segunda-feira, 31 de maio de 2010

Goiás: servidores alertas!







Agentes prisionais cancelam mobilização
Visitação seria suspensa ontem de manhã no complexo prisional de Aparecida de Goiâna, mas categoria vai esperar proposta do Governo

Carla Borges

Cerca de 300 agentes prisionais participaram ontem de manhã de uma assembleia diante da entrada do complexo prisional de Aparecida de Goiânia e decidiram suspender a mobilização que teria início ontem, com a proibição das visitas aos presos da Casa de Prisão Provisória (CPP) e da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), que recebem, aos domingos, cerca de 1,6 mil visitantes. Com a decisão da categoria, o acesso dos familiares aos presos foi normal, sofrendo apenas um atraso em torno de meia hora. As visitas começaram às 8 horas.

O presidente da Associação dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Goiás, Jorimar Bastos, informou que eles decidiram aguardar a reunião marcada para o próximo dia 8, quando o governo do Estado deve apresentar uma proposta. Eles já marcaram assembleia para o dia 9, quando avaliarão a negociação. “A categoria está bem mobilizada e se o governo não tivesse acenado com a possibilidade de negociarmos, não haveria nenhuma visita”, disse Jorimar.

Os agentes prisionais não são os únicos mobilizados. Além dos delegados de polícia, em greve há mais de duas semanas, os policiais militares e bombeiros também haviam decidido se aquartelar a partir de hoje, mas mudaram de ideia em seguida. A decisão dos servidores levou o governo a chamar representantes de todas as categorias para a negociação. Eles se reuniram no sábado de manhã, na Assembleia Legislativa, com o líder do governo, deputado Ernesto Roller, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Antônio Elias e o secretário de Segurança Pública, Sérgio Augusto Inácio de Oliveira.

No dia anterior, o governador Alcides Rodrigues havia descartado a possibilidade de conceder os aumentos salariais pleiteados pelos servidores, alegando que eles inviabilizariam o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Alcides disse que achava justas as reivindicações dos servidores, mas reafirmou que a polícia goiana é uma das mais bem pagas do País.

Para Jorimar, o importante é que o governo abriu a possibilidade de negociação. “Devem ter visto que o impacto na folha de pagamento não seria tão grande”. Os servidores do sistema prisional querem aumento de 25%, a título de reposição das perdas dos últimos cinco anos e a efetivação do plano de carreira.

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