Editorial
Fazer valer a lei
É inadmissível que a chamada Lei Antidengue, aprovada recentemente pela Câmara de Goiânia, para punir os que permitem a presença de criadouros do mosquito Aedes aegypi em seus imóveis, continue sendo um instrumento inócuo. Dessa forma, é muito bem-vinda a sanção prevista para hoje. E que esse instrumento legal seja efetivo.
Como ninguém foi punido, a sensação de impunidade deixa pessoas insensíveis e irresponsáveis à vontade. Assim, o trabalho dos agentes de saúde não pode ser realizado em número muito grande de imóveis na cidade.
O crescimento espantoso do número de casos registrados de dengue tem a ver com diversos aspectos, mas é evidente que essa incivilizada atitude dos que impedem a ação dos agentes de saúde nos imóveis dos quais são proprietários constitui poderoso fator para o alastramento da doença. Podem ser considerados mesmo inimigos da saúde do povo.
Essas pessoas fazem dois males ao mesmo tempo, pois também acabam comprometendo o trabalho de cidadãos zelosos que cuidam de seus imóveis tomando as providências necessárias para impedir a proliferação do mosquito transmissor.
É preciso que a comunidade se una e as autoridades imponham mesmo a lei para remover esta ignorância. Uma manifestação de ignorância que pode ser até mesmo ser comparada com os que, no início do século passado, combatiam a campanha de vacinação recomendada pelo grande cientista da área de saúde Oswaldo Cruz.
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