lhe render dividendos em todo o País.

Amanhã o pré-candidato tucano deve seguir para Gramado (RS), onde participará de um Encontro de Secretários Municipais de Saúde de todo o Brasil. O comando da campanha tucana avalia que os arranjos políticos no Rio Grande do Sul podem ajudá-lo a ampliar a dianteira na região, superando a boa performance da petista que, segundo o Datafolha, reduziu para três pontos porcentuais a diferença de mais de dez pontos apontada pelo levantamento de abril.

Apoios

Além da manifestação de simpatia do PP gaúcho, que é a maior regional do partido, os tucanos contam com o PMDB local. No Rio Grande do Sul, os líderes peemedebistas apostam que a “maioria absoluta” vai trabalhar para Serra em razão da briga histórica com o PT. Explicam que o voto gaúcho não é a favor do PSDB, mas contra o PT que, segundo eles, “faz questão de hostilizar o PMDB gaúcho”.

Na quinta-feira, a programação mira o Sudeste. José Serra voltará ao Rio de Janeiro. Fará a primeira visita ao candidato do PV a governador, Fernando Gabeira, lançado oficialmente no domingo, com o tucano Márcio Fortes na vice e coligado com o DEM do ex-prefeito Cesar Maia, que disputará uma vaga no Senado.

Também já está decidido que o candidato tucano fechará a semana no Nordeste. A agenda em Pernambuco estará voltada para o lançamento oficial da candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo. A programação de sábado ainda não está confirmada, mas a previsão é uma visita a Cuiabá (MT). O PSDB disputa o governo do Mato Grosso com candidato próprio – Wilson Santos, em aliança com o DEM e o PTB. (Agência Estado)

CNI pede reformas a presidenciáveis

Folhapress

Brasília – Reunidos em Brasília para sabatinar os principais presidenciáveis, alguns dos maiores empresários do País entregarão hoje a José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) uma lista de reivindicações espinhosas, entre elas duas bandeiras do setor: a redução da carga tributária e a flexibilização das leis trabalhistas.

O evento, patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), representa o terceiro encontro na corrida sucessória dos três presidenciáveis – que já participaram de duas outras sabatinas promovidas por prefeitos.

No documento de 227 páginas intitulado ‘A Indústria e o Brasil, uma Agenda para Crescer Mais e Melhor’, a CNI defende uma série de medidas para o período 2011-2014. Uma das principais é a redução da carga tributária, hoje em torno de 34% da soma de bens e serviços produzidos.

“Um sistema tributário de má qualidade, e que arrecada mais de um terço das riquezas geradas no País, tem seus efeitos negativos potencializados”, diz o texto, que cita estudo do Banco Mundial segundo o qual a empresa brasileira precisa trabalhar 13 vezes mais para pagar seus tributos que a empresa de um país desenvolvido.

Serra e Dilma atuaram em governos que desde 1995 elevaram o peso dos tributos de cerca de 28% a 34% do PIB.

Também na pauta de reivindicações dos empresários está a agilização da liberação de licenças ambientais para obras de infraestrutura, assunto delicado para Marina Silva, que ocupou o Ministério do Meio Ambiente.


Licenças ambientais

Além disso, os empresários pedem a flexibilização e simplificação da legislação trabalhista – tema que encontra resistência nos sindicatos e no PT –, reformas tributárias e da Previdência, limitação de gastos com custeio e pessoal, aumento dos investimentos públicos, redução dos juros, desoneração das exportações, aceleração do crescimento da renda per capita do brasileiro e redução da burocracia.

A confederação espera que o presidente eleito cumpra ao menos parte da agenda industrial, incluindo os assuntos espinhosos aos pré-candidatos. “Não é uma agenda corporativa, não pede favores. Corresponde à agenda de modernização do País”, disse o presidente da CNI, Armando Monteiro.

Ao insistir em temas como queda dos juros e reforma tributária, Monteiro disse que o objetivo da CNI é manter os assuntos em pauta. A CNI também pede o fim da gratuidade nas universidades públicas, substituindo-a “por bolsas de estudo baseadas no nível de renda e no desempenho do aluno”. (Folhapress)

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