sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Marconi Perillo: parceiro do funcionário público!




Opinião

Funcionalismo: parceiro e não bode expiatório

Gilvane Felipe 

Há comparações inevitáveis: Iris Rezende e o PMDB em Goiás, por extensão, sempre viram o funcionalismo público como uma ameaça. Exemplo maior é o de que ao iniciar mandato de governador, em 1983, um dos primeiros atos do peemedebista foi exonerar 30 mil servidores públicos. De um dia para o outro jogou na angústia do desemprego 30 mil chefes de família. Mas quem se importa? Eram meros funcionários públicos, um “estorvo” para a administração, não é mesmo? 

Governador, Marconi Perillo tratou o servidor público como aliado em prol do desenvolvimento de Goiás. Entendeu o funcionário como um ser desejoso de colaborar no crescimento de seu Estado. Valorizou-o, fez crescer sua autoestima. O servidor respondeu à altura. 

No Vapt-Vupt, o índice de satisfação para o atendimento recebido pelo cidadão chegou a 98%. O que equivale a dizer que, devidamente valorizado, treinado e motivado, o servidor público goiano está pronto a prestar seu serviço, que é servir ao cidadão goiano. 

Difícil chegar a isto? Basicamente, basta tratar o servidor como parceiro, e não como culpado pelo desarranjo do governo. Um exemplo? O servidor público receber seu salário em dia, dentro do mês trabalhado, e o décimo-terceiro salário no mês de aniversário. Obrigação de qualquer bom patrão, é certo, mas solenemente ignorada pelo governos com seus servidores, principalmente os do PMDB em Goiás. Marconi Perillo reviu isto e foi retribuído pelo funcionalismo com uma atenção especial a seu cliente, o cidadão. 

Governos, como o atual, aliás, veem a folha de pagamento como um gasto indesejável. Tentam jogar  na conta do funcionário, a culpa pela incapacidade e inoperância político-administrativas. Na lógica estritamente financeira, o que não foi possível fazer foi por causa das despesas com os salários do funcionalismo. Vê-se, de novo, o servidor público como um obstáculo, um gasto, e não um aliado, um investimento. É como se uma empresa pudesse existir sem empregados, sem mão de obra. 

Marconi Perillo, governador, reviu estes conceitos. Respeitou o servidor público, cobrou sua ajuda para governar. 

 Não o fez demagogicamente. Fez com ações. A de criar as condições para a existência do Vapt-Vupt e pagar dentro do mês trabalhado são exemplo. Somam-se a outras, citadas para ver que todas estavam dentro de um planejamento estratégico: 

 1. Seguro de vida para todos os servidores ativos do Poder Executivo. 

2. Capacitação profissional com oportunidade para todos os servidores. 

3. Admissão por meio de concurso público. De 1999 a 2005 foram 11.126 admitidos; em 2006 foram realizados novos concursos com 9.116 novas vagas. 

4. Criação e implementação de Planos de Cargos e Salários e Remuneração para todas as carreiras do serviço público. 

5. Aumento salarial para todas as categorias, com instituição da data base salarial dos servidores públicos do Estado, no dia 1º de maio de cada ano. 

6. Aquisição de equipamentos e modernização de instalações. 

7. Recuperação do Instituto de Previdência e Assistência do Estado (Ipasgo) e instituição do Fundo Estadual de Previdência. 

8. Criação do Programa da Qualidade no Setor Público do Estado de Goiás; 

9. Criação de Fundo de Capacitação para o Servidor. 

10. Criação e implementação do Portal do Servidor. 

11. Fomento à Criação da Cooperativa de Crédito dos Servidores do Estado de Goiás (Servcred). 

12. Implementação gratuita da Licenciatura Plena Parcelada para os professores não-graduados da rede pública de ensino (via UEG). 

13. Valorização do funcionário público como o principal intermediário entre o Estado e a sociedade. 

Todas as categorias de servidores públicos estaduais da administração direta tiveram aumentos salariais no período de 1999 a 2005. A média de reajustes por categoria, comparando com os salários pagos em 1998, teve percentuais expressivos. Com o objetivo de promover a capacitação dos servidores, surgiu a Escola de Governo. A instituição promoveu o treinamento de mais de 29 mil servidores. 

Elencando assim, fica impossível fazer comparação. O que parecido com isto foi feito pelos governos de Iris Rezende e de seu PMDB? 


Gilvane Felipe é mestre em História pela Universidade Sorbonne Nouvelle (Paris) e presidente do PPS em Goiás (gilvanefelipe23@gmail.com Twitter: http://twitter.com/gilfelipe)

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