segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Daniel Goulart: aliança histórica!

POLÍTICA

Daniel Goulart: "Construímos uma aliança histórica!"

Repórteres: Charles Daniel e Divino Olávio

O presidente estadual do PSDB, Daniel Goulart, falou em entrevista ao HOJE sobre a eleição majoritária e proporcional em Goiás. Ele abriu mão da reeleição a deputado estadual para focar na campanha do candidato da coligação Goiás Quer Mais, Marconi Perillo (PSDB) - ele trabalha na coordenação da agenda. Daniel disse que o candidato se concentrará em suas propostas para ganhar e que a chapa começa a sentir os ganhos do acerto na composição da aliança, principalmente com o DEM. Ele falou ainda sobre a negociação da Celg e das eleições presidenciais.

O HOJE - Que avaliação o senhor faz do primeiro mês de campanha?

Daniel Goulart - A gente sente o reflexo positivo dos acertos com as alianças. Tivemos a felicidade de construir uma aliança ampla e pela primeira vez na história política de Goiás um candidato de oposição às três principais prefeituras, ao governo estadual e federal consegue o maior tempo no rádio e na televisão, maior número de partidos e a coligação mais representativa. Os três senadores fazem parte da chapa majoritária. Marconi candidato a governador; Demóstenes Torres (DEM) e Lúcia Vânia (PSDB) para o Senado. A grande novidade da eleição passa a ser uma pessoa desconhecida no meio político que é o candidato a vice José Eliton (DEM). Para deputado federal também conseguimos construir duas coligações boas. Uma com partidos emergentes com chances de eleger um ou dois deputados e a outra mais representativa com o PSDB, DEM, PMN e PRP que deverá eleger dez deputados federais. Para deputado estadual fizemos cinco coligações e acreditamos na eleição de 23 a 25 deputados.

O HOJE - Como Marconi se portará em relação aos ataques dos adversários?

Daniel Goulart - Geralmente o candidato que consegue se manter na frente nas pesquisas é mais atacado. Esses ataques gratuitos, vazios e inconsequentes não afetam em nada. Sentimos isso na eleição passada onde os bombardeios não tiveram efeito. A população está muito esclarecida, mais politizada e sabe separar o joio do trigo. Quem conseguiu registrar a candidatura sem nenhum problema foi o ex-governador. Tentaram fazer isolamento político e arranhar seu patrimônio político, mas não conseguiram. Nós vamos continuar trabalhando e dando exemplo no cumprimento da legislação, no respeito à Justiça e apresentando os projetos que discutimos com a sociedade.

O HOJE - Marconi possui frente em relação aos demais no Entorno de Brasília. O senhor acredita que essa vantagem deva cair?

Daniel Goulart - As pesquisas internas mostram que não houve nenhuma alteração, pelo menos até agora. Nesse período que Marconi está no Senado ele estava em cidades do entorno duas ou três vezes por semana. Temos a maioria dos prefeitos do entorno, vereadores, ex-prefeitos, bons candidatos a deputado e nosso vice tem um trânsito muito bom no entorno. Posse foi governada por José Eliton, o pai. Acredito que Marconi continuará crescendo no entorno.

O HOJE - A agenda de Marconi foi intensificada em Goiânia na última semana. A intenção é reverter a frente do candidato Iris Rezende (PMDB)?

Daniel Goulart - Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis são os três principais municípios, governados por adversários, por isso temos que ter uma atenção muito especial. Ele anda o Estado todo, não é que tenha priorizado Goiânia, mas é a Capital do Estado e o centro, onde tudo acontece. A maioria dos servidores públicos está aqui. A gente precisa realmente intensificar em Goiânia, mas ele está a todo o momento no interior. Vais chegar um momento na campanha em que vamos dividir em frentes, em que cada candidato majoritário irá para uma região, para se concentrar em todas as regiões do Estado.

O HOJE - A estratégia de campanha dos candidatos passa pelas caminhadas e carreatas. Qual será o diferencial da coligação?

Daniel Goulart - Será a apresentação da proposta praticamente definida. O projeto será o diferencial, apresentado no horário gratuito e nos debates. Não estamos preocupados em ganhar o debate, pois nem sempre quem ganha os debates ganha a eleição. Vimos isso nas eleições de 2006. Estamos preocupados em usar o tempo desses debates para apresentar nossos projetos.

O HOJE - Em que projetos o senhor aposta?

Daniel Goulart - Os eixos são infraestrutura, desenvolvimento sustentável, social, segurança pública, saúde e educação. Introdução da filosofia de atendimento do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e política de administração nos demais hospitais públicos, e uma série de outros projetos que ainda não é de domínio público. Marconi tem mais credibilidade do que os outros líderes no momento de apresentar propostas, porque quando governador apresentou projetos criativos que conseguiu colocar em prática e foram inclusive copiados Brasil afora.

O HOJE - Caso Marconi seja eleito e o candidato a presidente José Serra (PSDB) não consiga êxito, ele terá trânsito no governo federal para trazer investimentos?

Daniel Goulart - Não sendo Serra e sendo a candidata Dilma Rousseff (PT) eleita, o comportamento de presidente e líder da nação não pode perseguir um Estado que tem um porcentual pequeno de eleitores em relação aos demais e que está no coração do País. O Distrito Federal reflete nos problemas do entorno de segurança, saúde, educação, saneamento básico, entre outros. Não acredito que ela discrimine um Estado porque o governador é de outro partido. Governo não faz oposição a governo. Tendo bons projetos o Estado caminhará bem, qualquer que seja o presidente da República, mas acredito que o próximo presidente será o José Serra, porque é o mais preparado. A nossa adversária nunca disputou um voto.

O HOJE - O senhor acredita que Lula (PT) cumprirá a promessa de resolução do problema da Celg?

Daniel Goulart - Não acredito. Isso foi um jogo político. Usaram os recursos do RGR (Reserva Global de Reversão), quando ele não pode ser utilizado para resolver problema de dívida flutuante. Só pode ser utilizado para melhorar a qualidade da energia, investir em subestações, redes de transmissão. Infelizmente o governador (Alcides Rodrigues) e sua equipe acreditaram nessa conversa fiada. Agora está acenando para um empréstimo de cerca de R$ 3,7 bilhões para um Estado que não tem essa capacidade de endividamento. Apuramos na CPI da Celg que a empresa não precisa de todo esse dinheiro para resolver os principais problemas. Com R$ 1,5 bilhão a Celg resolve o problema da dívida flutuante, com a Eletrobrás e poderá reajustar a tarifa. A estatal tem mais de R$ 3,5 bilhões em crédito junto ao Estado, prefeituras, Codemin e ações judiciais.

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