quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vanderlan: por fora bela viola...

DIÁRIO DA MANHÃ

Opinião

Vanderlan, o diferente que é igual a qualquer um

Ricardo Borges 
01 de Setembro de 2010 

O leitor sabe que o programa de televisão, principalmente, o eleitoral, tem várias funções. Uma delas é confundir a cabeça do eleitor. O programa eleitoral do candidato da coligação Nova Frente, Vanderlan Cardoso, é um exemplo disso. No slogan de campanha, usado em suas inserções na tevê, Vanderlan se coloca como o candidato diferente. Está lá, escrito, para quem quiser ver e crer. 

Do outro lado, como espectador, como um eleitor que acompanha e bem a nossa política, faço apenas uma pergunta: ele é diferente em quê, ou seja, só usa a palavra ‘diferente’ para confundir o eleitor ou realmente tem alguma diferença, que de tão diferente, ninguém consegue observá-lo. 

Todos nós sabemos que a prática dos correligionários de Vanderlan, sejam de seu partido, o Partido Progressista – PR, ou do próprio Partido Progressista – PP, do governador Alcides Rodrigues, que diz apoiá-lo (só que até agora ninguém viu os dois juntos, pedindo votos), é uma prática atrasada, sem qualquer vínculo com o futuro ou com essa própria ‘diferença’. 

No caso de Vanderlan, ser diferente é ser igual a todos os outros que praticam uma política sem qualquer consideração com a sociedade ou com as instituições e mesmo com os eleitores. 

Não podemos eleger pessoas que acham que nos iludem com conversa mole, como é o caso específico do candidato Vanderlan Cardoso. Tanto é verdade, que ele não consegue mostrar uma proposta que seja diferente ou uma ação sua, enquanto político, que demonstre esta diferença a ponto de escolhermos a ele como governador ou algo similar. 

Vanderlan Cardoso é mais um de seu partido e de sua própria coligação que utiliza-se de jargões sempre lançados em períodos eleitorais com duplo sentido ou com um sentido figurado e não explicado. Eleger políticos assim é um erro e pode levar o eleitor a se arrepender depois, justamente porque foi ludibriado e depositou seu voto de confiança num político que utiliza-se apenas da lábia para conseguir lograr êxito na sua ambição política. 

Se Vanderlan é diferente, faz uma campanha diferente, logicamente é porque, ao ser apoiado por Alcides, não o tem em seu palanque. É porque, ao ser apoiado pelo cantor sertanejo Renner, não o tem em seu palanque. É porque, ao ser apoiado pelos políticos de seu partido, não os tem em seu palanque. 

Na verdade, o que é diferente mesmo é o palanque de Vanderlan, que, daqui a alguns dias, talvez, não terá nem mesmo ele. Ele vai acabar fugindo, como fugiram os apoiadores de sua campanha. 



Ricardo Borges é administrador, pós-graduado em Ciência Política, Liderança Empresarial e Recursos Humanos, mestrando em Administração/Gestão Pública, professor universitário, conselheiro federal (suplente) do Conselho Federal de Administração – CFA, coordenador do Comitê Jovem Administrador pelo Conselho Regional de Administração de Goiás – CRA/GO (Twitter:@RicardoBorgesRB)

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