terça-feira, 3 de novembro de 2009

Diário da Manhã

Prefeita de Valparaíso defende Célio Silveira para vice de Marconi em 2010
02/11/2009

Encarnando movimentação política que está surgindo na região do Entorno de Brasília, a prefeita de Valparaíso de Goiás, Lêda Borges (PSDB), defende o nome de Célio Silveira, prefeito reeleito de Luziânia, na composição da chapa tucana que vai disputar a sucessão do governador Alcides Rodrigues.

“Célio goza de grande prestígio na nossa região e tem credenciais políticas e administrativas para ser vice na chapa encabeçada por Marconi Perillo (PSDB)”, disse a prefeita, destacando o posição estratégica do Entorno do Distrito Federal, que, segundo ela, ultrapassa a casa dos 800 eleitores.

Lêda afirma que o Entorno pode decidir as eleições estaduais de 2010. “Temos plenas condições de somar na campanha de Marconi e o nome que temos a oferecer é o de Célio, que faz um grande trabalho em Luziânia e tem bom trânsito em toda a nossa região”. Segundo ela, além de ser bom prefeito, Célio foi presidente da Assembleia e já provou que é leal ao PSDB e ao senador Marconi.

“O nome de Célio para vice não é questão fechada, imposição do Entorno, é contribuição nossa, mesmo porque sabemos das dificuldades para formação da chapa e confiamos que a melhor solução será encontrada por Marconi e pelas forças políticas que o apoiam”.

A prefeita afirma que ainda acredita na recomposição da base aliada e disse que há um grande desejo pelo retorno de Marconi ao governo. “O nome de Marconi tem grande aceitação no Entorno e as pesquisas demonstram essa realidade política”. Lêda manifesta-se contrária à anexação de municípios do Entorno ao DF. “Nós somos goianos e queremos continuar goianos”, afirmou, acrescentando que os municípios precisam é de mais recursos para solucionar os seus problemas.

Diário da Manhã

Iris e o funcionalismo: o passado não perdoa
02/11/2009

Chega a ser bizarra a “homenagem” do prefeito Iris Rezende aos funcionários da prefeitura de Goiânia, por ocasião do Dia do Servidor Público, através de artigo veiculado ontem nas páginas deste jornal. Claro que é dado a qualquer um dizer que “tem profundo respeito pelo funcionalismo”, que “sempre buscou valorizar o funcionário público”, mas no caso do funcionalismo uma ação vale por mil palavras. E o passado de Iris Rezende mostra, efetivamente, qual sua verdadeira relação com o funcionalismo: ele é o maior perseguidor do servidor público da história de Goiás, talvez só perdendo para Maguito Vilela.

Durante os mandatos de Iris e, de resto, nos 16 anos em que o PMDB comandou o Estado, o funcionalismo foi massacrado, eternamente recebendo péssimos salários. Simplesmente era desprezado. Atraso no pagamento era a regra. Como um político que tratou dessa forma o servidor vem agora e diz que sempre dedicou o melhor de seus esforços “no sentido de valorizar o trabalho realizado pelos servidores”? Para ele, as críticas que recebe são “injustas e infundadas”. Iris tenta tapar o sol com a peneira, mas a história registra suas ações nefastas contra o servidor público.

A forma ultrapassada com que Iris vê o funcionalismo ficou evidenciada na recente votação do reajuste salarial a que todo funcionário do município deveria ter direito anualmente. Mesmo sendo obrigado, por lei, a recompor anualmente as perdas inflacionárias no mês de maio, o prefeito enviou à Câmara o projeto com atraso, desrespeitando, assim, a data base do funcionalismo municipal de Goiânia, que é o mês de maio. Até aí, o problema ainda poderia ser, até certo ponto, contornado, já que o reajuste pode ser retroativo. Mas para piorar ainda mais a situação do servidor, o prefeito mandou um projeto parcelando um insignificante reajuste de 4,82%. Como se vê, verdadeira “prova de amor” pelo funcionalismo.

