Lúcia Vânia
O empresário Fernando Duarte, do PSDB de Rio Verde, defende a candidatura da senadora Lúcia Vânia. “Lúcia é leal e uma senadora que trabalha, em tempo integral, pelos municípios goianos. O PSDB tem o dever de apoiá-la. A primeira vaga é sua. A segunda vaga deve ser disputada pelos outros partidos aliados”, diz o pré-candidato a deputado estadual.
Heuler Cruvinel, do DEM aliado a Marconi Perillo, mantém sua candidatura a deputado federal, mas deverá ser prejudicado pela candidatura de Wagner Guimarães.
Com três candidaturas, Rio Verde corre o risco de, mais uma vez, não fazer nenhum deputado federal. É praxe.
Demóstenes na vice de José Serra
O Jornal Opção ouviu de tucanos e democratas que, apesar da especulação de que Francisco Dornelles, do PP, pode ser vice do pré-candidato tucano a presidente da República, José Serra, o mineiro Aécio Neves voltou a ser cogitado para parceiro de chapa do líder paulista.
No momento, Aécio trabalha para consolidar a candidatura à reeleição do governador Antonio Anastasia. Este é considerado modelo de administrador, mas, politicamente, é um poste... pesado. Como está no governo, se tornando mais conhecido, está crescendo nas pesquisas. Se deslanchar, a ponto de ameaçar Hélio Costa, do PMDB, Aécio abrirá mais espaço para o debate nacional. O tucano definiu seu projeto: quer disputar uma vaga no Senado. Mas tem ouvido, com frequência, políticos mineiros e nacionais. A maioria tucana e democrata prefere-no disputando a vice de Serra. Porque, reeditando a política do café-com-leite, reuniriam os dois maiores eleitorados do país — São Paulo e Minas Gerais. Seria uma imitação de Lula (SP) e José Alencar (MG).
Sem Aécio, José Serra pode voltar-se para o democrata Demóstenes Torres. Porque as pesquisas nacionais apontam o senador goiano como político “ético” e extremamente “gabaritado”.
DEM deve levar duas vagas do Senado em qualquer chapa
Não há nenhum partido em condições tão confortáveis quanto o Democratas em Goiás. O DEM voa em céu de brigadeiro, livremente. Pode apoiar, talvez sem se desgastar em larga medida, Marconi Perillo, do PSDB, Iris Rezende, do PMDB, ou Vanderlan Vieira Cardoso, do PR. O motivo principal é o seu amplo tempo no programa gratuito de televisão. Outro, igualmente importante, é que o partido tem políticos qualitativos no Estado, como o senador Demóstenes Torres — hoje uma de suas principais estrelas, senão a principal —, o deputado federal Ronaldo Caiado e o ex-deputado federal Vilmar Rocha.
Seus integrantes têm simpatias variadas. Os deputados estaduais Helio de Sousa e Nilo Resende e Vilmar Rocha (muito ligado à cúpula nacional) vão subir no palanque de Marconi Perillo, quaisquer que sejam as decisões da cúpula estadual. Ronaldo e Demóstenes ainda não se definiram. Aliados de ambos asseguram que deverão fechar aliança com Iris ou Marconi. A tendência mais forte, porque é a aliança preferencial do partido em âmbito nacional e da maioria dos integrantes locais, é fechar acordo político com os tucanos. Mas não há nada definido e as conversações continuam. Como o DEM está bem, sendo mais cortejado do que mulher de corpo escultural — não é à toa que dizem que o partido é a Gisele Bündchen da política goiana —, poderá fazer múltiplas escolhas na chapa majoritária. PMDB e PR já ofereceram as duas vagas no Senado — uma para Demóstenes Torres e a outra para Ronaldo Caiado (ou Vilmar Rocha). Se o acordo for fechado com o PSDB, haverá pelo menos um problema. Os tucanos têm uma senadora, Lúcia Vânia, que pretende disputar a reeleição. Mas o problema, dizem democratas, não é deles, e sim do senador. Será Marconi quem terá de convencer Lúcia a abrir espaço ao DEM. Será muito difícil, talvez impossível, retirar a tucana do páreo. Porque não se trata de uma senadora qualquer. Pelo contrário, tem apoio dos prefeitos e prestígio nacional. A saída seria oferecer uma vaga no Senado e a vice para o DEM. O problema é que nem Caiado nem Demóstenes querem ser vice. Os dois preferem o Senado. Outro problema é que o PTB do deputado federal Jovair Arantes admite, diante da resistência de Lúcia, ocupar a vice de Marconi. Este será atacado tanto por Iris quanto por Vanderlan — apesar de este se apresentar como “pacifista”. Por isso, vai precisar do tempo do DEM na televisão para se defender e, ao mesmo tempo, apresentar seu programa. Com o tempo apenas do PSDB, do PTB e de partidos pequenos, terá dificuldade para expor suas ideias, criticar a dos outros e se defender. A guerra vai ser dura.
“O deputado Rubens Otoni deve disputar a reeleição”
O prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), afirma que o deputado federal Rubens Otoni (PT), deve disputar a reeleição. “Rubens captou recursos para o governo do Estado e para os municípios goianos. Fez um grande trabalho. Ao mesmo tempo, ele é ponte entre o go-vernador Alcides Rodrigues e Iris Rezende.” Gomide acredita que não será fácil, mas não é impossível unir Alcides e Iris “já no primeiro turno”.
