segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Governo Alcides: mentira total!





Opinião





Carlos Alberto Leréia


Celg: ninguém mente como Alcides
22 de Agosto de 2010 

Um governo que representa a população não pode mentir. Seja Governo de um País, de um Estado, de um município. Em Goiás, o governo Alcides Rodrigues mente despuradoramente. Para atingir seus objetivos cavilosos, mente dia e noite, mente de manhã, mente de tarde e mente de noite.

Vamos às mentiras ditas pelo governador Alcides Rodrigues. Ele mente há tempos e sistematicamente, mas vamo considerar somente aquelas apregoadas de dois dias para cá. E não vamos usar subterfúgios. Para que suavizar dizendo que Alcides diz falácias ou fala inverdades? Para que tratar em tom respeitoso quem não respeita nada nem ninguém. Quem trai, quem não tem ética nem caráter. É melhor ser claro e contudente: são mentiras mesmo. Ele é mentiroso contumaz e soltou catadupas de mentiras depois que a Assembleia Legislativa aprovou o projeto que autoriza o empréstimo jumbo para tentar resolver a situação financeira da Celg.

Alcides disse que os municípios perderam R$ 250 milhões com a mudança introduzida no projeto da Celg impedindo que o desvio para a Sefaz da maior parte dos recursos oriundos da primeira parcela. Mentira das grandes. Mentira porque tanto a Celg continua devedora do ICMS atrasado, quanto os municípios seguem credores da sua parcela correspondente ao imposto. Uma vez declarada adimplente com o sistema elétrico, a Celg receberá autorização para aplicar reajustes de tarifa que podem chegar a mais de 30% e correspondem a um incremento de receita da ordem de R$ 70 milhões por mês. Portanto, quase R$ 1 bilhão por ano. Ou seja: os municípios vão receber, sim, e logo, a parcela a que têm direito quanto ao ICMS que a empresa deixou de recolher – diga-se de passagem, neste governo, que recebeu a Celg com o ICMS em dia.

Mentira de Alcides, portanto. Outra falsidade é o governador dizer que o protocolo de intenções assinado com a Eletrobras estabelece que o ICMS atrasado da Celg deve ser quitado, sob pena da empresa não ser considerada adimplente, mesmo pagando as suas dívidas com o sistema elétrico. Essa é outra mentira desavergonhada. O protocolo diz textualmente que basta ficar em dia com o sistema elétrico para que a Celg possa receber a autorização para o reajuste. Alcides mente tanto que o protocolo também diz que as dívidas com o sistema elétrico devem ter prioridade, vindo a seguir as dívidas de impostos. Está lá, na folha 5. O resto é apenas mentira de Alcides.

Alcides mente tanto que mais uma vez, com a boca torta pelo uso do cachimbo, volta a acusar Marconi Perillo de ter “quebrado” o Estado e de ter “enterrado” a Celg. Mentira, tudo mentira. Relatórios do Tribunal de Contas do Estado e de instituições independentes com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) já mostraram, com amplitude de provas, que Alcides recebeu o governo em ótimas condições fiscais, sem nenhum desequilíbrio financeiro ou orçamentário. E que, ao contrário do que sempre anunciou, é o atual governo que vem acumulando déficits nas suas contas. Alcides diz mentiras em cascata e será devidamente processado e chamado à responsabilidade penal e cível perante a Justiça.

É compreensível que um homem frustrado, de nenhum brilho pessoal, torturado pela amargura de ter traído os amigos, de não ter cumprido os compromissos que fez com o povo goiano e, sobretudo, de ter feito um governo medíocre - que ficará na história como um período de apatia em que muitas das conquistas do nosso Estado foram jogadas no lixo - é compreensível que um homem assim tenha razões para odiar o mundo e por isso recorra ao universo da fantasia para se refugiar e encontrar algum consolo. Deve ser por isso que Alcides mente tanto.

Para ele, “a Assembleia matou a Celg”. Isso é piada. Isso é galhofa. Que “matou” a Celg que nada! A Assembleia matou, sim, a malandragem do governo do Estado, que não titubeou em encaminhar aos parlamentares uma mensagem que pretendia passar a perna nos goianos. Ele acreditou nas suas próprias mentiras, mentindo para si próprio ao imaginar que os deputados seriam omissos e aprovariam um projeto que usava a Celg como artimanha para arrecadar dinheiro para o seu governo, sem contrapartida para o futuro de Goiás. Isso às vésperas de uma eleição, onde Alcides tem um candidato em situação desesperadora na pesquisa, necessitando de socorro urgente. E que socorro? Os recursos do empréstimo para a Celg, desviados para a Sefaz.

Repito: o governo tentou usar irresponsavelmente a difícil situação da Celg para botar as mãos em R$ 750 milhões no apagar das luzes do seu mandato e em pleno período eleitoral, deixando a empresa numa situação de calamidade. Isso porque os recursos que restariam da primeira parcela do empréstimo não seriam suficientes para abater sequer uma parte significativa da dívida da empresa com a Eletrobras e tudo continuaria do jeito que está hoje.

A emenda aprovada pela Assembleia, ao determinar que todo o dinheiro seja destinado a tornar a Celg adimplente com o sistema elétrico, moralizou uma operação que estava sendo conduzida com segundas intenções, visando a fazer caixa para as estrepolias de um governo moribundo. Um governo que assaltou os destinos de grandeza e desenvolvimento de Goiás e será eternamente conhecido como preguiçoso e incompetente, a começar pela própria cara de ressaca do governador e pela sua total incapacidade política e administrativa.

Ninguém mente como Alcides. E nenhum governador foi ou jamais será tão irresponsável como ele, que se esforça hoje para destruir a Celg apenas para tentar jogar a culpa nos seus antecessores, buscando uma justificativa para o próprio malogro, configurado em uma gestão precária e vazia de benefícios para o povo goiano. Um governo calcado na mentira não poderia mesmo terminar de outra forma. A quatro meses do final, o mentiroso já está morto e acabado.



Carlos Alberto Leréia é deputado federal (PSDB)

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