terça-feira, 7 de setembro de 2010

Nion: o professor sabe das coisas!

Diário da Manhã

Política & Justiça
 
“Prazo de validade de Iris está vencido”, afirma Nion
Na opinião do líder tucano, tempo do peemedebista em campanhas passou. Faleiros diz que Lula não conseguirá votos para os candidatos do PMDB e PR 

José Barbacena 

Para o integrante do conselho político do PSDB e ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz, o tempo do candidato do PMDB ao governo, Iris Rezende, já passou. “Quando um cidadão vai ao supermercado, todo produto tem um prazo de validade. O prazo de validade do Iris para a campanha política está vencido”, alfineta. Em outra oportunidade, Nion já havia afirmado que Iris Rezende é um político com ideias e projetos ultrapassados, o que torna o peemedebista incompatível com o cenário político atual. 

O tucano também faz uma avaliação sobre um possível “fenômeno” de transferência  de votos do presidente Lula para Iris Rezende ou Vandelan Cardoso (PR), em razão do comício de Dilma Rousseff – realizado ontem em Valparaíso, teve a presença de Lula. Nion Albernaz cita o exemplo de São Paulo para minimizar a força política de Lula. Na disputa paulista, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) lidera as pesquisas de intenções de voto contra o petista Aloizio Mercadante. 

“O presidente Lula é arraigado em São Paulo e lá ele trabalha forte para o Mercadante. Pelo que as pesquisas informam, Alckmin ganharia no primeiro turno. Lula tem prestígio pessoal, mas a transferência de voto é outra coisa. Quanto mais for instruído o povo, existe menos a influência dele. No caso do Chile, a presidência trabalhou em função de um candidato que perdeu no segundo turno.” Nion lembra ainda de derrotas de aliados do presidente petista. “Eu acredito que Lula tem força. Ele não é imbatível. Em 2008, ele apoiou a Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo, e o Gilberto Kassab, que não tinha tanta expressão, ganhou dela.” 

A opinião de Nion é compartilhada pelo coordenador político da campanha de Marconi, Antônio Faleiros. De acordo com ele, Lula não terá influência direta na eleição para o governo de Goiás. Faleiros afirma que a disputa presidencial é descasada da eleição estadual e transferência de votos depende de fatores adicionais ao simples apoio de Lula. “A população fica mais próxima e mais interessada na eleição estadual, independentemente de quem são seus apoiadores. O Lula transfere voto, mas depende do candidato. Aqui em Goiás, nós não temos nenhum candidato que diretamente vincula sua candidatura ao Lula. O PMDB, mesmo com a aliança do PT, não tem vinculação. O PR de Vanderlan também não tem vinculação ideológica”, analisa.

Antônio Faleiros explica que o tempo é escasso para que uma aliança política seja sedimentada. Segundo ele, em cima da hora é praticamente impossível que partidos abandonem suas diferenças e consigam realizar uma parceria consistente. “Alianças não devem ser feitas às vésperas de eleição. Alianças são feitas ao longo dos anos. Os partidos diferentes têm dificuldades em se misturar. Ao longo do tempo é que se solidifica a aliança.” 

“De uma hora para outra isso não é possível”, pontua. O coordenador político de Marconi avalia que a campanha de Lula não vai produzir efeitos colaterais em Goiás. “Não acredito que a campanha do Lula ou o apoio dele possa trazer crescimento substancial a uma dessas duas candidaturas (Iris ou Vanderlan).” Faleiros afirma que nesta reta final não haverá mudanças radicais nas estratégias de campanha de Marconi Perillo. “Vamos continuar com as ações que temos feito. Vamos incrementá-las e fazer uma ação mais ostensiva em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Não tem tido erro. Não há variação nas pesquisas. As pesquisas estão sempre nos dando crescimento. Significa que nosso projeto está acertado. Tem que incrementar as ações, e não mudança de rumo.”

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