quinta-feira, 20 de maio de 2010

Incompetência?







POLÍTICA

Pendências travam acordo da Celg
Conclusão da negociação para garantir empréstimo depende ainda de ações do Estado

Núbia Lôbo

Com prazo até dia 30 de junho para ser finalizada, a operação Celg/Eletrobras ainda depende de várias ações dos governos estadual e federal, algumas de cunho burocrático que estão em fase final de revisão e outras de caráter mais técnico que acendem sinal de alerta no processo (leia quadro ao lado).

                                                                       I
É o caso do projeto de lei que pede autorização legislativa para o empréstimo de R$ 1,35 bilhão junto ao BNDES e que até hoje não teve sua apreciação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia – da comissão, ainda segue para duas votações no plenário da Casa.

Depende dessa autorização do Legislativo o início do processo de retirada de certidões para comprovar que o Estado está de acordo com as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nesta fase, o governo pode encontrar novo entrave no gasto da Assembleia com pessoal, que estava acima do permitido pela LRF em março deste ano, quando o governo precisou de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) para obter empréstimo da União.

“Pode ser que a Assembleia já tenha se adequado”, pondera Einstein Paniago, presidente do Conselho Fiscal da Celg e que está acompanhando as ações para conclusão do acordo com a Eletrobras.

Outra ação considerada urgente é a edição de Medida Provisória (MP) pelo governo federal para autorizar o uso de recursos da Reserva Global de Reversão (RGR), o fundo do setor energético para universalização da energia elétrica, na operação com a Celg. O texto está sendo finalizado pela Casa Civil e Ministério de Minas e Energia.

Uma série de outras ações precisa ser concluída para o acordo de acionistas ser submetido ao Conselho de Administração da Eletrobras. É o caso da regularização do contrato de fornecimento de energia para o Estado, pelo qual a Eletrobras quer garantir que não haverá pendências financeiras onerando a Celg.

O contrato de empréstimo da Eletrobras à estatal goiana também não está pronto. A cada mudança no processo, a modelagem do acordo que já está concluída é revisada.

STN

Técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) chegaram ontem a Goiânia e ficam até hoje para avaliar o cumprimento de metas do Ajuste Fiscal de 2009. Serão avaliados aspectos como a capacidade de endividamento e investimentos, arrecadação e outros. Paniago diz que as visitas da STN são realizadas periodicamente, mas desta vez servirá também como base para o aval que terá de conceder ao empréstimo que Goiás fará junto ao BNDES.

O chefe da missão da STN, Ernesto Carneiro Preciado, afirmou que “as metas do ajuste foram cumpridas, em avaliação prévia, e que a rodada de reuniões a partir de agora visa confirmar os números”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário