sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ridoval: luta por Goiás!





Opinião

Servir por idealismo e gratidão

Ridoval Chiareloto
12 de Agosto de 2010

Nascido em Getúlio Vargas, a 8 de agosto de 1944, no Rio Grande do Sul, forjei a minha têmpera no trabalho pesado - fui coveiro e servente de pedreiro – e conheço a condição e a saga do homem simples. Fiz o curso primário numa escola rural e, aos 14 anos de idade, comecei a trabalhar como empregado. Em Erexim, concluí o antigo curso ginasial e o científico, e em Joaçaba, industriosa cidade catarinense, já como vendedor, fui gerente de loja da Olivetti e mais tarde supervisor regional. Ali, conclui a escola de contabilidade e freqüentei o primeiro semestre da Faculdade de Administração, quando revolvi trabalhar por conta própria e buscar uma vida nova no Centro-Oeste.

Radicado em Anápolis, desde 1974, fui admitido nos quadros da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, em 1975. No ano de 1977 foi um dos fundadores dos Sindicatos Patronais de Anápolis e, entre 1994/97, presidi o Sindicato do Comércio Varejista da cidade. A atuação no seio da Acia conferiu-me ascensão. Exerci diversos cargos de diretoria, elegendo-me à presidência em 1987, para um mandato de dois anos. Reeleito em seguida, para outro biênio. Depois, em 1999 e em 2001, respectivamente, perfazendo quatro mandatos na presidência daquela entidade, quando foram grandes as conquistas. Em destaque: maquete e apoio à construção do novo Fórum da Comarca de Anápolis; maquete e apoio à construção do Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga; apoio à implantação do Anashopping; implantação do CEPA – Centro de Ensino Profissionalizante de Anápolis, no Daia; apoio à instalação do IGT –Instituto Goiano de Tecnologia; doação de todo o material para a construção da nova sede do 4º. BPM com a mão-de-obra dos próprios PMs; implantação de rede de energia elétrica direta Cachoeira Dourada-Daia para dar segurança aos projetos industriais; implantação do sistema de água e esgoto no Daia; melhoria das infra-estrutura urbanista do Daia.

Como secretário de Desenvolvimento Econômico de Anápolis, presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás, conselheiro da Federação do Comércio do Estado de Goiás, membro do Conselho da Agência de Fomento, conselheiro da Goiasindustrial de 1983 a 1987, conselheiro da UEG e vice-presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, preparei-me afinco para assumir a Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás.

Titular da SIC, de 2003 a 2008, tão logo assumi o posto, infundi uma interação com as demais secretarias e com toda a equipe do governo. Dispus outra norma: “Ao empresário deu total atenção e atendimento sempre o mais rápido possível”. Tomei a iniciativa de “vender” Goiás para o Brasil, com resultados consideráveis para o Estado: a sucessão de contatos com o empresariado nacional de todas as esferas, apresentando o grande potencial goiano e os incentivos oferecidos pelo governo Marconi Perillo. Com este objetivo, fiz de 136 viagens. Os objetivos alcançados foram a ampliação da carteira de investimentos no território goiano, sobretudo nos segmentos da agroindústria, da tecnologia e da mineração. Em Anápolis, o Daia confirmou-se no cenário industrial e ganhou renome nacional e internacional. Comprova essa afirmação, a conquista da primeira montadora de veículos da Hyundai, inaugurada em 2007.

