Estradas goianas: caos!

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Editorial

Lamentável estado 

Muitas rodovias goianas, principalmente no Sudoeste, região produtora cuja economia tanto depende do transporte rodoviário, chegaram a um lamentável estado de conservação, com a intensificação das chuvas. O Sudoeste goiano já mereceria até mesmo rodovias duplicadas e, no entanto, enfrenta essa precariedade. 

As deploráveis condições de trânsito nessas rodovias generalizaram-se e afetam tanto as estradas da malha federal quanto as estaduais e municipais. O transporte da safra que começa a ser colhida será assim extensamente prejudicado, pois este escoamento depende das três malhas. 

Além da impossibilidade mesmo de transitar por alguns trechos cuja precariedade chegou a ponto extremo, os solavancos causados pelos buracos nas estradas fazem com que algo como 2% das cargas, segundo estimativa dos motoristas, fiquem pelo caminho. 

Uma velha negligência envolve este agravado problema em Goiás. É que nunca se estabelece um calendário racional para a promoção de reparos nas rodovias goianas. Este calendário seria o de aproveitamento dos meses secos, que correspondem mais ou menos à metade do ano, para um amplo trabalho de conservação. Se quando as chuvas chegarem e as rodovias estiverem com boa conservação, o problema pode deixar de existir ou será bastante amenizado.

Um presidente brasileiro, Washington Luiz, afirmou que governar é abrir estradas. É o caso de dizer, agora, que governar é conservar estradas.