Goiânia faz ofensiva contra dengue
Prefeitura reforça fiscalização em imóveis comerciais. Casos crescem 196% em 2010
Carla Borges
Estabelecimentos comerciais propícios à proliferação do mosquito Aedes aegypti, como borracharias, e locais de trabalho como canteiros de obras, entre outros, serão alvo de uma ofensiva da Prefeitura de Goiânia para conter o avanço da dengue. Esses locais estão sendo vistoriados e autuados. “Cansamos de pedir a colaboração. Agora, vamos pedir aos órgãos competentes que façam a interdição”, diz o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Geraldo Edson Rosa.
A preocupação se justifica. Os novos números da dengue, divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mostram que foram notificados 1.245 novos casos da doença na primeira semana epidemiológica de 2010 (até 9 de janeiro). O número é 196,4% maior do que o do mesmo período do ano passado. “Esses dados só reafirmam nossa preocupação, já que tivemos um aumento de 350% nas seis últimas semanas de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior”, acrescenta o coordenador estadual de controle de vetores da SES, Jamilton de Freitas Pimenta.
O aumento da doença, já esperado no período chuvoso, reforça a necessidade de ações que envolvam a sociedade para acabar com os criadouros do mosquito transmissor da dengue. “Nosso grande objetivo é conscientizar que cada cidadão pode e deve fazer sua parte, em vez de apenas esperar pelo poder público”, ressalta Jamilton. “Também estamos trabalhando para evitar que o crescimento da doença ultrapasse esses quase 200% da primeira semana”. Todos os anos há aumento de casos até em torno da 20ª semana epidemiológica. Este ano, como o início do ciclo das chuvas foi antecipado, existe a expectativa de que o pico da doença também se antecipe. “Ainda não sabemos como será nas próximas semanas, por isso precisamos manter a ênfase na mobilização, principalmente dos municípios com grande número de casos”, insiste Jamilton.
Multa
A estratégia adotada pela Prefeitura de Goiânia para o enfrentamento da dengue dá ênfase para o envolvimento de várias áreas da administração. Hoje de manhã, a fiscalização se concentrará no Jardim Guanabara 1, na região norte da cidade, e abordará especialmente borracharias do setor. “Estamos fazendo um trabalho articulado”, explica Geraldo Edson Rosa. Órgãos como Vigilância Sanitária, Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e Secretarias de Desenvolvimento Econômico (Sedem), Planejamento (Seplam) e Fiscalização Urbana (Sefur) atuarão juntamente com a Saúde.
“Não teremos tolerância com esses estabelecimentos. Chega de esperar que eles eliminem possíveis criadouros do mosquito”, alerta o diretor de Vigilância em Saúde Ambiental. “Eles serão visitados e notificados e, caso não corrijam as irregularidades, autuados e até interditados”, destaca. O município também espera a aprovação, em segunda votação, pela Câmara Municipal, de um projeto de lei que estabeleça multas específicas para cada situação. No caso da construção civil, ela pode chegar a R$ 828,00.
‘Ontem foi dia de ação em todas as 13 unidades de saúde da SMS que funcionam 24 horas. O trabalho, que está na segunda semana e será realizado todas as quartas-feiras, objetiva eliminar possíveis focos do Aedes aegypti do interior e dos arredores dos postos de saúde de Goiânia, onde é maior a possibilidade de contaminação de mosquitos, devido à presença de doentes. Nas proximidades do Centro Integrado de Atendimento Médico e Sanitário (Ciams) do Jardim América – um dos bairros com maior índice de infestação de Goiânia –, os agentes encontraram três focos, de larvas e mosquitos adultos, que foram eliminados.
A preocupação se justifica. Os novos números da dengue, divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mostram que foram notificados 1.245 novos casos da doença na primeira semana epidemiológica de 2010 (até 9 de janeiro). O número é 196,4% maior do que o do mesmo período do ano passado. “Esses dados só reafirmam nossa preocupação, já que tivemos um aumento de 350% nas seis últimas semanas de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior”, acrescenta o coordenador estadual de controle de vetores da SES, Jamilton de Freitas Pimenta.
O aumento da doença, já esperado no período chuvoso, reforça a necessidade de ações que envolvam a sociedade para acabar com os criadouros do mosquito transmissor da dengue. “Nosso grande objetivo é conscientizar que cada cidadão pode e deve fazer sua parte, em vez de apenas esperar pelo poder público”, ressalta Jamilton. “Também estamos trabalhando para evitar que o crescimento da doença ultrapasse esses quase 200% da primeira semana”. Todos os anos há aumento de casos até em torno da 20ª semana epidemiológica. Este ano, como o início do ciclo das chuvas foi antecipado, existe a expectativa de que o pico da doença também se antecipe. “Ainda não sabemos como será nas próximas semanas, por isso precisamos manter a ênfase na mobilização, principalmente dos municípios com grande número de casos”, insiste Jamilton.
Multa
A estratégia adotada pela Prefeitura de Goiânia para o enfrentamento da dengue dá ênfase para o envolvimento de várias áreas da administração. Hoje de manhã, a fiscalização se concentrará no Jardim Guanabara 1, na região norte da cidade, e abordará especialmente borracharias do setor. “Estamos fazendo um trabalho articulado”, explica Geraldo Edson Rosa. Órgãos como Vigilância Sanitária, Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e Secretarias de Desenvolvimento Econômico (Sedem), Planejamento (Seplam) e Fiscalização Urbana (Sefur) atuarão juntamente com a Saúde.
“Não teremos tolerância com esses estabelecimentos. Chega de esperar que eles eliminem possíveis criadouros do mosquito”, alerta o diretor de Vigilância em Saúde Ambiental. “Eles serão visitados e notificados e, caso não corrijam as irregularidades, autuados e até interditados”, destaca. O município também espera a aprovação, em segunda votação, pela Câmara Municipal, de um projeto de lei que estabeleça multas específicas para cada situação. No caso da construção civil, ela pode chegar a R$ 828,00.
‘Ontem foi dia de ação em todas as 13 unidades de saúde da SMS que funcionam 24 horas. O trabalho, que está na segunda semana e será realizado todas as quartas-feiras, objetiva eliminar possíveis focos do Aedes aegypti do interior e dos arredores dos postos de saúde de Goiânia, onde é maior a possibilidade de contaminação de mosquitos, devido à presença de doentes. Nas proximidades do Centro Integrado de Atendimento Médico e Sanitário (Ciams) do Jardim América – um dos bairros com maior índice de infestação de Goiânia –, os agentes encontraram três focos, de larvas e mosquitos adultos, que foram eliminados.
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