EDITORIAL
Situação caótica
O Popular
Goiânia conseguiu criar algumas boas referências no quesito da qualidade de vida, mas tem caminhado para situação caótica e insustentável com a crescente defasagem entre espaço de circulação para veículos automotores e a frota circulante, que teve espantoso crescimento nos últimos anos.
Um recuo de 20 anos no tempo mostra que em 1990 a frota circulando em Goiânia era de 200 mil veículos e agora está próxima de 1 milhão de unidades, expansão maior do que em qualquer outra localidade do País.
A expansão da frota em Goiânia pressionou tanto a administração pública responsável que esta deixou de lado a busca de outras alternativas, raciocinando apenas em função do automóvel. Isto sacrifica até o pedestre. Não se pensou nem mesmo em ciclovias, o que torna andar de bicicleta um grande risco em meio ao trânsito tão perigoso.
Pelo menos a um prazo curto é utopia imaginar-se a cidade servida por um bom sistema de metrô. Vale dizer que impõe-se repensar o sistema de transporte e sua relação com o espaço urbano. Mais do que isto mesmo, pois na verdade é preciso que se crie uma verdadeira política para o enfrentamento desta situação tão dramática.
Como se trata de uma questão carregada de urgência, a comunidade tem de pressionar pela busca de saídas e alternativas, pois, se elas são tão difíceis hoje, amanhã se tornarão impossíveis e o grave problema não terá mais solução.
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