segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lula: aliados por nada!






Aeroporto: Goiás perde R$ 5 bilhões com atraso da obra 
4/6/2010 

O atraso na expansão do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, faz o Estado de Goiás perder cerca de R$ 5 bilhões em benefícios por ano. Isso porque empresas aéreas ficam impedidas de desenvolver projetos. Enquanto isso, promessas vão sendo acumuladas e as obras, que foram iniciadas em 14 de março de 2005 e paralisadas em 2007 pelo consórcio entre as empresas Odebrecht e Via, continuam sem previsão de retomada. Em visita à Capital, os pré-candidatos à presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) prometeram resolver a situação do terminal aéro de Goiânia.

De acordo com o gerente de Política de Aviação Regional da Goiás Turismo, Alexandre Guerra, cinco empresas de aviação regional já manifestaram "oficiosamente" a intenção de desenvolver seus projetos de expansão no Aeroporto Santa Genoveva e para outros municípios de Goiás. Ele calcula que apenas com uma das empresas interessadas operando no Estado, Goiás estaria arrecadando mais de R$ 20 milhões ao ano em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), somente na arrecadação do imposto em virtude do abastecimento das aeronaves em solo goiano.

A empresa citada como exemplo teria 60 partidas de Goiânia por dia, atendendo 14 novos destinos. No total, Alexandre prevê que seriam cerca de R$ 1 bilhão em benefícios ao ano que a empresa traria para o Estado, com questões relacionadas a impostos e turismo. Só de taxas aeroportuárias, como a de embarque de passageiros, a Infraero arrecadaria R$ 80 milhões. Alexandre observa toda a cadeia de negócios do Estado e da Capital que está atualmente sendo prejudicada pela paralisação das obras do aeroporto. "Se as cinco empresas já estivessem instaladas, seriam mais voos diretos, mais eventos na cidade e o fluxo dos hotéis e restaurantes aumentaria significadamente", afirma.

Procurada pela reportagem do Diário da Manhã, a Infraero, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que promoveu tratativas junto ao consórcio para repactuação contratual visando à retomada das obras e à regularização do processo. Porém, a proposta de repactuação foi refutada pelo consórcio, situação que permanece até o presente momento. Enquanto as obras de construção do novo terminal de passageiros do aeroporto de Goiânia continuam emperradas, a Infraero anunciou a implantação de uma nova sala de embarque.

A ordem de serviço para instalar o chamado Módulo Operacional, cujo investimento de R$ 2,7 milhões já foi assinada e vai ampliar a área de embarque em 1,2 mil metros quadrados, aumentando a capacidade do terminal em 800 mil passageiros por ano.

Enquanto isso, a Infraero disse estar negociando com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para que auxilie em perícia técnica das obras. Além disso, a empresa já atua nas tratativas com o Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC) para continuidade das obras. A previsão de conclusão das obras do novo terminal de passageiros é de 20 meses após a retomada dos serviços.

Com capacidade de 600 mil passageiros por ano, diariamente passam pelo aeroporto uma média de 4,4 mil usuários do transporte aéreo. A capacidade é a mesma de 1999, ano em que embarcaram e desembarcaram no aeroporto de Goiânia 799.625 passageiros. O movimento em 2008 foi de 1,5 milhão de passageiros.

Empresário diz que situação é vergonhosa para goianiense

"Goiânia se sente envergonhada pela estrutura do aeroporto, que poderia ter tido melhor tratamento do governo federal", afirma o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Pedro Bittar (foto). Para ele, a economia goiana é muito maior do que o terminal que possui atualmente. Segundo ele, a Acieg tem encontrado abertura com a gestão da Infraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária -, mas as decisões são federais.

Bittar lembra que Goiânia recebeu recursos nos últimos anos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mas não conseguiu o mínimo necessário para o término das obras do terminal. O presidente da Acieg ressalta que há no setor empresarial uma movimentação tentando agir para que os gestores do governo federal, a médio prazo, tenham um rumo definitivo para o aeroporto de Goiânia. "Goiás não chega a perder indústrias, mas perde Copa do Mundo e grandes investimentos em Turismo.”

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