quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Marconi: emoção total!





Política & Justiça

Marconi e Iris destacam passagens pelo governo
No primeiro dia do programa eleitoral, candidatos do PSDB e PMDB priorizam administrações anteriores. Vanderlan conta história de vida e se diz preparado

Taynara Borges

Candidatos a governador do Estado, senadores e deputados estaduais tiveram ontem suas estreias no horário eleitoral gratuito. Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB) investiram na apresentação de conquistas alcançadas nas duas oportunidades que cada um teve como governador. O tucano frisou ações realizadas em suas administrações anteriores (1998 a 2006) e prometeu recuperar o ritmo de crescimento que havia atingido em seu governo. Não diferente, videoteipes bastante produzidos ressaltaram obras e feitos de Iris Rezende em suas gestões à frente do Estado (1983 a 1986 e 1991 a 1994) e no comando da prefeitura de Goiânia (2005 a 2010).

Iris bateu forte na tecla de seu histórico de realização de obras, exaltando os tradicionais mutirões, além das construções de viadutos, parques e asfaltos. Mantendo os peculiares traços da fala, o ex-prefeito enfatizou a “disposição” que sente para realizar a “maior administração” de sua vida e encerrou de forma emblemática: “Que Deus abençoe a nossa campanha!”.

Seguindo a mesma linha, o vídeo que possuía o jingle “Bom para o povo é Marconi de novo” lembrou da implantação de ações como o Banco do Povo e o Salário-Escola. O candidato do PSDB utilizou o restante de seu tempo para apresentar suas propostas de criação do Credeq (Centro de Recuperação de Dependentes Químicos), do Hospital da Mulher e do inovador VLT (Veículos Leves sobre Trilhos) para desafogar o trânsito na Capital.

A coordenação de campanha tucana apresentou, à noite, um programa diferente do que foi veiculado na hora do almoço. De dia, a coligação Goiás Quer Mais mostrou uma entrevista em que Marconi falava de sua história política e sua família.

Candidato do PSol, Washington Fraga apresentou sua família e sua trajetória enquanto presidente da Associação dos Servidores da Saneago (Assesgo) e também à frente do Sindicato Dos Trabalhadores Urbanitários de Goias (Stiueg) por quatro mandatos. “Dignidade, cidadania e distribuição de renda” fecharam o discurso da campanha Goiás para Você, e não para Eles.

Marta Jane (PCB), a mais nova entre os candidatos, se prendeu a apresentar o histórico do Partido Comunista Brasileiro e prometeu uma “mudança” na forma de governar sem, no entanto, detalhá-la. Tendo o partido sempre à frente, a candidata propôs: “Vem com a gente, vamos juntos construir o poder popular”.

O candidato do governo, Vanderlan Cardoso (PR), direcionou grande parte de seu tempo a contar que nasceu em família simples, começou a trabalhar cedo, teve como “primeira empresa” uma caixa de engraxate, e hoje é nada menos que um grande empresário que gera milhares de empregos. O candidato não se atou a mostrar seus feitos enquanto prefeito do município de Senador Canedo (2008 a 2010), mas também não perdeu a oportunidade de ressaltar que está “pronto e preparado” para governar o Estado.

Senadores

Candidatos ao Senado como Lúcia Vânia (PSDB), Demóstenes Torres (DEM), Elias Vaz (PSol) e Adib Elias (PMDB) apelaram aos préstimos passados para atingir o eleitor. “Fiz mais de mil projetos, dos quais 25 viraram leis”, apontou Demóstenes se referindo à sua participação na Lei Maria da Penha, na Lei Anti-Drogas e na Lei do Ficha Limpa.

Lúcia Vânia se prendeu ao Bolsa Família e ao Prouni para dizer que, para ela, a política é uma vocação: “Abri mão da minha vida”. Já Elias Vaz relembrou seus tempos de movimento sindical e a luta pelo transporte alternativo. O candidato petista Pedro Wilson proferiu todo seu discurso tendo estampada em um painel ao fundo a palavra “educação”. O cantor sertanejo Renner (PP) simulou uma entrevista para apresentar propostas e explicar sua candidatura, mas não conseguiu se desvencilhar de alguns vícios de linguagem como o “né”. Paulo Roberto Cunha (PP), Rubens Donizzeti (PSTU) e Bernardo Bispo (PCB) completaram a lista dos candidatos ao Senado por Goiás.

Deputados

De acordo com o tempo que a coligação proporcionava, os postulantes à Assembleia Legislativa fizeram manobras para se virar em poucos segundos. A falta de tempo fez com que pouquíssimos deles apresentassem propostas de governo, já que pouco mais lhes restava do que dizer o nome aos telespectadores. “Por um estado mais justo”, “pelo desenvolvimento da economia”, “para fazer a diferença por Goiás” e “para continuar trabalhando por você” moveram o discurso de quase todos os candidatos a deputado estadual.

Marqueteiro vê alusão de Vanderlan à propaganda de José Serra

Formado em publicidade e propaganda pela Universidade Anhembi-Morumbi, Marco Antônio Chuahy trabalhou como marqueteiro nas campanhas de Paulo Roberto Cunha (PP) para governador em 1990, na de Sandes Júnior (PR) para prefeito de Goiânia em 1992 e em 1994 na de Ronaldo Caiado (DEM) para governador. Atualmente, Marco Antônio Chuahy é consultor de marketing político e comunicação. Ele observou algumas coincidências nas propagandas dos candidatos ao governo.

“Notei uma infeliz coincidência no programa do Vanderlan Cardoso (PR). Várias pessoas batem no peito duas vezes para mostrar que irão votar com o coração. Na segunda-feira, no final da campanha do José Serra (PSDB), ele surgiu fazendo a mesma coisa. Evidentemente não copiaram do Serra porque não sabiam, mas de certa forma, faz uma referência à campanha tucana para presidente. Precisam mudar isso”, opina. Além disso, Marco Antônio analisou que existiram diferenças entre os programas dos candidatos a deputado estadual. “Na coligação do Marconi existe uma uniformização dos proporcionais, todos têm ao fundo o nome de Marconi. Já na coligação do PMDB, o PT navega sozinho. Nas coligações proporcionais, ninguém fez apelo para que o eleitor vote em Iris. Nenhum tem uma menção gráfica que o Iris é o candidato majoritário da coligação”, observou Marco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário