quarta-feira, 17 de março de 2010

Sado de gatos!

O Popular

Partido não segue decisão de reunião

Bruno Rocha Lima

Antes de ajudar o PSDB a segurar a votação do projeto que vende parte das ações da Celg, a bancada estadual do PMDB saiu de reunião fechada com a direção da sigla afirmando que manteria a mesma postura de ajudar o governo nas votações. Mas ficou só no discurso. A disposição da maioria é adotar uma postura menos condescendente com o Palácio das Esmeraldas.

A reação deve-se à falta de disposição do Palácio das Esmeraldas em dialogar com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), sobre uma aliança eleitoral. Iris saiu de reunião com o governador Alcides Rodrigues (PP) no sábado reclamando da pouca receptividade do pepista à união.

No entanto, Alcides sempre descartou essa possibilidade no primeiro turno da eleição. O prefeito também reclama da ação do governo em puxar para sua base partidos que estavam ao lado do PMDB, como o PDT. Aliados de Alcides rebatem dizendo que Iris tentou tirar-lhes o PR.

A bancada saiu da reunião de ontem com a tese de aguardar a definição do quadro eleitoral até o início de abril – quando os detentores de cargo no Executivo que forem disputar eleição têm de se desincompatibilizar – para reavaliar sua posição política.

“Por enquanto, fica como está”, disse Thiago Peixoto logo após a reunião. “O PMDB não vai mudar agora sua postura política”, garantiu José Nelto mesmo após o PMDB votar contra o governo.

Já estava sendo ensaiado por alguns membros da bancada reações pontuais contra o Palácio das Esmeraldas para enfraquecê-lo politicamente. Uma postura mais agressiva, no entanto, encontra resistência dentro do próprio partido. Algumas lideranças ainda vislumbram a possibilidade de aliança com o PP.

Acham cedo para descartar completamente uma composição entre Iris e Alcides. Essa ala do PMDB e parte do PT acredita que o presidente Lula ainda pode interferir pela união em torno de Iris, embora o próprio prefeito diga que está cético quanto a isso.

Parte do PMDB também aposta na possibilidade do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, resolver se candidatar ao governo. Seu nome é tido como fator de aglutinação da base lulista em Goiás

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