Demóstenes Torres: reconhecimento!

Política & Justiça

Demóstenes “ganha” eleitor em MG

Morador de Santa Rita do Sapucaí encaminha pedido ao TRE mineiro para votar em senador goiano. “Não tem nenhum candidato em meu Estado que se enquadre em meus ideais”, justifica

Da Redação

O professor de Economia, administrador de empresas e agente de viagens Oscar Negrão de Lima se destacou entre os 2.633 amigos do senador Demóstenes Torres na site de relacionamentos Facebook. Morador de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, Oscar Negrão não se contentou em acompanhar o trabalho de Demóstenes pelos veículos de imprensa de circulação nacional e torcer para que o povo de Goiás reeleja o senador. Ele encaminhou um pedido formal ao Tribunal de Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) requisitando meios legais para votar no goiano. No documento remetido ao órgão eleitoral, Oscar diz que não encontra equivalente entre os políticos mineiros e que, por se tratar de legisladores federais, o voto pode ser encaminhado de qualquer unidade da Federação.

Antes de registrar o pedido no TRE, Oscar leu a legislação eleitoral e, a partir de análise minuciosa, entende que a urna eletrônica deve fornecer opções de senadores dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal. “Na democracia plena, o eleitor deve ter total liberdade de escolha, até a não recomendável opção do nulo para os que têm como escopo alcançar os 50% + 1 e impugnar uma eleição”, escreveu Oscar no documento remetido ao TRE-MG. Diante da impossibilidade de votar no político goiano constada por um técnico do órgão, Oscar Negrão decidiu continuar defendendo Demóstenes como seu representante no Senado Federal. “Mesmo diante do fato, continuarei a apoiá-lo, não só pelo seu notável, honesto e reconhecido trabalho, mas por democraticamente não ter nenhuma opção de candidato em meu Estado que se enquadre nos meus ideais”, escreveu Oscar ao senador. A tese defendida por Oscar para que o eleitor vote em candidatos de qualquer unidade da Federação passa pela utilização da cédula convencional. Ele advoga que, assim como o instrumento é utilizado em regiões sem acesso à energia elétrica ou auxilia os eleitores em casos de panes e catástrofes, a cédula de papel poderia atender a necessidade daqueles que se identificam com políticos de outros Estados. “É uma exceção, como as outras descritas. Li a legislação, pesquisei nas súmulas do Tribunal Superior Eleitoral e não encontrei nada que impeça este uso. Veja que este instrumento é válido democraticamente, uma vez que o senador legisla para toda a Federação.

Demóstenes defende Goiás, mas a maioria de suas leis atinge todo o Brasil”, argumenta Oscar. Outra solução para o impasse seria modificar o software das urnas eletrônicas. “Elas são feitas na minha cidade, Santa Rita do Sapucaí, o vale do silício brasileiro. Penso que não seria tão complicado assim alterar esta função na urna eletrônica”, afirmou Oscar.