quarta-feira, 10 de março de 2010

O Popular

POLÍTICA

Sucessão

Com 37%, Serra se mantém à frente
Vantagem de Governador tucano sobre Dilma em Goiás é de 11 pontos porcentuais, mostra IBOPE
 
Carlos Eduardo Reche

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a disputa presidencial na preferência do eleitor de Goiás, mostra a pesquisa Ibope sobre a sucessão no Estado, realizada entre os dias 20 e 24 de fevereiro a pedido do Sindicato dos Corretores de Seguro de Goiás (Sincor-GO). O tucano tem 37% das intenções de voto no levantamento, diante de 26% obtidos pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na terceira posição aparece o deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP), com 13% das intenções. Logo a seguir está a senadora Marina Silva, candidata do PV, com 6% das menções de voto dos 1.008 entrevistados. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos. Os eleitores que afirmam estar indecisos somam 9%, mesmo índice dos que informaram que votariam em branco ou nulo se as eleições presidenciais do dia 3 de outubro fossem hoje.

Na divisão da pesquisa por regiões, Dilma e Serra aparece empatados tecnicamente no Norte/Centro. A ministra tem 32% e o governador, 35%. Nas demais, o tucano aparece à frente da petista, com destaque para Goiânia (35% a 20% das intenções), região metropolitana da capital (42% a 25%) e no Entorno de Brasília (38% a 23%).

A vantagem de Serra sobre Dilma é maior entre os homens (40% a 29%), os eleitores de 16 a 24 anos de idade (43% a 23%) e com nível de escolaridade entre a 5ª e a 8ª séries (40% a 25%).

Eleição interessa nada ou pouco para 52%

Carlos Eduardo Reche

A pesquisa Ibope encomendada pelo Sindicato dos Corretores de Seguro de Goiás (Sincor-GO) mostra que as eleições de 3 de outubro interessam pouco ou nada para mais da metade dos eleitores goianos. Segundo os números, 26% dos entrevistados disseram ter “pouco interesse” na corrida eleitoral, enquanto outros 26% afirmaram não ter “nenhum interesse” pelo pleito – somados são 52% dos eleitores.

Os eleitores que afirmam ter “muito interesse” pela disputa totalizam 17% e os que dizem ter “interesse mediano” somam 27%. Outros 3% disseram não saber responder à pergunta e 1% não respondeu.

Nas eleições deste anos serão escolhidos novos deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o presidente da República. No caso do Senado, serão renovados dois terços das 81 cadeiras.

Serra avisa que não deixa cargo antes do dia 30

Agência O Globo

Brasília – O governador de São Paulo, José Serra, avisou ao presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), na noite de segunda-feira, que não deixará mesmo o cargo antes do dia 30, mas autorizou a cúpula tucana a dar início à organização de sua campanha, que terá no seu comando, além de Guerra, os senadores tucanos Álvaro Dias (PR) e Cícero Lucena (PB). Numa reunião que se estendeu para a madrugada de ontem com Guerra, o governador justificou que aproveitará as próximas três semanas para participar de uma série de inaugurações de seu governo.

“O governador Serra disse que vai cumprir seu mandato até o último dia. Se vai ser dia 1º ou dia 2 (de abril), eu não sei. Mas antes do dia 30 (de março), ele não sai”, confirmou Guerra, para desespero dos aliados do governador paulista, que, ontem, no Congresso, já não disfarçavam mais a preocupação e até mesmo a irritação com o comportamento do tucano paulista.

Sérgio Guerra voltou de São Paulo para Brasília com a missão de acalmar tucanos e aliados da oposição. Passou a manhã de ontem em contatos telefônicos com governadores, prefeitos, candidatos e líderes do PSDB nos Estados para reafirmar a candidatura de Serra, e divulgar as iniciativas que começam a ser tomadas para estruturar sua campanha. Fez o mesmo com alguns candidatos e líderes do DEM.

Ainda ontem, Guerra reuniu a bancada tucana no Senado para discutir com técnicos o programa de campanha da oposição na internet. O PSDB vai organizar uma agenda de pré-campanha para Serra, para o período entre abril e final de junho, em que ele ficará sem cargo e sem a candidatura oficializada por convenção partidária.

Para o presidente do PSDB, a discussão sobre candidatura de Serra está superada e o foco agora são as estratégias de campanha que começam a ser amarradas. “Essa questão de Serra ser ou não candidato não é mais relevante. O foco agora é organizar nossa campanha. Serra tem uma agenda de inaugurações de grandes obras de seu governo e não teria sentido não comparecer, já que é o seu governo. Ontem tivemos uma reunião sobre o programa de internet que já está aprovado e em andamento. Até o final do mês teremos um evento, mas o lançamento de Serra ainda não tem data, estamos programando”, afirmou Guerra.

“O governador há muito comunica a todos nós que não vai cuidar da campanha dele antes de se afastar do governo. Algumas pessoas concordam com isso, outras não, mas o fato é que estamos há 15 dias nesse desenlace.” Sobre a escolha do vice, Guerra disse que a ideia é adiar essa discussão, já que o prazo final para a montagem da chapa é final de junho.

Campanha está longe, diz Aécio

Agência O Globo

Belo Horizonte – O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse ontem não acreditar que o partido esteja perdendo terreno devido à demora do colega paulista, José Serra, para anunciar oficialmente sua pré-candidatura à Presidência. A posição de Aécio é oposta à do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que criticou a demora de Serra e afirmou que o partido perde espaço por não lançar logo seu candidato.

“Não tenho essa aflição que vejo em muitas figuras hoje, não apenas do meu partido, mas dos partidos que nos apoiam. A campanha está longe ainda de ter o seu ápice”, afirmou, em visita a Uberlândia. Aécio já foi convidado por Serra para ser vice na chapa, mas não aceitou. Já Tasso disse que não aceitaria, embora não tenha sido convidado.

Para Aécio, quando começarem oficialmente as campanhas, Serra vai se sobressair em relação à candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff: “Acredito firmemente que, no momento em que houver o debate entre os candidatos, o governador José Serra terá todas as condições de enfrentá-lo e, pela sua história de vida, tem todas as condições de vencer as eleições”. Em relação à possibilidade de assumir uma candidatura à Presidência no caso de desistência de Serra, Aécio descartou qualquer “alteração”.

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