quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Perseguição a quem ajudou!

Diário da Manhã

Chuvas em Angra dos Reis? A culpa é de Marconi

É com o sentimento de muita tristeza que vejo nos jornais a postura do governador Alcides Rodrigues, anunciando perseguições àqueles companheiros que de fato ajudaram a elegê-lo. Pior ainda: é inaceitável ler matérias em que esse governador e auxiliares fazem pesados ataques quanto à gestão do senador Marconi Perillo. Ora, quando Marconi era governador do Estado, Alcides Rodrigues, conhecido como Cidinho, era o vice-governador e nessa condição certamente teve conhecimento de todas as ações, projetos, programas e benfeitorias promovidas pela gestão do Tempo Novo, bem como se beneficiou do efeito positivo dos mesmos em sua campanha para governador.

Além de vice, Alcides assumiu missões, funções importantes e cargos estratégicos na gestão de Marconi. Na campanha, nos programas de televisão, o atual governador dizia: “Eu e Marconi fizemos, eu e Marconi fizemos aquilo.” Ou seja, sem subterfúgios, Alcides procurava se apresentar como corresponsável pelo sucesso da gestão do Tempo Novo. E é verdade. Marconi não assumiu o Estado de Goiás sozinho, não ganhou as eleições sozinho e, principalmente, não administrou o Estado sozinho. Muito pelo contrário, Marconi teve a competência e a humildade de montar uma equipe altamente qualificada, preparada, e, acima de tudo, soube liderar com habilidade e propriedade essa equipe que transformou Goiás na potência que é hoje no cenário nacional. Alcides, como vice, assumiu o governo do Estadão de Goiás dezenas e dezenas de vezes. Foi secretário e esteve presente em todas as inaugurações e atos de importância da administração, inclusive na inauguração do Centro Cultural Oscar Niemayer, conforme podemos ver no vídeo da solenidade. Sim, é verdade: Alcides estava lá, sorridente e feliz da vida, já que assumiria o governo no dia seguinte. E mais: na campanha, o jingle elaborado pela equipe de marketing de Alcides e não de Marconi, cantava: “Alcides é Marconi, Marconi é Alcides”.

Quatro anos depois de empossado, o atual governador continua reclamando do seu antecessor, a quem atribui todas as responsabilidades por tudo que existe de errado. Só falta culpar Marconi pelas chuvas que arrasaram Angra dos Reis. Se existem problemas, é bom Alcides saber que ele também ajudou a criá-los, pois integrava a gestão passada como figura de proa. E por que, durante a campanha, ele não falou desses problemas? Ele então se omitiu?  Omissão é muito preocupante! Ninguém aguenta mais esse discurso, que já cansou e só mostra que há uma procura por bode expiatório para justificar a inoperância e a falta de uma marca administrativa.

É lamentável vivenciar uma gestão retrógrada, de promessas não cumpridas, de políticos amadores que viram as costas aos companheiros por interesses meramente pessoais, de gestores centralizadores com pensamentos arcaicos e perseguidores como na era da ditadura militar. E que acima de tudo atribuem a incompetência e inoperância do atual governo de Goiás ao sucesso da administração anterior. Como diz um amigo meu: “A frustração da atual gestão é não ter tido a competência de inovar e dar continuidade nos processos de desenvolvimento de todos os setores e atividades econômicas, sociais e culturais do Estado de Goiás como fez o governo de Marconi Perillo.”

Concluo com uma definição prática de governos, no caso de utilizar a nossa muito cantada e celebrada expressão “tempo”: já se convencionou chamar os governos do PMDB de Tempo Velho, do governo do PSDB e sua base aliada de Tempo Novo e, agora, proponho ao governo do PP o termo Tempo da Traição.

Ricardo Borges é administrador

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