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Editorial

Atenção ao Nordeste

Os partidos e as coligações deveriam se preocupar mais com o planejamento, os planos e as propostas para a campanha eleitoral. Assim propiciariam a oportunidade para o debate de grandes problemas do Estado, como o da desvantagem do Nordeste goiano, em termos de desenvolvimento econômico e social.

A maior parte dos outros municípios da região Nordeste de Goiás, situa-se no fundo do ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), caso de Flores de Goiás, Mambaí, Buritinópolis, Cavalcante, Guarani e São Domingos. É preciso saber quais as causas dessa injusta e antiga desvantagem e pedir um tempo para a região.

As carências do Nordeste não são novidade, estão na pauta dos discursos político-eleitorais há décadas. A proximidade de Brasília expôs essa situação nacionalmente, fazendo com que o País, em seu todo, tome conhecimento dessa realidade e, no entanto, a região mais carente continua sem perspectiva de escapar dessa desvantagem, porque as promessas não são levadas à prática.

Um problema de tal dimensão deveria ser refletido bastante em anos de campanha eleitoral no Brasil. Principalmente para que vá se quebrando a resistência das regiões prósperas em olhar para as mais pobres e carentes. Há uma espécie de egoísmo nessa atitude.

É preciso que se crie mentalidade que resulte em planos de desenvolvimento que comecem a reverter essas desigualdades regionais que, sob certos aspectos, chegam a ser iníquas.