sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Divaldo Rinco: líder do nordeste goiano!




Opinião

Divaldo Rinco, uma estrela sobre o céu da Chapada dos Veadeiros

Roberto Naborfazan 

Sete dias se passaram após o Nordeste Goiano, principalmente Alto Paraíso e toda a Chapada dos Veadeiros, amanhecer em prantos de dor pela morte de uma de suas mais expressivas lideranças. Há uma semana morria Divaldo William Rinco. 

Seu retorno para a vida espiritual se deu de forma violenta, pelas mãos de um espírito fraco, corroído pelo rancor e alimentado pelo ódio de um grupo de agentes do mal. 

Divaldo Rinco não era santo, era humano, com defeitos e virtudes. Mas Divaldo tinha a consciência de sua missão pelo desenvolvimento da região Nordeste e, em particular, de Alto Paraíso. Tentou evitar a busca pelo terceiro mandato como prefeito, mas os anseios de sua gente o convenceram a deixar, novamente, seus empreendimentos rurais e voltou a governar sua terra para o bem de sua comunidade. Voltou de forma legítima, pelos votos depositados nas urnas, e isso despertou a ira dos insanos, que, dissimulados pelas trevas, agiam em todas as esferas, incentivados e incentivando atos e ações de extrema negatividade. 

Natália, uma das amadas filhas de Divaldo, me enviou texto feito por uma amiga, que cita a Ressonância Mórfica: A Teoria do Centésimo Macaco, um trecho assim diz  ‘’...São todos igualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto aquele que esbraveja palavrões de indignação por horas, criando comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos daquele que está com a arma já engatilhada...’’,  ou seja, tanto esbravejaram que, como o centésimo macaco lavando a areia de sua batata, conseguiram disseminar o sentimento do ódio extremo. 

A Rede Globo, em um de seus jornais matinais, noticiou que Divaldo foi assassinado após falar mal de um vereador em entrevista na Rádio Comunitária local. Passou informação equivocada. 

Divaldo utilizou a Rádio Comunitária Paraíso FM como instrumento da maneira mais abrangente do termo democracia; ali, cotidianamente, o prefeito dava transparência aos atos administrativos de forma direta, cara a cara com a população, dando explicações sinceras e sem meias verdades sobre o que estava sendo feito, o que ainda não dava para ser feito e os caminhos que estavam sendo utilizados para conquistar melhorias. Na quinta-feira (02), dia em que foi assassinado, realmente ele deu uma longa entrevista através de um link instalado na sede da prefeitura. Do estúdio, um ex-correligionário, usando seu linguajar peculiar, cobrou melhorias de forma áspera, e criticou alguns deputados apoiados pelo prefeito Divaldo, que, como sempre fazia, ouviu do outro lado da linha sem interromper, respondendo em seguida, entre outras coisas, que a população, ao invés de criticar os deputados que trazem benefícios, deveria se precaver com deputados que só aparecem em época de eleições para comprar votos. Nesse ponto, Divaldo cita um candidato à reeleição para a Assembleia, não pelo seu nome, mas sim por um cargo que ele já ocupara. Nenhum nome foi citado. Nenhuma ofensa direta que pudesse acender a chama de tamanha ira. Uma cópia dessa entrevista já está nas mãos da polícia e outras estão guardadas em cidades diferentes, com pessoas diferentes, para que não se extraviem. Que fique bem claro o que pensa a população de Alto Paraíso: o assassinato de Divaldo não tem nada a ver com a campanha 2010 e sim com rancores e ódio de uma vida toda, fomentados desde as eleições de 2008. 

Exemplo de amor e de conhecimento dos ensinamentos do Cristo, Dona Romilda, mãe de Divaldo, deu uma entrevista à Rádio Paraíso, logo pela manhã do dia 03, e suas palavras foram de muita luz. “Minha gente amada, não acenda sentimentos de vingança, de ódio ou qualquer sentimento negativo, orem por meu filho e também por seu algoz, meu filho não gostaria de ver nossa cidade coberta pelas nuvens do ressentimento, ele está bem”. 

Seguimos sua orientação amorosa, Dona Romilda, mas não podemos deixar de exigir a punição do assassino, na forma da lei humana, visto que a punição através da consciência do assassino, se ainda não começou, com certeza o atormentará por esta e outras vidas, até que se arrependa e purgue o mal que causou à família de Divaldo, à sua própria e a toda comunidade. 

É de estranhar que um homem de bem como o governador Alcides Rodrigues não tenha se manifestado sobre o caso, mesmo com uma nota de pesar. É de se estranhar que a competente secretária de Segurança Pública, Drª Renata Cheim, ainda não tenha se posicionado, dando satisfação de como andam as investigações desse crime que abalou o Nordeste Goiano e todo o Estado de Goiás, com repercussão nacional. Uma semana e nada foi dito, com clareza, para a sociedade. Um pai de família, um cidadão honrado, um trabalhador pelo bem de Goiás foi morto, não se permite a omissão das autoridades. 

Alto Paraíso ainda carrega a cicatriz da perda de um de seus maiores benfeitores, Ary Ribeiro Valadão Filho, exatamente no momento em que ele buscava acelerar o desenvolvimento da região. Arizinho amava Alto Paraíso e a comunidade local o adorava. Divaldo deixa nosso convívio no exato momento em que acelerava ações para o progresso de Alto Paraíso. Os dois, com certeza, estão em paz no mundo superior, nós, que aqui ficamos, não podemos deixar apagar suas ideias e seus ideais. 

Ary Filho e Divaldo Rinco são estrelas que jamais se apagarão nos céus da Chapada dos Veadeiros.  


Roberto Naborfazan é jornalista e repórter voluntário da Rádio Paraíso FM (Chapada dos Veadeiros)

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