A gestão de Gomide conta com o apoio de uma frente ampla de partidos, que inclui o DEM e o PC do B — direita e extrema-esquerda. Por isso, tem dificuldade em apoiar candidato a deputado estadual. Ele sugere que, se os aliados lançarem muitos candidatos, poucos serão eleitos. O PT banca a vereadora Dinamélia Rabelo.
Como gestor, Gomide está trabalhando em várias áreas. “Recuperamos a auto-estima do anapolino e dos funcionários públicos e investimos pesado em infra-estruturam parques e recuperamos a cidade.”
Os nomes fortes da Polícia Militar
Pré-candidato a deputado estadual, o major Araújo é um dos preferidos de cabos e soldados. Ele é popular na Polícia Militar. Para governador, Araújo deve apoiar o republicano Vanderlan Vieira Cardoso, do PR. O major tem pelo menos dois rivais: o deputado Coronel Queiroz, do PTB, e o Capitão Wayne, do PHS. Queiroz apoia Marconi Perillo. O PHS ainda não definiu quem irá apoiar. Da Polícia Civil, o delegado Marcos Martins Machado é o mais cotado.
O “puxador” de votos para o PT
Não há nenhuma dúvida no PT: o candidato a deputado estadual mais votado deve ser Humberto Aidar. É possível que seja um dos mais votados entre todos os candidatos, ultrapassado a casa dos 30 mil votos. Será um dos puxadores de votos para o PT. Por isso é chamado de “Rubens Otoni da Assembleia”. Ligado à Igreja Católica, Aidar faz um trabalho comunitário de muito prestígio na sociedade.
Aidar diz que o PT vive um bom momento, porque o país está crescendo graças às políticas apropriadas do governo do presidente Lula da Silva.
Sobre a sucessão estadual, Aidar diz que será difícil escapar à polarização Iris Rezende versus Marconi Perillo. “Vanderlan Vieira Cardoso tem poucas chances de competir com o tucano e com o peemedebista. Falta-lhe experiência.”
Aidar está preocupado com a negociação entre a Celg e a Eletrobrás. Outras centrais elétricas do país querem as mesmas condições propostas e dizem que o governo Lula está salvando apenas a Celg.
Um campeão de votos em outubro
Os principais cartolas brasileiros, quando falam de Goiás, não citam mais o time da camisa verde. Citam o Atlético, por futebol vistoso, mas sobretudo por conta da administração eficiente do economista Valdivino Oliveira. “Temos um bom time e um bom técnico.”
Pré-candidato a deputado federal, Valdivino tende a ter votos em todo o Estado, notadamente no Entorno do DF e em Goiânia. A cúpula tucana avalia que será um dos campeões de voto.
Cruzados eram vistos como bárbaros pelos árabes
O senador Demóstenes Torres está lendo o livro “As Cruzadas Vistas Pelos Árabes” (Editora Brasiliense, 254 páginas, R$ 40,00), de Amin Maalouf.
Os cruzados europeus eram vistos pelos árabes como “invasores, atrasados, desconhecedores das regras elementares de ética social”.
“O livro é esplêndido, muito bem documentado”, afirma Demóstenes.
PP pode eleger apenas três deputados federais
Setores do PP avaliam que o partido deve eleger no máximo três deputados federais: Roberto Balestra, Sandes Júnior e Ernesto Roller. Eles temem que Sérgio Caiado fique fora.
Em Formosa, no Museu do Couro, o senador Marconi Perillo elogiou a senadora Lúcia Vânia. O tucano frisou que se trata de uma política da mais alta qualidade.
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Lúcia Vânia está sacramentada como candidato ao Senado. O PTB decidiu: vai bancar o vice. Poderá ser Jovair Arantes, Armando Vergílio ou Marlúcio Pereira.
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O PTB estuda retirar Armando Vergílio da disputa para deputado federal e bancá-lo para vice de Marconi Perillo. Por causa do conflito com o deputado federal evangélico João Campos, do PSDB.
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Tucanos alardeiam que vai pintar um escândalo federal envolvendo políticos goianos. A denúncia, que estaria fartamente documentada, envolveria um ex-secretário de Estado, um empresário local e um empresário de São Paulo.
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Estressada, a deputada Adriete Elias (PMDB) não deve disputar a reeleição para deputada estadual.
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O presidente do PMDB, Adib Elias, deve ser candidato a deputado estadual, como representante de Catalão. Ele é marido de Adriete.
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Henrique Meirelles esqueceu Goiás. O presidente do Banco Central não recebe mais políticos goianos em seu gabinete, exceto amigos.
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Se Marconi Perillo for eleito, o botafoguense José Paulo Loureiro é cotado para a Secretaria da Fazenda ou para a Secretaria de Comunicação.
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Giuseppe Vecci, no caso de vitória do tucano, deverá ser o secretário de Planejamento. O competente economista está elaborando o plano de governo de Marconi.
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O ex-deputado Vilmar Rocha (DEM) informou a José Serra, pessoalmente, que Goiás já tem 4 milhões 7 mil eleitores.
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“Sou pré-candidato a deputado federal, mas não descarto disputar o Senado”, afirma Vilmar.
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De Vilmar: “Li o seriíssimo Editorial ‘Qual é a verdadeira cara do DEM?’. Aprecio o Jornal Opção porque assume posições, sem pretender agradar ‘a’ ou ‘b’”.
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Quando chegam num município e percebem que o quadro está polarizado entre Iris Rezende e Marconi Perillo, republicanos e pepistas quase sempre se posicionam pró-tucano.
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Mataram o padre Rubens, de Campos Belos, na sexta-feira, 21. O senador Demóstenes Torres emprestou o avião que havia fretado, mas o padre chegou morto a um hospital de Brasília. (?)
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