quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lula em Goiás: decepção!




Opinião

Ataques e grosserias de Lula são desrespeito ao povo goiano

Luiz Faleiro 

Já virou lugar comum, toda vez que o presidente Lula vem a Goiás, além de não trazer nenhum anúncio de interesse dos goianos ou explicar por que as obras federais em nosso Estado não acontecem, ele se comporta como um homem qualquer, sai com falatório irresponsável, atirando pra todo lado. Segunda à noite, no discurso que fez em Valparaíso, não foi diferente. Lula se comportou como um cabo eleitoral apaixonado, baixando à sarjeta o nível de uma campanha eleitoral que o presidente, pela liturgia do cargo, deveria cuidar para que fosse a mais respeitosa possível. 

Ao atacar inconsequentemente o senador Marconi Perillo, o presidente não só desrespeitou a figura do candidato tucano, mas aos goianos como um todo, um povo honesto, humilde e trabalhador. Ao atribuir a Marconi a responsabilidade pela crise na Celg, ele se fez de esquecido e não citou a venda de Cachoeira Dourada pelo governo do PMDB, a principal causa da quebradeira da Celg, que antes vendia energia, mas sem Cachoeira passou a comprar. 

O presidente não disse por que a obra federal do novo aeroporto de Goiânia está paralisada há cerca de quatro anos sem que nada se faça para fazê-la continuar. Não disse por que a obra da Ferrovia Norte Sul caminha a passos de tartaruga e tantos outros benefícios federais anunciados no passado, e tudo ficando só na tinta e no papel. Ora, presidente, aqui não, vá abusar da consciência das pessoas simples em outro lugar, aqui nós conhecemos a verdade representada pelos fatos e sabemos que mentiras como as desferidas pelo senhor em Valparaíso, atacando um filho querido de Goiás, têm as pernas muito curtas.

Lula cometeu a impostura de atacar o senador Marconi Perillo ao acusá-lo dos problemas financeiros da Celg. Ora, presidente: Goiás inteiro sabe que a inviabilização da empresa é resultado da venda das Usinas de Corumbá I e de Cachoeira, com os recursos arrecadados sendo torrados em obras inúteis. Marconi fez um governo honrado e operoso que é reconhecido e aplaudido pelos goianos, tanto que elegeu com folga o seu sucessor, uma figura inexpressiva e apagada, que depois o traiu por ser fraco e não ter personalidade própria.

Atribuir a vitória de Marconi em 1998, vencendo o todo poderoso Iris Rezende, a uma simples participação do personagem Nerson da Capitinga, é desconhecer o processo histórico da política goiana e rebaixar a zero a inteligência dos goianos. E, mais ainda, é desconhecer a grande virada na administração e economia de Goiás pelo governador Marconi Perillo, cuja atuação foi reconhecida depois, com a reeleição em 2002.

O bom senso, sempre senhor da razão, indica que o candidato Marconi Perillo não deveria responder aos ataques lulistas, a fim de preservar o bom nível da campanha tucana em Goiás até agora. Desde o início, Marconi tem batido nessa tecla, de realizar uma campanha respeitosa, propositiva e de alto nível. Não acho que essa postura precisa ser mudada só porque veio aqui um presidente destemperado e soltou maribondos pela boca insana. 

Deixe, senador, que os goianos darão a resposta, no dia 3 de outubro. Aliás, essa resposta está atravessada na garganta e antecipada nas pesquisas eleitorais. Falo aqui não só como eleitor, mas  acima de tudo, como um goiano que se sentiu injuriado e desrespeitado por um presidente que, a priori, deveria dar aos brasileiros os melhores exemplos de cidadania. 


Luiz Faleiro é gestor municipal, graduado em Administração e MBA em Marketing pela Uni-Anhanguera

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