CPI DA CELG
Comissão começa a tomar depoimentos
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as dificuldades financeiras da Celg promete avançar nas investigações esta semana com a convocação de ex-presidentes da companhia. O presidente da CPI, Helio de Sousa (DEM), não tinha informações ontem sobre o cronograma de depoimentos.
As convocações e intimações de 22 pessoas foram aprovadas na quarta-feira e, por ter viajado, o presidente ainda não sido informado sobre as confirmações. A expectativa é de que os primeiros depoentes sejam os advogados Alcimar de Almeida e Alex Ivan de Castro Pereira, convocados a comparecer na CPI amanhã, às 14 horas.
Antes mesmo dos depoimentos, já surge na comissão uma polêmica sobre a possibilidade de quebra de sigilos bancário, telefônico e fiscal de ex-presidentes e empresas envolvidas em denúncias. O deputado José Nelto (PMDB) afirma que pretende apresentar à CPI solicitação de quebra de sigilo de pelo menos oito ex-gestores e empresas.
Helio de Sousa alertou para a recomendação da assessoria jurídica da CPI. “A quebra de sigilo é considerada ato de exceção. Deve ser feita se realmente necessário”, disse o presidente, que afirma ser fundamental esperar o resultado das oitivas na comissão.
O deputado Daniel Goulart (PSDB) também defendeu que a decisão sobre quebra de sigilo seja tomada após os depoimentos. “Mas acho que algumas serão realmente necessárias. Já há suspeitas”, disse.
Nelto defende foco das investigações na contratação de empréstimo de pequenos bancos a juros altos. “Nem podemos chamar de banco, são tamboretes. Por que não escolhiam grandes bancos? Porque nos pequenos e desconhecidos é mais fácil fazer maracutaia”, ironiza.
Daniel também levanta suspeita sobre a prioridade dada a pagamentos aos bancos em vez de quitar dívidas com a Eletrobrás.
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