Cargo pode tirar Meirelles da disputa
A eleição do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para participar do Conselho Diretor do Banco de Compensações Internacionais (BIS) é o fato novo na carreira técnica de Meirelles que poderá ser decisivo para ele abandonar a ideia de voltar à vida política. Nem mesmo o sonho romântico de governar seu estado, Goiás, o anima.
Meirelles aguarda os acontecimentos para ver se tem ou não chances de ser candidato a vice-presidente na chapa da petista Dilma Rousseff e, somente neste caso, pelo menos por enquanto, ele desistiria da projeção internacional de pertencer ao conselho do BIS, a entidade máxima de regulação dos bancos centrais.
O conselho diretor do BIS tem entre seus integrantes nações ricas e desenvolvidas, onde Meirelles teria a companhia de altos dirigentes, como o presidente do Federal Reserve (FED, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, e de Jean-Claude Trichet, presidente do BC europeu.
Entre o mundo do tecnicismo financeiro e a política, a possibilidade de candidatura ao governo de Goiás ou a disputa por uma vaga no Senado há algum tempo não entusiasmam Meirelles, que é filiado ao PMDB. Ele considera que perdeu a arrancada da campanha para governar seu estado. Avalia que o candidato da oposição, Marconi Perillo (PSDB), estava um bom terreno à frente.
BRASÍLIA
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