Propusemos uma emenda, amplamente discutida com o Fórum Municipal em Defesa do Servidor, concedendo o reajuste em parcela única, mas infelizmente a determinação do prefeito à sua base de sustentação na Câmara foi vetar o reajuste em parcela única. O prefeito simplesmente não deu ouvidos à massa de trabalhadores que sofre um período de arrocho salarial na Prefeitura. Enquanto um administrador moderno proporia um aumento real aos servidores da prefeitura, que na sua grande maioria recebe um salário humilhante, Iris não quis saber dessa situação, e se apoiou na Lei de Responsabilidade Fiscal para tentar justificar seu ato contrário aos servidores. Se estivesse mesmo preocupado com os baixos salários dos servidores públicos municipais, teria agido de forma diferente. Em nenhum momento se viu um esforço da administração de Iris no sentido de aumentar a arrecadação e canalizar parte dos recursos diretamente para a melhoria salarial do servidor. Tudo que a Prefeitura arrecada está comprometido com as “grandes obras”, com o asfaltamento de ruas, bem ao estilo eleitoreiro do prefeito.

Diante de fatos concretos como este, não adianta agora Iris vir a público “homenagear” o servidor público. O artigo de ontem soa até como ironia. Ao bom trabalhador se retribui com pagamento justo. O que vemos na Prefeitura de Goiânia são servidores desestimulados, muitos pedindo demissão por não verem perspectiva de melhoria. Jorge Pinheiro, secretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura que este mês deixou o cargo, admitiu em recente entrevista: “Sou obrigado a reconhecer que os salários da prefeitura não são dos melhores. Todo mês recebo cerca de 700 processos de demissão voluntária. São funcionários concursados que, geralmente, saem porque passaram em concursos melhores ou porque optam por abrir seu próprio negócio”. Não é a oposição que diz, é a própria Prefeitura, através da Secretaria de Administração e Recursos Humanos, que admite: é melhor pedir demissão a continuar empregado na prefeitura de Goiânia. Por quê? Porque não há valorização do servidor. Então, prefeito, sua melhor homenagem ao funcionalismo deveria ser melhorar o salário do servidor.

No nosso entendimento, essa “homenagem” de Iris ao servidor público nada mais é que um esforço, que evidentemente será inútil, no sentido de mudar a imagem negativa do prefeito perante a classe do servidor público. Afinal, palavras não custam nada. Já na primeira passagem de Iris pelo Palácio das Esmeraldas, no início da década de 1980, Iris demitiu 20 mil funcionários, iniciando um período de perseguição ao funcionalismo que só teria fim em 1998, com a eleição de Marconi Perillo. Os 16 anos do PMDB no poder foram marcados por perseguições a quem não compactuava com os desmandos de Iris Rezende e sua turma. Os atrasos no pagamento do funcionalismo eram constantes, deixando totalmente bagunçada a vida financeira do servidor. Os salários perderam seu poder de compra, devido à defasagem. Infelizmente, tudo isso está se repetindo na passagem de Iris pela Prefeitura de Goiânia, o que pode ser comprovado pela declaração do ex-secretário de Administração e Recursos Humanos da própria Prefeitura, Jorge Pinheiro. Diante da realidade, o prefeito precisa mesmo dizer que o funcionalismo é prioridade em sua administração, mas todos sabem que não é.

Em vez de tentar passar para a população a imagem de que gosta do servidor, Iris deveria efetivamente valorizar o funcionalismo. Mas isso não se consegue com palavras, somente com ações efetivas que possam resgatar a autoestima do trabalhador. O prefeito apenas comprova que não abandonou suas antigas práticas em relação aos funcionários públicos, pois ninguém quer reviver o pesadelo imposto pelo PMDB aos servidores durante os anos em que o partido esteve no comando do governo estadual.

Pedro Azulão Jr. é vereador em Goiânia pelo PSB.

Diário da Manhã

Meirelles é a nova encrenca do PMDB
02/11/2009

Parte da imprensa vive numa grande torcida para que PP e PSDB promovam logo um rompimento formal para dar pretextos, tanto para o governador Alcides Rodrigues, quanto para o senador Marconi Perillo. Mal sabe este setor da imprensa que a política não funciona dentro desta lógica que, quando nada alem do óbvio, só provoca mesmo algumas manchetes de jornais, sem maior significação de mérito.

