quinta-feira, 4 de março de 2010

Prefeitura de Goiânia: obras inadequadas!

O Popular

CIDADES

Viaduto ajuda mas não é prioridade, dizem técnicos
Avaliação é de especialistas, que afirmam que o ideal é investir em transporte público

Carla Borges

A construção do viaduto no cruzamento da Marginal Botafogo com a Avenida 136, na divisa do Setor Sul com o Jardim Goiás, é uma obra necessária para dar fluidez ao trânsito em um dos pontos de maior congestionamento da cidade, mas não contempla o aspecto que deveria ser o principal: a prioridade para o transporte coletivo. Essa é a avaliação de especialistas ouvidos pelo POPULAR sobre a obra, anunciada na semana passada pelo prefeito Iris Rezende, depois da assinatura de convênios com o Ministério da Integração Nacional.

Os convênios foram assinados na terça-feira da semana passada, no Paço Municipal. Serão R$ 34 milhões para a construção do viaduto e mais R$ 22 milhões para o prolongamento da Marginal Botafogo até a Avenida 2ª Radial, na Vila Redenção. Técnicos da Agência Municipal de Obras (Amob) estão trabalhando na finalização dos projetos para licitar as obras.

Segundo o presidente da Amob, Francisco Almeida, eles devem ser concluídos em até 15 dias. Haverá necessidade de desapropriações, mas o número ainda não está definido. A meta da Prefeitura é de entregar as duas obras até dezembro deste ano.

O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) em Goiás, Luiz Antônio Mendonça de Almeida, diz que, como representante da entidade, gostaria de conhecer o projeto antes, até para contribuir e questionar.

“Queremos saber, por exemplo, se foram ou serão feitos alguns estudos importantes, ignorados quando da construção do viaduto da Praça do Chafariz (na T-63)”, observa, referindo-se aos estudos de impacto de trânsito, de vizinhança e visual, além da viabilidade econômica e soluções técnicas. “A obra é necessária, mas é preciso muita atenção ao impacto que ela vai gerar. Ela pode valorizar ou denegrir a região e isso é muito sério”, diz Mendonça.

“Como toda intervenção do tipo, ela pode ser produtiva, a exemplo do que aconteceu nos outros viadutos, mas essas obras pontuais logo se saturam”, opina o arquiteto e urbanista e professor Aluízio Antunes Barreira. Para ele, é o que está acontecendo no complexo de viaduto e trincheira no cruzamento das Avenidas T-63 e 85, na antiga Praça do Chafariz. “É preciso planejamento e essas intervenções têm de ser feitas continuamente”, avalia. Barreira reconhece que o cruzamento da Marginal Botafogo com a 136 é congestionado, mas acredita que a situação é mais grave na confluência da Avenida Anhanguera com as GOs 060 e 070, na Região Noroeste.


COMENTÁRIOS DO JOÃO AQUINO

Não sou técnico no assunto e nem precisa ser para notar que os viadutos das antigas praças do Chafariz e do Ratinho, são os obras paliativas, mal planejadas e que ficarão obsoletas em um tempo tão pequeno que não compensa o tamanho do investimento feito nelas. O mais grave é que a Trincheira da 85, quando desaba um temporal em Goiânia, vira um piscinão. Como em Goiânia existem pouquíssimos carros anfíbios, aquele local torna-se inútil para o escoamento do trânsito, já que também é inútil para o escoamento das águas.

Esse novo viaduto na confluência da Marginal Botafogo com a Avenida 136, sem dúvida, é necessário para descongestionar o trânsito na região, mas, como ali é um ponto baixo e sujeito ao acúmulo das águas, é preciso criar alternativas de vazão, sob o risco de, ao invés de se resolver um problema, criar outro ainda mais grave.

Um comentário:

  1. Concordo com Dr. Luiz Antônio Mendonça de Almeida, o prefeito precisa viabilizar as entradas de Goiãnia, e um absurdo quem chega de Trindade/Inhumas ter como obrigação cair em uma rotatória como do Padre Pelágio, é muito simples e barato as mudaças no local, pois o fluxo de veículos pesados são muito intensos, quem chega de Nerópolis nem se fala, Guapó pior ainda, a cidade precisa ampliar as vias de acesso para que os veículos espalhe e acabe em rotatórias causando tumulto e acidentes, precisamos soluções urgênte, pois a AMT só critica a população goiãna, "porque não deixar o veículo em casca e ir trabalhar na beleza que é o transporte coletiva de nossa capital", é brincadeira, queremos e exirgimos soluções o mais rápido possivel, sou Goiãno e tenho muito orgulho mais nossos politicos deixam muito a desejar... desculpe pelo desabafo...
    pedrorezende@cultura.com.br

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