quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Íris: desrespeito a juiz!

 DIÁRIO DA MANHÃ

Política & Justiça

Asmego declara apoio a juiz que condenou Iris 
Em nota oficial, associação repudia peça de recurso do advogado do ex-prefeito. Átila Naves diz que associação tem homens de bem 

Taynara Borges

Em nota, o presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) declara solidariedade ao juiz de Direito titular da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia, Fernando de Castro Mesquita, que condenou Iris Rezende (PMDB) por improbidade administrativa e, em seguida, foi atacado pelo réu. 

O documento, assinado pelo juiz Átila Naves Amaral, tem por base a peça de recurso assinada pelo advogado de Iris, Licínio Barbosa, publicada na íntegra ontem no Diário da Manhã. Segundo o juiz, “a peça é marcada por expressões caluniosas e injuriosas, em completo desrespeito ao estado democrático de direito”. Na petição, Licínio lamenta o erro do juiz e afirma que, “quando os lobos julgam, a justiça uiva”. 

Em resposta, o presidente garante que “a magistratura goiana é composta por homens e mulheres de bem, íntegros e cientes de suas responsabilidades”, e reitera sua confiança nos juízes e desembargadores que a integram. 

REAÇÃO

Ontem, Licínio disse considerar “lamentável a atitude de Fernando Mesquita de procurar a associação, depois da causa sentenciada, para se manifestar em seu favor”. Segundo ele, “um magistrado que se preze não procura a imprensa para justificar sua decisão”, pois acaba por soar como um ato de “vingança”. 

O advogado diz entender a atitude do juiz, “afinal, associações têm essa finalidade”, mas avalia sua postura como “censurável”. “Esperamos que uma pessoa que ocupe uma função como esta seja equilibrada”, pontua. O ex-prefeito Iris Rezende foi condenado por conta de um contrato firmado entre a Prefeitura de Goiânia e a empresa de publicidade Stylus, no ano de 2006, realizado sem licitação. “Achei estranho (o contrato), até porque não houve sequer uma tomada de preço, ou seja, a empresa não foi escolhida por oferecer um preço plausível, simplesmente não houve justificativa”, explicou o juiz em entrevista ao Diário da Manhã no último dia 28.

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