O que motiva seguramente as definições políticas é a expectativa de poder que, neste momento, prestigia a desenvoltura do senador Marconi Perillo. Um rompimento dos dois políticos neste momento certamente pouco ajudaria aos dois: o governador precisa de alguma tranquilidade para tocar sua administração até ao final do mandato; o senador precisa deste tempo para construir, na base, a aliança que as cúpulas vão desconsiderar, tanto por ser inútil discuti-las publicamente, quando porque neste debate, só o outro lado (PMDB-PT) teriam algum ganho.

Este quadro vai permanecer assim, apesar da guerra dos recursos na justiça, o que só alimenta os descontrolados de cada partido, que não têm, além do direito à livre expressão do pensamento (ou talvez da falta dele), nada a acrescentar de vantajoso para quem quer seja. Nem para eles mesmos. Prova disto é o andamento cauteloso da CPI da Celg, que a Assembleia Legislativa vai conduzindo a passos de paciência e sob controle de temperatura ambiente: ela vai refletir, sem dúvida, os momentos de aproximação/exaltação das definições eleitorais, mas sem comprometer muito a essência dos seus objetivos.

Do outro lado (PMDB-PT), a vida não parece nada fácil. Depois da festa para Henrique Meirelles, a impressão que se tinha era que Iris Resende teria dado um basta nas pretensões do presidente do Banco Central, enquadrando-o no seu projeto de ser candidato ao governo, tornando-o mero figurante de luxo que poderia até se candidatar ao senado.

Mas a situação anda fora de controle, além dos problemas com vereadores insatisfeitos e com a administração ainda sem uma marca clara neste segundo mandato. A estação chuvosa também não ajuda ao prefeito Iris Resende a safar-se dos problemas na área da saúde (além da gripe suína, agora vêm a dengue e outras moléstias típicas do período) e trânsito cada vez mais caótico. Isto o segura em Goiânia, enquanto Marconi Perillo aniversaria todos os dias com grandes festas no interior.

O prefeito tentou um balão de ensaio para antecipar para dezembro a definição do seu nome como candidato ao governo de Goiás. As maiores críticas vieram do seu próprio partido que, para seu azar, ainda teve que abrigar em postos importantes aquele grupo de rebeldes que defendem uma aliança com o PSDB e não com o PT. As manifestações contrárias foram tantas que o prefeito teve que vir a público dizer que não queria alijar Meirelles da possibilidade de candidatar-se pelo PMDB.

Sobrou disto tudo um grande desconforto, porque o presidente do BC mantém-se firme na determinação de só deixar a presidência do banco no último dia de março de 2010. Diante disto, o prefeito recolheu suas tralhas e busca agora curar as feridas abertas pela repentina esperteza, provocada pelo desespero de ver o seu principal adversário a alguns quilômetros à frente, em todos os levantamentos de opinião pública.

A nova encrenca do PMDB, causada pelo novo e ilustre filiado, ainda vai causar novos transtornos se mantiver sua decisão, que suas bases precisam logo de definições para definir suas candidaturas. Do lado do PSDB e do PP, afora os seus insensatos de plantão, não sairá nada que ajude ao PMDB a safar-se de suas encrencas. A expectativa de poder, causada pela ousadia do provável candidato do PSDB e de fiéis aliados, vai incrementar adesões exatamente por causa das candidaturas que poderão ser viabilizadas por este circunstância da política. Este é o fator que vai pesar nas definições políticas e não a vontade de lideranças partidárias apartadas da realidade de suas bases.

Joãomar Carvalho de Brito Neto é jornalista e professor universitário (joaomarbrito@gmail.com)

Diário da Manhã

Iris, o carrasco do funcionalismo
02/11/2009

Tenho certeza de que o funcionalismo público de Goiás sabe muito bem distinguir quem é contra e quem é a favor da classe. Iris Rezende, com o olho velhaco nas eleições do ano que vem, quer agora desfazer a imagem de perseguidor implacável que construiu garroteando os funcionários, passando a proclamar que gosta dos servidores e posando de bonzinho para ficar bem na fita. Só que ninguém é bobo para cair numa embromação deslavada como essa.

