sábado, 2 de janeiro de 2010

29 de dezembro de 2009

O Popular

Alcides e Iris reforçam parceria entre gestões, mas evitam 2010

No segundo encontro em sete dias, ambos negaram haver articulação para acordo eleitoral

Fabiana Pulcineli

O governador Alcides Rodrigues (PP) e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PM-DB), reforçaram ontem a boa relação administrativa, com troca de elogios em evento no Palácio das Esmeraldas, mas evitaram falar em aproximação política. Na nona vez que visita a sede do governo na gestão de Alcides, Iris prestigiou a assinatura de ordem de serviço para obras do novo sistema de abastecimento de água da capital.

Os dois haviam se encontrado sete dias antes, quando o governador fez visita ao prefeito no Paço Municipal, um dia antes do aniversário de 76 anos do peemedebista. Na ocasião, Iris disse que pretendia intensificar as conversas com o governador.

O prefeito disse que a participação no evento de ontem não teve caráter político, mas elogiou o governador pelo respeito que dispensa à Prefeitura. “Venho em demonstração da consideração, reconhecimento e respeito pelo governador”, disse. “É importante manter esse nível de relação institucional que considero salutar. Devo salientar que, desde que assumiu, Alcides tem procurado estabelecer esse ambiente de respeito e convivência conosco.”

Em entrevista, o governador não quis falar em política e disse que a presença do prefeito tinha a ver com o benefício a ser entregue à cidade. “Goiânia é a principal beneficiada. Será a primeira capital a ter universalização do serviço de água e esgoto. Isso é altamente relevante”, desconversou. Questionado sobre a possibilidade de aliança entre PP e PMDB na sucessão, o governador respondeu: “Quero me resguardar, ter o direito de não enveredar por questões políticas. Isso será discutido no próximo ano”.

O governador voltou a falar da boa relação com todos os prefeitos, independentemente da filiação partidária. “Todos sempre serão bem recebidos no palácio. Temos parcerias com prefeitos de todos os partidos. Não vejo distinção. A população não pode ser penalizada por questões políticas”, afirmou.

Iris falou da importância da obra, que está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal (leia mais abaixo): “É um ato de grande importância. Goiânia cresce muito e durante muitos anos, não foram construídos complexos para aumentar o abastecimento de água. O governador, em boa hora, numa grande iniciativa, assumiu pessoalmente este projeto, que acredito vir para suprir a falta de água tratada na cidade”.

Em discurso, o governador fez elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelas parcerias com o Estado. As obras contam com recursos do PAC, da estatal goiana Saneago, do governo estadual e de financiamento, segundo Alcides. De acordo com o governo, será investido R$ 1 bilhão em saneamento até o final da gestão do pepista.

Encontros
O primeiro encontro entre o governador e o prefeito ocorreu logo no início da nova gestão de Alcides, em 9 de janeiro de 2007, quando o pepista recebeu Iris em café-da-manhã no palácio. Na ocasião, ambos defenderam relação harmoniosa, apesar de terem sido adversários nas eleições em que o pepista foi reeleito.
Daí em diante, eles mantiveram conversas administrativas, com espaço para discussões políticas. Alcides foi ao Paço três vezes e recebeu o prefeito em nove ocasiões. O segundo encontro ocorreu em 6 de setembro de 2007, quando falaram do Eixo Anhanguera. Em março e abril de 2008, Iris esteve no palácio para eventos de anúncio de investimentos e acerto para regularização de lotes.
Outras duas conversas apenas entre os dois – novembro de 2008 e abril de 2009 – teriam passado despercebidas se não fossem reveladas mais tarde pelo prefeito. Como o governador articula candidatura alternativa à polarização entre PMDB e PSDB, a possibilidade de aliança com peemedebistas tem sido deixada para possível segundo turno.


O Popular

Giro - Jarbas Rodrigues JR

Marconi diz ser ‘estarrecedor’ obras inacabadas no Estado

O senador Marconi Perillo (PSDB) se diz estarrecido com as obras não concluídas no Estado, a exemplo do Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. O tucano afirma que pouco pode fazer, a não ser “entregar para as mãos de Deus”. Nem mesmo participar das inaugurações de obras do atual governo o senador diz ser possível porque, segundo ele, sua presença é proibida pelo cerimonial do Palácio das Esmeraldas. Sobre a sucessão de 2010, Marconi reitera que aposta na unidade da base aliada que o elegeu governador duas vezes e senador, mas destaca que é preciso definir base. Para alguns, frisa, é apenas as cúpulas dos partidos. “Espero que haja respeito à verdadeira base”, enfatiza. O tucano diz isto porque aposta num desejo da militância dos partidos que hoje negociam formar uma frente alcidista para 2010 por sua candidatura a governador. Sobre o próximo governador, Marconi é enfático: hoje ser candidato a governador de Goiás é mais atraente, por conta da redução da dívida do governo e do desenvolvimento econômico do Estado.

Fé na frente
Do deputado Sandes Júnior (PP): “A frente que o governador Alcides articula para a eleição estadual será realidade e o deputado Sandro Mabel (PR) é, hoje, o mais cotado para encabeçá-la”. A conferir.

Sinal amarelo
O PMDB irista avalia que uma candidatura ao governo do deputado Sandro Mabel (PR), pela frente alcidista, tira mais votos de Iris do que de Marconi Perillo (PSDB).

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