sábado, 2 de janeiro de 2010

26 de dezembro de 2009

O Popular

Após saída de Aécio, PSDB tenta fortalecer palanques nos Estados 
Sem o governador de minas na briga por chapa presidencial, Partido tenta resolver conflitos regionais para unificar campanha em torno da possível candidatura de serra

Folhapress

Brasília –Com a decisão do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de deixar a corrida presidencial, a cúpula do PSDB decidiu centrar esforços nas próximas semanas para resolver pendências da política de alianças nos Estados. A ideia é fortalecer possíveis palanques para a candidatura virtual do governador de São Paulo, José Serra.

O comando do partido identificou que as principais dificuldades estão nos diretórios do Rio de Janeiro e do Ceará. Com a candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) na rua, os tucanos perderam a chance de se aliar com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que vai buscar uma vaga ao Senado e lutar para alavancar a campanha de sua nova correligionária.

Sem Gabeira, os tucanos estão divididos entre defender uma candidatura própria – que poderia lançar os deputados Otávio Leite, Andreia Zito e Marcelo Itagiba – ou apoiar o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM).

No Ceará, o problema é convencer o senador Tasso Jereissati a concorrer ao governo do Estado. O tucano já avisou ao comando do partido que não tem interesse na vaga.

Segundo o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), apesar de trabalhar essas questões locais, a política de alianças do partido só será definida no ano que vem.

Estamos trabalhando essas dificuldades regionais para facilitar a candidatura nacional. Agora, a definição de alianças vai depender do aval do candidato”, disse o tucano, que é ligado politicamente a Aécio. Para a cúpula do PSDB, outros diretórios regionais que poderiam representar problemas para o palanque tucano já sinalizam que podem chegar a um entendimento interno.

No Paraná, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e o senador Álvaro Dias anunciaram que estão perto de fechar um acordo. No Pará, ficou definido que o candidato será o ex-governador Simão Jatene.

Em Goiás, o PSDB deve disputar as eleições ao Palácio das Esmeraldas sem alguns de seus principais aliados. O PP do governador Alcides Rodrigues já afirmou que terá um candidato escolhido entre os aliados PR, DEM e PSB. Assim, ao senador tucano Marconi Perillo restará o apoio de PPS e PTB.

Alcides foi vice de Marconi nos dois mandatos consecutivos do tucano no governo (1999-2006). Em 2006, assumiu o governo com a saída do tucano para disputar mandato ao Senado. A parceria rendeu a vitória de Marconi e a reeleição de Alcides. Após o fim da disputa, no entanto, o pepista e o tucano entraram em rota de colisão, tendo como pano de fundo o debate sobre a situação das contas do Estado deixadas pelo tucano.

Para o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), a saída de Aécio da corrida presidencial abriu espaço para o partido ampliar e consolidar alianças para a corrida eleitoral.“Foi uma decisão madura que Aécio tomou, contribuindo para a solução da candidatura do PSDB, deixando a cargo do partido conduzir as articulações”, afirma Almeida.

“Na mensagem que encaminhou ao partido, o governador diz que é importante buscar alianças.Ele diz isso não apenas para ele, mas para o partido. Com os dois pré-candidatos, não poderia se processar a busca de novos aliados”, disse ainda.(Folhapress,com colaboração de Carlos Eduardo Reche)


Mineiro é o mais bem avaliado

O Popular 
Redação, com Agência Estado

São Paulo – Pesquisa Datafolha divulgada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que o mineiro Aécio Neves (PSDB) é o mais popular do ranking de dez governadores avaliados entre os dias 14 e 18 deste mês. Aécio obteve nota média de 7,5 numa escala de 0 a 10.

Entre os moradores de Minas ouvidos, 73% consideram o governo de Aécio ótimo ou bom, ante 19% que o avaliam como regular e 6% que acham péssima ou ruim sua administração. Segundo a pesquisa, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), subiu da quinta para a quarta posição, com nota média de 6,6 – mesma de março.

Os governadores com pior avaliação são José Roberto Arruda (sem partido-DF), na nona posição, e Yeda Crusius (PSDB-RS), em décimo lugar. Eles têm médias de 4,8 e 3,9, nessa ordem. (Redação, com Folhapress)


TSE analisa criação de 31 partidos

Agência Estado

São Paulo – Nada de somente PT, PSDB ou PMDB. No futuro, eleitores mais à direita poderão votar no Movimento Integralista Brasileiro (MIB), os que preferem a esquerda terão a possibilidade de optar pela Liga Bolchevique Internacionalista (LBI) ou pelo Partido Comunista Revolucionário (PCR). Os de espírito mais alternativo poderão depositar suas esperanças no Partido Pirata.

Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovar a criação das novas legendas, o Brasil pode chegar a 58 partidos ante os 27 que existem atualmente. Segundo o tribunal, 31 novas agremiações aguardam a oportunidade de se tornarem partidos.

A questão, para o eleitor, será descobrir quem, dentro dessa sopa de letrinhas, tem propósitos de realmente representar setores da sociedade de quem pretende apenas vender seu espaço na TV e rádio para partidos menores ou se tornar “língua de aluguel”, encarregando-se de atacar rivais na defesa de interesses ocultos de outros, em troca de cargos ou dinheiro.

Os cientistas políticos mostra inconformismo diante da ideia de fundar novos partidos. “Isso confunde mais ainda o eleitor. Já temos um número exagerado de legendas, o que distorce o debate eleitoral e dá margem para todo tipo de negociações espúrias”, diz o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marco Antonio Teixeira.

Mas não é fácil conseguir o documento do TSE. Além de ter que montar um grupo de 101 pessoas que integrarão o futuro partido, as legendas têm que obter cerca de 468 mil assinaturas de apoiadores espalhados por, pelo menos, nove Estados da federação, de forma que demonstrem caráter nacional. (Agência Estado)

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