terça-feira, 25 de maio de 2010

Marconi: energia que contagia!







ELEIÇÕES 2010 - Ensaio geral


Marconi Perillo: Vontade que assusta adversários

A primeira e mais elementar condição de um candidato realmente competitivo, com chances inquestionáveis de vitória, é que ele tenha vontade de ganhar. A segunda condição é que seus familiares e seus amigos o apoiem sem questionamentos ou dúvidas. A terceira é que ele tenha fôlego suficiente para enfrentar umas das mais intensas e desgastantes maratonas humanas: a campanha eleitoral. O tucano Marconi Perillo soma essas três condições com sobras.

Até os mais duros adversários reconhecem a imensa capacidade de Marconi de fazer política em tempo integral, de segunda a segunda, em jornadas que quase sempre incluem várias cidades, reuniões com inúmeras lideranças municipais e regionais, e que se estendem por 12, 14 e até 16 horas num único dia. Não há qualquer outro paralelo entre os políticos de Goiás. Nesse sentido, Marconi é único. Uma coisa é aguentar um tranco desses um ou dois dias. Outra, bem diferente, é fazer desse tipo de intensa jornada uma rotina de vida.

Não é exagero afirmar que o tucano sempre foi desse jeito, elétrico e totalmente dedicado. Em 1990, quando se lançou candidato a deputado estadual, foi a intensidade dos contatos com suas bases que lhe garantiu a vitória. Foi o único santillista (ligado ao grupo do então governador Henrique Santillo - 1987/1990 - já falecido) eleito naquele ano na Assembleia Legislativa. Todos os demais ficaram pelo caminho até pela pressão dos iristas.

Quatro anos depois, ao se candidatar a deputado federal, muitos imaginavam que o passo seria grande demais para alguém que mal havia estreado nas urnas. Que nada. Foi eleito graças novamente ao contato permanente com suas bases e pela repercussão intensa de seu mandato na Assembleia, marcado principalmente pela assiduidade, combatividade e, por conseqüência, visibilidade.

Se as duas eleições de deputado, estadual e federal, revelaram um político de pique, foi como candidato a governador pela primeira vez, em 1998, que essa sua característica se tornou notável. Com caminhadas, carreatas e seja lá mais o que tenha sido, Marconi correu o Estado todo sem jamais ter se permitido intervalos. Foi esse também um importante contraponto ao seu grande adversário naquela eleição, o então mito imbatível Iris Rezende.

Na campanha de sua reeleição, em 2002, mesmo liderando todas as pesquisas, Marconi não parou. Enquanto seu adversário peemedebista, Maguito Vilela, tentava pelo menos ir uma única vez em todas as cidades do Estado, Marconi em muitas delas retornava pela segunda ou terceira vez. Muitas vezes, vilarejos pequenos, com pouquíssima ou nenhuma importância do ponto de vista do eleitorado total, também recebiam a caravana sempre animada do tucano.

Não foi diferente em 2006. Por incrível que possa se mostrar para quase todos os políticos, depois de dois mandatos no Palácio das Esmeraldas os goianos viram um candidato ao Senado com pique de iniciante. Foram inúmeras reuniões, concentrações populares, palanques e carreatas todos os dias. O resultado foi o que se sabe: das urnas daquela eleição brotou a maior votação já recebida por um político goiano em todos os tempos, 2 milhões de votos.

Desde então, mesmo estando no Senado, antes como presidente da Comissão de Infraestrutura e agora como 1º vice-presidente, Marconi continua fazendo suas visitas às cidades de Goiás. Já são quase quatro anos de contato permanente com suas bases e isso vem se intensificando nos últimos meses.

Se houvesse milhagem por quilômetro percorrido na política como existe nas companhias aéreas, certamente Marconi já teria garantido novo mandato. Até o final de junho, portanto no período de convenções partidárias, ele terá percorrido todas as cidades de Goiás, algumas várias vezes. E a promessa é manter a dose depois que a candidatura for oficialmente lançada.

Além da disposição para praticar política em tempo integral, demonstrando prazer naquilo que faz, Marconi montou também a mais profissional de todas as equipes. Recentemente, ao se contrapor aos lançamentos das pré-campanhas de seus mais diretos adversários, Iris e Vanderlan, o tucano fez um espetáculo que impressionou a todos. Incluiu até transmissão do evento por TV Web, iniciativa que colocou Goiás em nível idêntico às candidaturas nacionais de Dilma Rousseff e José Serra.

Seu desempenho pessoal é tão destacado que, pela primeira vez desde a década de 1980, governistas reclamam que um oposicionista encontra muito mais espaço na mídia do que um candidato apoiado pelo Palácio das Esmeraldas. Essa era uma reclamação básica e constante dos oposicionistas contra o poderio de mídia do Palácio. Ele inverteu tudo.

Seria correto afirmar que Marconi está em campanha? Do ponto de vista político, não há qualquer dúvida. Ele não se acomodou nas confortáveis poltronas de alto espaldar do Senado e, consequentemente, não se tornou um "candidato Copa do Mundo", que só aparece de quatro em quatro anos. Ao contrário, desde 2007 ele divide a pompa dos ambientes azulados do Senado com salinhas desajeitadas, de cadeiras simples, em câmaras municipais ou sedes de partidos políticos em pequenas cidades. E não frequenta apenas sedes do seu partido, o PSDB, mas de todos da chamada base estadual, como PP, PR e DEM.

É também por esse contato permanente, que a rigor teve início antes de sua primeira candidatura, em 1990, que as bases aliadas, apesar dos frequentes atritos nas cúpulas, têm clara preferência pela candidatura de Marconi. O comando do PP, por exemplo, já ameaçou algumas vezes intervir em diretórios do partido caso se declarem favoráveis à candidatura do tucano ao governo do Estado. É na pressão, portanto, que ainda está sendo possível segurar boa parcela dos pepistas no interior do Estado.

O objetivo dos tucanos e seus aliados do PTB e do PPS é conquistar também o apoio do DEM. Com isso, Marconi e os dois candidatos ao Senado da chapa majoritária passariam a somar o melhor tempo de TV e rádio. Somando esse espaço na campanha eletrônica à vontade de ganhar, renovada inclusive pelas dificuldades e pela pancadaria que sofreu pelas mãos de antigos aliados, jamais Marconi Perillo entrará em uma campanha em condições tão favoráveis.

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