De forma vergonhosa, Iris, em artigo publicado na edição de ontem do Diário da Manhã, afirma que “sempre dedicou o melhor dos esforços para valorizar o trabalho realizado pelos servidores”. Até as pedras que ficam à beira das estradas goianas, hoje entre as piores do Brasil, por conta do desleixo do governo Alcides, sabem que essa afirmação é uma falácia – para não usar o termo “mentira”, em respeito aos quase 80 anos do prefeito de Goiânia.

Será que Iris pensa que os goianos não têm memória e que ninguém se lembra das chibatadas que deixaram cicatrizes doloridas no lombo dos funcionários públicos estaduais? Será que o PMDB imagina que o funcionalismo esqueceu-se das palavras de Maguito Vilela, sucessor de Iris, afirmando que “investir no funcionalismo é o mesmo que salgar carne podre”?

A verdade precisa ser dita. Se tem um partido em Goiás que sempre tratou mal o funcionalismo, que retirou conquistas da categoria e sempre dedicou desprezo pelos trabalhadores, a ponto de impor regime de terror que nem a ditadura militar de 1964 ousou na sua fase mais negra, esse partido é o PMDB de Iris Rezende e Maguito Vilela.

Quando foram governadores, Iris e Maguito submeteram os servidores a um tempo de obscuratismo e privações, transformando as repartições públicas em verdadeiros campos de concentração. Com requintes dignos dos nazistas, torturaram milhares de mães e pais de famílias cortando direitos adquiridos e demitindo sem o menor escrúpulo. Iris, de uma pena só, lançou 30 mil servidores na rua, como o famoso “decretão”, que não tem similar na história do Brasil. Até mesmo servidores portadores de necessidades especiais e gestantes foram demitidas sem qualquer perdão.

Maguito suprimiu benefícios como quinquênios e perseguiu duramente os aposentados e pensionistas, cortando seus proventos. No seu governo, negou reajustes determinados pela lei e afrontou direitos adquiridos, pagando também com atraso os salários, além do dia 15 do mês subsequente ao trabalhado.

Aliás, na época de Iris e Maguito, os atrasos da folha de pagamento chegaram a ultrapassar seis meses, enquanto todos os pecados do mundo foram jogados nas costas dos funcionários – que se transformaram no bode expiatório das mazelas dos governos do PMDB.

Guardo recortes de jornais da época para provar as atrocidades que Iris e Maguito cometeram contra o funcionalismo público de Goiás. E desafio quem quiser debater o assunto comigo para marcar horário e local, que estarei lá para cobrar as injustiças que o PMDB praticou contra os nossos servidores estaduais.

Mas o pior é que eles não mudaram. Iris e Maguito continuam os mesmos, arrochando salários e recusando sequer a receber os servidores das prefeituras de Goiânia e de Aparecida. Iris mesmo, agora, deixou passar a data-base dos funcionários municipais e está adiando um irrisório aumento de menos de 5%, ainda por cima parcelado.

Enquanto com Iris e Maguito, funcionário público sempre foi pisoteado e humilhado de forma implacável, nos dois governos de Marconi Perillo os servidores tiveram vez e voz.

Marconi foi um governador sensível e aberto ao diálogo com os funcionários estaduais, que efetivamente respeitou, promoveu e valorizou. Marconi não só pagou rigorosamente em dia como não abriu mão de quitar a folha de salários dentro do mês trabalhado, estabelecendo um cronograma anual em que o servidor sabia antecipadamente o dia do mês em que iria receber.

Marconi instituiu o pagamento do décimo terceiro salário no mês do aniversário do servidor e melhorou as condições de trabalho, modernizando a máquina administrativa, definindo a data base da categoria em 1º de maio e viabilizando os planos de cargos e salários que beneficiaram o conjunto da categoria (agora novamente ameaçada, já que o atual governo também acha que o servidor público é o culpado pelas dificuldades do Estado).

