sexta-feira, 11 de junho de 2010

Marconi: Face a face!!






POLÍTICA

SUCESSÃO




Marconi prega Estado eficiente
Na entrevista à CBN Goiânia, tucano usou boa parte do tempo para responder críticas feitas por adversários

Núbia Lôbo

O senador Marconi Perillo, pré-candidato do PSDB ao governo, usou termos como modernidade e eficiência ao falar sobre as mudanças que pretende fazer no Estado, caso seja eleito. "Será uma administração moderna, focada no cidadão, na meritocracia, na eficiência dos serviços por meio de contrato de gestão com auxiliares e servidores, na democratização de oportunidades, no investimento em novas tecnologias e na radicalização de políticas sociais", disse em entrevista ontem na Rádio CBN Goiânia.

Apesar de ter declarado várias vezes que seu principal adversário nas eleições é Iris Rezende (PMDB), o tucano pouco se referiu à disputa com o peemedebista e usou boa parte do tempo para responder críticas do governo. Segundo o tucano, a gestão de Alcides Rodrigues (PP) apresentou "dois grandes programas" à população do Estado: "A falácia do propalado déficit de R$ 100 milhões" mensais nas contas do Tesouro estadual ao fim da gestão de Marconi e "a tentativa de desconstruir minha imagem também com falácias".

Marconi foi o penúltimo participante da série de entrevistas com os governadoriáveis de Goiás que está sendo realizada pela CBN nesta semana. O encerramento será hoje, às 9h45, com Washington Fraga (PSOL).

Além do endividamento do Estado, Marconi falou sobre a falência da Celg, racha na base aliada, divergências com o DEM e obras inacabadas. O pré-candidato deu explicações para os problemas com o Centro Cultural Oscar Niemeyer e Centro de Excelência do Esporte (leia reportagem acima).

A única referência - indireta - de Marconi ao que considera seu principal adversário na disputa eleitoral surgiu no tema Celg. O tucano atribuiu o endividamento da empresa a uma série de fatores, que segundo ele começa com a entrega da Usina de Corumbá I a Furnas, o que aconteceu no governo de Iris Rezende (1991-1994).

A construção da 4ª etapa de Corumbá e a venda da usina de Cachoeira Dourada completam o ciclo de afundamento da estatal, na avaliação de Marconi. "A gente fala muito nisso e não é por uma razão política. Passamos a conviver com a Celg pós-privatização. Os problemas foram aparecendo. Ficou muito difícil, tanto é que pensei em privatizar a estatal no final de 2000, depois em federalizar, mas o que foi oferecido pela Eletrobras foi muito pouco", argumentou.

Sobre o endividamento do Tesouro, Marconi deu números da dívida externa do Estado, afirmou ter pago mais de R$ 5 bilhões e deixado o governo devendo a metade do que era no início de sua gestão, em relação ao PIB anual.

Divergências

Os problemas do PSDB com o DEM ganharam nova versão do tucano. A pergunta de um ouvinte levantou o esvaziamento do então PFL no segundo governo de Marconi, em 2003, mas não citou precisamente a saída de prefeitos do partido para se filiarem ao PSDB na época.


Marconi também não se referiu ao êxodo de prefeitos do DEM para o PSDB. Na versão do tucano, o PFL "teve a melhor performance em Goiás" nos períodos de seu governo.

"Mais precisamente em 2002, quando fui candidato à reeleição, o DEM elegeu seu primeiro senador na história de Goiás - Demóstenes Torres - e três deputados federais. Considero uma imprecisão a afirmativa de que eu tenha prejudicado o PFL. Foi o período em que mais se fortaleceu, mais cresceu, mais ganhou dimensão no Estado", afirmou o pré-candidato.

Outro ouvinte argumentou que, se a gestão tucana não tivesse deixado problemas para Alcides e outros partidos, o rompimento não seria necessário. "Os motivos infelizmente não são esses, essas são as desculpas. Não vou ficar com lanterna na popa, focando o passado, estou preocupado em construir projeto para o futuro", afirmou Marconi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário