quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Diário da Manhã

Legado histórico

Alguns de nossos representantes realmente não sabem quais são os papéis de um administrador em um Estado Democrático de Direito. Infelizmente, ficamos perplexos com tantas empáfias ao lermos o artigo publicado neste espaço no dia 19 de janeiro de 2010, edição 8106, de autoria do excelentíssimo secretário de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Aparecida de Goiânia (município esse que tem nosso respeito) e presidente do PTdoB, Walbênio Oliveira.

Desde o título do tal artigo até sua conclusão, sem nenhuma conduta de realidade, os seus argumentos foram evasivos e, principalmente, falaciosos.

Dizer abertamente em um jornal de respeito como o Diário da Manhã que “Goiás foi um canteiro de obras durante o governo Maguito’’ é ir contra a própria dignidade. É cometer imoralidade com os sublimes leitores do DM e o povo goiano. Por exemplo, quais foram as obras de suma importância que o homem público Maguito Vilela trouxe para Anápolis?

É muito fácil julgar e predestinar as pessoas. Mas para isso deve-se olhar para si mesmo, secretário. Como disse o senador Marconi: “A maior demonstração da incompetência do prefeito quando foi governador do Estado é a própria administração dele em Aparecida...” Basta ir ate lá para perceber que a cidade não está a mil maravilhas como as propagandas andam mostrando. Semana passada, por exemplo, eu, Nilson, fui percorrer o Setor Santa Luzia. É triste! A situação está caótica. Ruas como a W1, W6, dentre outras, nunca viram asfalto. Tudo se resume em buraco.E ainda existem pessoas escrevendo sobre as benfeitorias de Maguito. Paciência! O povo aparecidense e principalmente o povo goiano não são bobos não, amigo secretário. Mentiras têm pernas curtas. E mais: o povo brasileiro está cansado de tantos sofismos.

Dizer que o montante de um bilhão de dólares serviu para obras de ginásios de esportes... Verdade! Porém, o dinheiro foi todo investido em obras que não melhoraram a vida dos goianos nem aumentaram a competitividade do Estado. Só o que foi efetivamente gasto na construção de ginásios de esportes daria para construir as seis subestações que hoje fazem extrema falta à Celg e que, na época, 1998, já eram emergenciais, orçadas em R$ 26 milhões. Sem contar que o dinheiro da Usina de Cachoeira Dourada poderia ter saneado o Banco do Estado de Goiás, evitando assim sua federalização. O metrê em Goiânia, orçado em 90 milhões (em 2006), também poderia ter sido feito com uma parte do montante “recebido’’. Entretanto, o governo de Maguito preferiu investir numa reforma da Avenida Anhanguera. Não iremos tocar no quesito Caixego. Porque esse todos nós goianos sabemos com quem ficou todo o dinheiro senhores,“atuais prefeitos’’!

Não satisfeito com o que já havia feito, Maguito enterrou R$ 2,7 milhões na iluminação da BR-153. Esse montante supera o investimento individual que o governo fez no saneamento básico de 26 municípios goianos.

Grande parte da verba da Cachoeira Dourada destinada à Secretaria Estadual de Saúde teve como objetivo quitar débitos com a compra de medicamentos para as unidades de saúde. Engraçado: dados como esses o fabuloso secretário não publica aos amigos goianos.

Em março de 2006, foi inaugurado o Centro Cultural Oscar Niemeyer, que hoje, infelizmente, não teve e não tem os cuidados que realmente necessita para estar funcionando. Pelo menos no governo que se encerra neste ano não será acabado. Infelizmente! Para o conhecimento do extraordinário secretário, a marca do Tempo Novo nessa área é pautada pela valorização do espírito do povo goiano.

Não houve outro governador que pensasse em Goiás de maneira tão grandiosa e que tenha realizado tanto em tão pouco tempo. Marconi, à frente do governo não se abalou diante das dificuldades: tomava as rédeas e resolvia os problemas. Lançou Goiás no rumo da modernidade, melhorou a qualidade de vida de uma parcela importante da população. Por isso é sinônimo de empreendedorismo, democracia, desenvolvimento econômico e explosão cultural. Marconi desenvolveu uma administração dinâmica voltada para as mais distintas áreas: preocupado em remodelar o Estado, investiu em obras públicas e saneamento urbano, oferecendo incentivos à cultura e dando assistência aos mais humildes. Realizando obras de infraestrutura, o ex-governador e atual senador da República não só construiu pontes, mas universidade, a ETE, a Agrodefesa, dentre inúmeras outras benfeitorias.

Em suma, falar pelos cotovelos, seja para poder mostrar serviço ao chefe, aparecer ou até mesmo por ter sido obrigado a publicar o satírico artigo, não os leva em lugar algum. Saibam que a hora agora é que todos possam trabalhar por Goiás, com base na legalidade, na impessoalidade, na moralidade e, principalmente, na eficiência. Pré-requisitos fundamentais para uma administração saudável, respeitada, responsável e realizadora.

Nilson Silva (PSDB) é acadêmico de Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (nilsonvinicius@hotmail.com).

idoval Chiareloto (PSDB) é empresário, ex-presidente da Acia, ex-presidente da Facieg e ex-secretário da Indústria e Comércio do Estado de Goiás

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