terça-feira, 2 de março de 2010

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Fórum critica proposta de controle da mídia

Folhapress

São Paulo - As propostas de “controle social” da mídia pelo governo federal foram o principal alvo das críticas dos participantes do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado ontem em São Paulo. O evento reuniu empresários do setor de mídia, jornalistas, professores e políticos e foi organizado pelo Instituto Millenium, entidade sem fins lucrativos fundada em 2006 e que tem entre seus mantenedores os empresários Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, e João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo.

O primeiro painel contou com os jornalistas Adrián Ventura, colunista do jornal argentino La Nación, o equatoriano Carlos Vera e Marcel Granier, dono do canal de TV venezuelano RCTV, cujo pedido de renovação da concessão foi negado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Os debatedores alertaram os brasileiros para o fato de as medidas de controle e censura da mídia em seus países terem começado sob o pretexto da necessidade de incrementar a responsabilidade social dos veículos de comunicação.

Em seguida, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, fez um discurso em que afirmou ter posição contrária às propostas do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, que preveem “controle social” dos veículos de comunicação.

No três painéis que se seguiram, os debatedores atacaram outras tentativas de impor o controle sobre a mídia, como o projeto para criação da Ancinav, para regular setor do audiovisual, e o Conselho Federal de Jornalismo, para fiscalizar a atuação das redações. O tema da autoregulamentação do setor também tomou parte desses debates.

A última mesa de discussão contou com a participação do diretor de Redação da Folha de S.Paulo, Otavio Frias Filho, e dos deputados Antonio Palocci (PT-SP) e Miro Teixeira (PDT-RJ). Frias chamou a atenção para a importância da imprensa no “sistema de freios e contrapesos” pelo qual regimes democráticos buscam frear tendências autoritárias dos governos. Palocci disse não concordar com a proposta do plano de direitos humanos de criar um sistema para fiscalizar se os meios de comunicação respeitam os princípios de direitos humanos.



Comentário do João


Censura, não! Bom senso, sim!

Infelizmente, setores da grande mídia nacional, que apoiaram e se beneficiaram de todas as ditaduras da América Latina, da América Central e, especialmente, da ditudura militar no Brasil; agora tratam todos os democratas eleitos ou que tiveram que tomar o poder e limpar seus paises dos entreguistas; aqueles governantes que não seguem os ditames dos imperialistas e neo-colonialistas; como se aqueles fossem ditadores sanguinários, apenas por que eles não aceitam que os exploradores do povo continuem a mantê-lo na miséria. As oligarquias nacionais, vivem num luxo provocador e investem milhões em paraísos fiscais, em apartamentos em New York ou Paris ou esfregam na cara dos pobres os seus carros e mansões de altíssimos preços e ainda têm o descaramento de querer ensinar-nos a pensar sempre a favor deles.

Sou contra toda espécie de censura! Acontece que, por exemplo, aqui no Brasil, a mídia só repercute o que interessa aos EUA e aos seus aliados, mesmo que seja uma futilidade, em detrimento de assuntos prementes da sociedade brasileira. Só veiculam noticiários, filmes, novelas, programas de auditório e até desenhos animados, que reforçam nossa submissão ao modelo falido da cultura americana ou européia de baixa qualidade.

O que nos importa se um maníaco sai atirando em todo mundo em um escola americana ou se uma família de patos atravessa uma avenida na Inglaterra? Esses novos colonizadores investiram em seus lacaios brasileiros estes fossem a favor do desarmamento no Brasil, mas, lá, até as crianças têm armas. A subcultura, que eles nos enfiam goela abaixo, é a do mocinho, policial, soldado ou do valentão urbano, que mata aos montes e ainda é tratado como herói ou modelo a ser seguido.

Como querer que o Brasil tenha uma cultura de paz, se desde cedo as crianças são expostas à violência e continuam vida afora sendo manipuladas por uma cultura decadente?

Então, censura é inaceitável, mas controle social e cultural da programação e das veiculação de material informativo, só não é válido, se se supender também a censura contra as informações que vão contra a cultura que se tornou dominante no Brasil.

Já tivemos filmes censurados por atingirem dogmas católicos; e ninguém disse que o Sarney era um ditador por isso. As manifestações a favor da discriminação do uso da maconha são censuradas e ninguém diz que os governos estaduais que aceitaram tal censura sejam ditadores. A recusa em se debater claramente a legalização do aborto e a união homoafetiva, é um tipo de censura.

São tantas as questões que precisam se debatidas, sem falsa moral, sem mentes colonizadas e sem hipocrisias, que não se pode dar ouvido ao choramingo dos grandes grupos de mídia, que fazem o jogo do poder, seja interno ou externo.

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