sábado, 11 de setembro de 2010

Vanderlan: podres começam a aparecer!




Política & Justiça


Vanderlan é suspeito de comprar voto a 30 reais
Procurador regional eleitoral Alexandre Moreira Tavares encaminha na próxima semana ao TRE investigação feita a partir de denúncia realizada após eleição para prefeito de Senador Canedo 

José Cácio Júnior 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) investiga denúncia contra Vanderlan Cardoso (PR), em que ele é acusado de compra de votos (capacitação ilícita de sufrágio) durante a eleição para Prefeitura de Senador Canedo, ocorrida em 2004. De acordo com a denúncia, cada voto era negociado pelo valor de R$ 30. A reportagem entrou em contato com Vanderlan, mas ele não retornou os telefonemas. O jornal oferece espaço para que o candidato manifeste sua versão. O processo de número 2389542007 foi registrado em agosto de 2007 e somente esse ano foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF) para análise das denúncias. O caso está nas mãos do procurador eleitoral Alexandre Moreira Tavares, que concluiu esta semana a análise das provas e deve enviar o caso para o TRE na semana que vem. O Tribunal seguirá com o julgamento do processo. 

De acordo com a denúncia apresentada ao MPF, Marcelo Roberto Pena, conhecido na cidade pelo apelido de Marcelinho, era o responsável pela negociação dos votos com os eleitores. Ele era auxiliado por Angelita Gonçalves Ribeiro Gomes e pelo vereador Expedito da Mata e Silva (PR), que, segundo a denúncia, ofereciam R$ 30 para cada eleitor que votasse em Vanderlan. 

O vereador Vilmar Lima (PSDB), de Senador Canedo, explica que foi o próprio Marcelinho quem denunciou o caso à Polícia Federal (PF). Para ele, a delação foi feita motivada por vingança, pois Vanderlan não teria cumprido as promessas feitas para quem o ajudasse na campanha. “Prometeram um emprego para o Marcelinho, mas logo depois das eleições o despacharam. Mas já ouvi dizer também que ele, depois de ter sido empregado, tentou conseguir emprego para sua esposa, por isso que tiraram ele de cena”, completa o vereador. 

De acordo com uma fonte ouvida pelo DM, que pediu para não ser identificada, o caso teria ficado na geladeira por influência do ex-tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Marco Antônio Caldas. O filho do ex-tesoureiro Marco Antônio Caldas Júnior trabalhou na campanha de Vanderlan em 2004. A fonte explica que Vanderlan ajudou Marco Júnior financeiramente quando o filho do ex-tesoureiro fracassou na tentativa de ser empresário. 

“O Marco Antônio Caldas segurou o proceso até onde pôde, até o vencimento do prazo do mandanto de Vanderlan – que largou a prefeitura em março desse ano, após ter sido reeleito, para disputar o governo do Estado –, pois se for condenado, não vai adiantar mais, ele vai receber no máximo uma multa para pagar”, completa a fonte. Ele classifica o caso como “emblemático”, “contundente” e acredita que “não tem como não dar cassação”. 

Após ouvir o depoimento das dez testemunhas envolvidas no caso, o procurador Alexandre Moreira dará seu parecer sobre a denúncia. De posse da análise do procurador eleitoral, os juízes do TRE darão procedimento ao caso. O colegiado do TRE pode solicitar novas provas a Alexandre Moreira, instaurar processo, ou até mesmo arquivar o caso. 

Apesar da denúncia estar em fase de análise, essa é mais uma turbulência que Vanderlan tem enfrentado desde quando anunciou sua candidatura ao Palácio das Esmeraldas. Disputas internas; integrantes da base aliada anunciando apoio aos outros candidatos ao governo; e discussões públicas entre políticos que apoiam Vanderlan e integrantes da coordenação de campanha, são apenas algumas das dificuldades que o ex-prefeito de Senador Canedo tem enfrentado desde abril.

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