quinta-feira, 11 de março de 2010

CONTEXTO
O jornal de Anápolis

Opinião


















Vander Lúcio Barbosa


QUALIFICAÇÃO

Chama a atenção de todos, a generosa oferta de empregos anunciada, diariamente, pelo SINE em Anápolis. Mas, chama a atenção, também, o baixo índice de aproveitamento desses candidatos, devido, principalmente, à falta de qualificação da mão de obra. Existem vagas, existem pessoas desempregadas. Mas, existe, entre elas, um grande fosso que precisa, urgentemente, ser superado: a qualificação. Independentemente do serviço, seja ele tecnológico ou manual, hoje em dia exige-se um mínimo de adestramento e conhecimento sobre o assunto.

Foi-se o tempo em que as empresas admitiam os “aprendizes”, ou “ajudantes”. Essas pessoas tinham um tempo suficiente para se familiarizarem com o trabalho, iam adquirindo a experiência no correr dos meses e, até, dos anos. Com sorte, em alguns anos se tornavam profissionais. Hoje não é mais assim. A velocidade que a economia global alcançou, exige rapidez, eficiência e qualidade. A relação custo/benefício é a que mais pesa no empresariado na hora de contratar. O que os patrões querem saber é: quanto vai custar e quanto vai render esse trabalhador. E, a partir de quando.

Essas colocações soam como sinal de alerta para a geração atual e para as futuras gerações. Não adianta ter inteligência, boa vontade, ser honesto e bem intencionado. O candidato que não se preparar, ficará, com certeza, à beira do caminho, na fila dos desempregados. Daí, a importância da adoção de políticas públicas inteligentes, objetivando preparar jovens, e adultos também, para essa realidade que salta aos olhos de todos.

Em Anápolis, além do chamado “Sistema S”, que engloba SESC, SESI, SENAI, SENAC, SENAR, SEBRAE e outros, está vindo aí, o IFET, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, além de outras propostas altamente positivas, visando gerar trabalhadores qualificados. E, não poderia ser diferente. Caso os anapolinos não estejam preparados, certamente as vagas que estão surgindo nas fábricas, nas empresas prestadoras de serviços e similares, serão ocupadas por gente “de fora”. O que, com certeza, não seria muito bom.

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