terça-feira, 8 de junho de 2010

Anápolis: Perseguição a fiscais!





Anápolis, 5 a 8 de junho de 2010.

POLÍTICA

Sindicato reclama de tratamento da CMTT com fiscais

Marcos Vieira

Apesar ter vindo à tona já há alguns dias, a relação entre os fiscais de trânsito e o departamento responsável por gerenciá-los na Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT) da Prefeitura de Anápolis ainda não é dos melhores. O sindicato que representa a categoria vem tentando ajustes e não nega, como medida extrema, uma ação na Justiça por assédio moral.

Segundo o presidente do Sindicato dos Fiscais de Trânsito de Anápolis, o advogado Hélio Cândido Serafim, os 47 profissionais que tomaram posse recentemente depois de concurso público são ameaçados constantemente pela Gerência de Fiscalização da CMTT.

Hélio diz que mesmo antes de cometer qualquer falha – até mesmo quando não há indício de que isso possa acontecer – homens e mulheres recém-ingressos no serviço público são “lembrados” que ainda passam por um estágio probatório. A ameaça deixaria claro que não há ainda estabilidade para esses profissionais.

O presidente informa que frases do tipo “toma cuidado que você está em estágio probatório” se tornaram comum nos corredores da CMTT. Hélio classifica a atitude como “truculenta” e ressalta que um bom entrosamento interno seria benéfico para a melhoria da qualidade do serviço de todos nas ruas.

O representante dos fiscais informa que o estágio probatório dura três anos e que os profissionais não tem a mesma solidez que um agente mais antigo, mas que existem critérios para classificá-los como inábil. “Eles teriam que estar totalmente contrários à administração municipal”, diz Hélio Cândido.

A CMTT tem hoje um regimento interno para os fiscais de trânsito e é através desse conjunto de normas que o sindicalista afirma que os novatos ou os mais antigos devem ser avaliados, e não com ameaças. “Qualquer conduta deve ser vista pela lei, nada mais que isso”, ressalta.

Hélio Cândido diz ainda que ao contrário do que foi publicado no JE na edição 208, os fiscais não estariam “reproduzindo” o tratamento que recebem da CMTT nas ruas da cidade, agindo com truculência com motoristas. Segundo ele, hoje existe um número maior de profissionais e essa presença constante pode ter sido interpretada de uma forma errônea por algumas pessoas.

“Não existe arrogância. O que existe é um trabalho mais permanente nas ruas, graças ao crescimento no número de profissionais, o que causa estranheza para alguns”, frisa o presidente do sindicato. Hélio afirma ainda que qualquer tipo de excesso deve ser denunciado e que não existe conivência da entidade para esse tipo de atitude.

Recentemente a CMTT anunciou que após um período educacional, os fiscais pareciam a aplicar multas aos motoristas infratores. A decisão correta da autarquia em agir de forma mais ostensiva também ajuda a gerar mais reclamações, principalmente daqueles que não estão acostumados a verem seus erros revertidos em penalidades. A reportagem não conseguiu falar com a direção da CMTT sobre o caso dos fiscais. (Marcos Vieira)

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