Além de implantar um Vapt-Vupt exclusivo no Centro Administrativo, prédio que foi reformado para garantir mais conforto e funcionalidade para os servidores, Marconi criou ainda o seguro de vida gratuito e fortaleceu a rede de assistência do Ipasgo, dentre muitos outros benefícios.

Portanto, que Iris Rezende não venha agora com lorotas para escamotear o seu passado de carrasco do funcionalismo.

A mentira tem pernas curtas, prefeito.

Carlos Alberto Leréia é deputado federal peloPSDB

Diário da Manhã

A presença de Meirelles
02/11/2009

Um pouco antes de sua ascensão à presidência mundial do Banco de Boston, ali pelos idos de 1996, Henrique de Campos Meirelles, numa despretensiosa entrevista de televisão, já no final fugiu um pouco do tema – a economia – para falar de política, e de um projeto pessoal: gostaria de um dia ser governador do seu Estado natal, Goiás.

 tempo passou. Dois anos depois, veio o furacão Marconi, que virou governador batendo o então insuperável Iris Rezende e tirando o PMDB do poder, depois de 16 anos de governos sucessivos. Na era do chamado Tempo Novo, mudou muito a prática política em Goiás. Na reeleição de Marconi, em 2002, eis que a política partidária goiana ganha um personagem novo, Henrique Meirelles. Recém-aposentado na atividade privada, buscou um outro lado no seu campo de atuação e, depois de brigar por uma candidatura a senador, conformou-se com a disputa de uma das 17 vagas de Goiás na Câmara dos Deputados. Foi o primeiro, com um mar de votos. Nem assumiu o mandato, no entanto. Renunciou, e ato contínuo desfiliou-se do PSDB, e assumiu a presidência do Banco Central no governo Lula.

Sete anos depois, fala-se novamente na candidatura de Meirelles a governador. E ainda mais, pois tem novamente uma filiação partidária, agora no PMDB. Só que ele não arreda pé do intento de só se definir, se vai ser candidato ou não, em março do ano que vem. Até lá, o foco é o Banco Central. Que, aliás, tem nesta atual fase da economia brasileira atribuições específicas a cumprir, em vista dos riscos embutidos no descontrole fiscal do governo Lula, que anda gastando demais e aparentemente com perda de controle das metas inflacionárias. Mas Meirelles pode ser candidato, sim, se não a governador, a senador, por que não? Não era isso que ele queria em 2002? Está certo que as coisas mudaram muito nestes sete anos, um tempo, aliás, marcado pela plena afirmação do presidente do Banco Central no alto plano das mais importantes decisões nacionais. É o que estimula especulações de natureza variada, de uma vice na chapa presidencial que Lula quer ver Dilma Rousseff conduzindo, à própria candidatura à presidência, de ser água na canoa da ministra.

De novo, está tudo na mão apenas dele, Henrique Meirelles. Lula já veio a Goiás para propagar sua hipotética candidatura a governador. Meirelles desconversou. E ainda desconversa. Este fim de semana de sua atribulada agenda foi reservada para Goiás e para as coisas da política regional. Homem de foco e de resultados, ele só decide depois de pensar muito. E de ouvir mais ainda. Seu semblante continua enigmático: se ninguém tira dele uma afirmação conclusiva, ninguém também extrai nada da fisionomia rigorosamente impenetrável. Quando se pensa que alguma declaração está saindo, ele muda de assunto.

Mas tudo pode acontecer, até porque na política é sempre possível que tudo aconteça. O que mudou em Henrique Meirelles, do enigma de quando não era filiado, e portanto a política era tema de segundo plano, é que, com a filiação, e no PMDB, o partido-chave para os projetos eleitorais capitaneados por Lula, há agora uma efetiva presença de Meirelles na cena política. O que não quer dizer muita coisa, mas que pelo menos deixa a alternativa de se esperar por alguma definição, porque pelo menos tecnicamente ela tem tudo para acontecer.

Reynaldo Rocha é jornalista
Diário da Manhã

Café da Manhã

Felipe Cândido

Jardel é campeão de audiência em Catalão

O Programa do Jardel, apresentado aos sábados pelo deputado na rádio Sucesso FM de Catalão, dispara em pesquisas de audiência. Prova disso é a promoção que a Rede Sucesso realizou em todo o Estado para sortear passaportes ao Caldas Country, que agitou o feriado prolongado. Ouvintes deveriam deixar uma mensagem dizendo os três programas de que mais gostam na programação da rede, que possui veículos espalhados por todo o Estado. Em Catalão, 80% escolheram a atração comanda por Jardel Sebba (foto). E olha que ele tem concorrentes de peso, já que locutores de Goiânia participam da rede. O contato direto dele com a população é cada vez mais positivo. E o tucano emenda com brindes, músicas e entretenimento que garantem o primeiro lugar.

Santana, a pedra no sapato de Meirelles

O vereador Santana Gomes está decidido a não dar sossego para Henrique Meirelles no PMDB. Para estragar os planos do neo-peemedebista, já pediu a antecipação para dezembro do anúncio do candidato a governador em 2010, trombeteia que o nome é Iris Rezende e ameaça bater chapa na convenção caso Meirelles queira postular o Senado. Vai dar dor de cabeça para o presidente do Banco Central.

Diário da Manhã

Fio Direto

Tainá Borela

Mabel pode ser o escolhido de Alcides para encabeçar chapa
02/11/2009

Sandro Mabel passou a ser a bola da vez para ocupar a vaga de candidato a governador pela chamada terceira via, articulada dia e noite pelo governador Alcides Rodrigues (PP). A constatação do núcleo duro do Palácio das Esmeraldas é que Ronaldo Caiado (DEM) e Jorcelino Braga (PP) não agregam como o homem das bolachas. Sandro reuniria o próprio PR que comanda, o PP de Alcides e Cia, o DEM de Caiado e Demóstenes, o PSB de Barbosa Neto, o PTN de Francisco Gedda e um punhado de outras siglas nanicas que seriam atraídas pelo poder de sedução do governo. Com isso, conseguiria um baita tempo na TV e embolaria a disputa hoje polarizada entre Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB). Até agora Alcides não deu sinais de quem será o preferido, mas já articula com os aliados o melhor candidato para derrotar os tucanos Caiado, que espera a decisão do pepista, pode se decepcionar com a escolha. No mês passado, o democrata declarou sua vontade de ser governador na chapa alcidista. Resta saber se as bases vão engolir o prato feito e se Sandro topará trocar um mandato federal garantido pela aventura da terceira via.

Linha Cruzada

Amanhã às 9 horas, o governador Alcides Rodrigues participa de uma reunião no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico para discutir a gestão da Saúde com os representantes dos municípios integrantes do Entorno.

A região é comandada por prefeitos da antiga base aliada do Tempo Novo. E mantêm fidelidade a Marconi.

De um prefeito da região: "Com Marconi no governo as coisas andavam. Depois que Alcides assumiu, tudo aqui estagnou."

Twitter é a nova tribuna de Marconi para debate político

O Twitter de Marconi Perillo bombou no final da semana. Ele fez posts quentes, respondeu Dilma Rousseff sobre o imbróglio da paralisação de obras no Aeroporto Santa Genoveva e cutucou Iris Rezende. No bate-rebate sobre o aeroporto, o tucano ganhou mídia para bombardear o governo federal. A ministra deu uma oportunidade de ouro para o tucano, que soube aproveitar a ocasião e avançou.

Marconi twittou também a respeito do funcionalismo público. Disse que o servidor não pode ser colocado como bode expiatório da crise do Estado. Além de informar sobre a maratona de atividades no interior de Goiás numa movimentada agenda, o Twitter do senador marcou principalmente pelos recados políticos, quando registrou que tem respeito e gratidão pelo PP e que espera a união da base.

Com o acirramento da campanha, a tendência agora é que Marconi passe a utilizar com mais frequência o microblog para marcar posições e responder críticas. E pelo estilo usado, vai pegar fogo.

Sonho

Valdivino de Oliveira (PSDB), braço direito do governador Arruda (DEM) no DF, tem planos ousados: quer ser o deputado federal mais votado de Goiânia em 2010 e depois tentar a Prefeitura da Capital.

Nenhum comentário:

Postar um comentário