Durante seis anos, o intenso ritmo de trabalho na SIC exigiu a criação de turnos extras, pois, mesmo morando em Anápolis, começava a despachar antes das 7 horas e esticava o expediente até depois das 19 horas. A Secretaria de Indústria e Comércio, sob minha condução, se destacou por sua performance: única secretaria do Brasil que conquistou o Certificado ISO 9.001. Na SIC, priorizei a industrialização do Estado e a consolidação do Daia. Assim é que o Distrito Agroindustrial de Anápolis acumulou investimentos de R$ 10 milhões para melhoria e/ou atualização de sua infra-estrutura. Outros R$ 44 milhões foram destinados para o apoio à implantação de novas indústrias. No período, o Daia incorporou 135 novos projetos, com substancial investimento para ampliação de empresas já instaladas. Nos governos de Marconi Perillo, um montante de R$ 1,4 bilhão aplicados no Daia, gerando 15 mil empregos diretos e 45 mil indiretos. Ao mesmo tempo, participei do processo de fortalecimento do Porto Seco, que resultou na atração de 14 empresas de importação e exportação para a Estação Aduaneira localizada no Daia. A Plataforma Logística Multimodal de Goiás, localizada em Anápolis, concentrou esforços dos governos de Marconi Perillo para sua concretização e a Secretaria de Comércio injetou recursos de R$ 11 milhões na primeira etapa de infra-estrutura do complexo que ocupa área de 127 alqueires.

Marconi Perillo investiu, em Anápolis, mais de R$ 800 milhões. Desse montante, R$ 174 milhões foram carreados através da Secretaria de Indústria e Comércio e com maior realce a partir de 2003. O governo imprimiu avanço específico no comércio e na indústria, sobretudo no que concerne ao Daia. Mas, Anápolis logrou, em outros setores, os mais variados benefícios do Governo do Estado através da SIC. Entre outros, podem ser enumerados: asfaltamento Anápolis- Joanápolis; reforma e ampliação do Aeroporto Civil; construção do Hospital de Urgências; 160 mil m² de asfalto novo na cidade; implantação do Restaurante Comunitário; construção do IML; apoio ao Hospital Materno Infantil (Jaiara); R$ 5,2 milhões para revitalização da Avenida Brasil; criação da UEG; construção do Centro Odontológico; 2.300 bolsas de estudos concedidas a universitários; R$ 12 milhões investidos na implantação e continuidade das obras da Plataforma Logística Multimodal; mais de R$ 34 milhões investidos em Programas Sociais de Anápolis; 3.600 famílias beneficiadas pelo Renda Cidadã; 2.721 empréstimos através do Banco do Povo, que geraram 5.916 empregos; R$ 1 milhão de investimentos para micro e pequenas empresas de mineração; R$ 8,4 milhões em construção e reformas de escolas; R$ 3,5 milhões em bibliotecas; implantação do Centro de Ensino Profissional de Anápolis; reforma da Escola Professor Faustino; R$ 74 milhões investidos no Programa Luz no Campo; construção da Subestação Pirineus; apoio à implantação do Anashopping, gerando centenas de empregos.

Sem falsa modéstia, meu currículo é trabalho. E consciente de que já fiz muito e que posso fazer mais, ainda, renovo minha fé nesta terra grandiosa e minha gratidão a este povo generoso que me acolheu há 36 anos. Aqui, criei a minha família e construí a minha vida. Como empresário, classista e homem público, com a benção de Deus, vou continuar trabalhando, incansavelmente, por meu estado e minha cidade, com foco na atração de empresas para a geração de mais empregos, renda, dignidade e qualidade de vida.

Entre as melhores experiências de minha vida pública destaco a participação em importantes campanhas eletivas, em Goiás, entre elas as que elegeram Marconi Perillo ao governo do Estado e ao Senado Federal. O meu vínculo com o senador tem ponto de partida no início da década de 70. De lá para cá, esta afinidade permanece pela seriedade e em face do trabalho contínuo para o bem de Goiás e de Anápolis. Com ele aprendi que, em política, a verdade e os compromissos assumidos, a honradez e a dignidade devem ser o preceito e a norma, o paradigma e o limite em relação aos cargos que assumimos e à comunidade a que devemos servir.

Das lições de meus honrados pais, guardo o cultivo e o respeito à fé. De minha experiência de vida, aprendi considerar a família como a base de tudo e valorizar os amigos e as pessoas que têm valor, de quem tiro exemplos para continuar trabalhando por aquilo que acredito.


Ridoval Chiareloto é ex-secretário da Indústria e Comércio de Goiás, empresário e classista

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