quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Marconi; encarando o debate com firmeza!!

 O Popular

FACE A FACE ESPECIAL

Candidatos partem para confronto  direto no Face a Face Especial 
Ponto alto do debate foi o segundo bloco, de perguntas entre os candidatos, quando Marconi abriu fogo contra Vanderlan, surpreendendo inclusive aliados presentes

Fabiana Pulcineli

Os três candidatos ao governo do Estado mais bem colocados nas pesquisas partiram para o ataque e esquentaram a disputa no debate promovido ontem pelo POPULAR. A 33 dias das eleições, Iris Rezende (PMDB), Marconi Perillo (PSDB) e Vanderlan Cardoso (PR) tiveram o primeiro confronto direto, com discussões acirradas sobre ética e responsabilidade na gestão, no Face a Face Especial, transmitido ao vivo pela internet - iniciativa pioneira no Estado.
 
O ponto alto do debate foi o segundo bloco, de perguntas entre os candidatos, quando Marconi
abriu fogo contra Vanderlan, surpreendendo inclusive aliados que contavam com a postura defendida pelo tucano de foco em propostas e defesa só em caso de ser atacado. O candidato do PSDB falou de escândalos envolvendo lideranças do PR, partido de Vanderlan, citando inclusive o suposto dossiê contra ele que teria sido elaborado - segundo denuncia Marconi - pelo presidente do partido, deputado Sandro Mabel.
 
Antes disso, em pergunta direcionada a Marconi, Iris falou das divergências do tucano com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a candidata à sucessão do petista, Dilma Rousseff, provocando-o sobre dificuldades de obter recursos e parcerias com o governo federal. Mas foi a partir da segunda questão que o debate esquentou para valer, culminando até com acusação de Marconi contra Vanderlan de pedidos de propina. Entraram também como temas do debate o déficit que teria sido herdado pelo governo Alcides Rodrigues (PP) e dificuldades financeiras da Celg.
 
O debate, mediado pelo editor-chefe do POPULAR, João Unes, teve três blocos. O primeiro contou com apresentação e perguntas de eleitores feitas pelas redes sociais Facebook e Twitter e por vídeos em terminal eletrônico do Face a Face. Foram incluídas perguntas sobre saúde, Celg, propostas para jovens, preconceito contra homossexuais, impostos, Centro Cultural Oscar Niemeyer, Lei de Responsabilidade Fiscal, Universidade Estadual de Goiás, Aeroporto de Goiânia, qualificação de mão-de-obra e a promessa de distribuição de netbooks para alunos e professores.
 
 Já o terceiro bloco foi formado por perguntas de jornalistas da Organização Jaime Câmara e as considerações finais. Os candidatos foram questionados sobre promessa de administrações regionais, trem-bala entre Brasília e Goiânia, Celg, polo tecnológico entre a capital e Anápolis, netbooks para a rede estadual e posição nas pesquisas.
 
 
Ao final do debate, os três candidatos admitiram que o debate abriu fase de acirramento da disputa, com tendência ao maior enfrentamento político. Marconi avisou: "É só o começo". Disse inclusive que tem provas de cobrança de propinas no governo. "Quero que o Ministério Público me peça", disse.
 
Marconi explicou que abandonou o estilo "paz e amor" porque é sua obrigação avaliar o governo. Vanderlan ironizou o "destempero" do adversário tucano e recomendou "chá de erva-cidreira". Iris disse que campanha eleitoral é tempo de se mostrar verdades e que o debate deu oportunidade para esclarecer questões.
 
Iris rezende também provocou candidato tucano ao falar das dificuldades que ele teria para obter verbas federais com a possível eleição da petista Dilma Rousseff para o Planalto.

1º BLOCO

Após apresentação, candidatos respondem a perguntas feitas por eleitores e assinantes do POPULAR por meio do painel eletrônico e das páginas do jornal no Facebook e no Twitter

Iris Rezende (PMDB) foi o primeiro a se apresentar, afirmando que deixou a Prefeitura de Goiânia porque se sentiu no dever de se colocar como candidato para recuperar a infraestrutura, a Celg, a Saneago e investir em educação e saúde. Ele reafirmou a promessa de distribuir Bolsa Universitária integral, dar netbooks a alunos e professores e implantar o sistema de tempo integral nas escolas. "Vamos mudar os rumos de Goiás", disse o peemedebista.
 
Marconi Perillo (PSDB) disse que o grande desafio do próximo governador será compatibilizar receitas com demandas represadas. Ele afirmou que terá como focos as áreas social e econômica, o meio ambiente, e a administração pública. Lembrou que, quando assumiu o governo em 1999, havia descrédito sobre capacidade de administrar bem o Estado e citou números de conquistas de seu governo. "Será preciso competência, muita energia e criatividade", afirmou o tucano.
 
Vanderlan Cardoso (PR) afirmou que pretende transformar Goiás em "Estado da justiça social, oportunidade e qualidade de vida". Lembrou a proposta de descentralização da gestão e o foco em resultados. Prometeu aplicar os 12% na saúde obrigatórios pela Constituição Federal e premiar servidores.
 
Nas respostas às perguntas dos eleitores, Iris foi questionado sobre propostas para o segmento jovem. O peemedebista disse que a solução para a Celg é fundamental para geração de energia e, consequentemente de empregos. Ele afirmou que buscará a ajuda de Dilma Rousseff (PT). Iris respondeu ainda sobre medidas para combater o preconceito a homossexuais. "Todos devemos respeitar as pessoas como elas são. Não devemos tentar mudar atos e comportamentos. Cada um é senhor de si. Sempre procurei ser justo e valorizar as pessoas, sobretudos os discrimados", disse. Sobre cultura, Iris lembrou ações de sua gestão na Prefeitura e no governo e afirmou que investirá no setor. Disse ainda que criará escolas técnicas para qualificar a mão-de-obra no Estado.
 
Questionado sobre propostas de construir escolas e hospitais, em vez de reformar os prédios já existentes, Marconi disse que implantará um programa de manutenção e recuperação da estrutura do Estado em todas as áreas, incluindo segurança, a exemplo do programa de manutenção de estradas. O tucano falou ainda que cumpriu em seu governo as metas da Lei de Responsabilidade Fiscal e do crescimento do PIB, defendendo qualificação.
 
Vanderlan Cardoso (PR) disse esperar "um milagre" para resolver o problema da Celg, mas se disse otimista com a solução e prometeu não permitir que a Saneago vá para o mesmo caminho. "Há risco de intervenção por uma irresponsabilidade", disse. O republicano prometeu levar oportunidades para as regiões mais pobres do Estado, como Norte e Entorno do Distrito Federal, e investir na Universidade Estadual de Goiás, garantindo autonomia.
 
O republicano disse ainda que não fez promessa de distribuição de computadores a alunos e que defende a informatização das escolas, afirmando que mais de 500 ainda não contam com laboratórios de informática.

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