quarta-feira, 17 de março de 2010

Leitores opinam!

O Popular

Cartas dos leitores

Mortos pela polícia

Ao ler a reportagem Polícia matou 224 nos últimos 8 anos em Goiânia, da jornalista Rosana Melo, publicada segunda-feira no POPULAR, constatei a falência da segurança pública em Goiás, pois, diante da ineficácia de um policiamento planejado, tornou-se comum a execução de criminosos.

A Constituição dá garantias a todos os cidadãos, inclusive aos criminosos. O papel da polícia é proteger vidas e não tirá-las, com vem acontecendo no Estado, sob o pretexto de confronto ou até mesmo com a suspeita de grupos de extermínios.

Segurança pública se faz com respeito à dignidade das pessoas e não com execuções. Diante do que está acontecendo em Goiás, necessário se faz a intervenção urgente do governador do Estado e da Polícia Federal.

JARBAS VIEIRA DA CRUZ
Vila Nova – Goiânia

* Com referência à carta da leitora Leide Maria Ferreira, publicada segunda-feira, eu, mãe do Pedro Henrique de Queiroz, venho em meu nome e de toda minha família, apresentar a essa família nossa solidariedade. Quando meu filho foi assassinado pelo policial Gevani Cardoso da Silva, no dia 11 de setembro de 2008, quando saía do batizado do seu filho, criou-se o movimento Não quero ser mais um, na tentativa de que as estatísticas de violência policial diminuíssem.

Pensamos também em dar um basta na violência gratuita feita por policiais de Goiás. É uma vergonha o que se vê. Nós, pais e irmãos, assim como toda nossa família, lutamos há mais de um ano e meio em busca de justiça para o caso do meu filho. O que temos visto são novos fatos degradantes.

Meu filho foi assassinado sem ao menos saber o motivo e o pior: sem receber pelo menos o socorro. Ao invés de socorrê-lo, viraram as costas e continuaram a tarefa que realizavam, ou seja, trabalhar em horas de folga para a Superintendência Municipal de Trânsito.

O constrangimento que Leide Maria Ferreira e sua família passaram nós também temos passado, nas três audiências que aconteceram. Eles saem rindo como se debochassem das nossas caras. Como se quisessem dizer: “Matei mesmo e daí?”

É muito triste para mim, para a mãe do Darlan e de tantos outros Pedros e Darlans, a impunidade. Acredito que a justiça divina não falha, mas não queria deixar de acreditar na justiça dos homens.

MARIA DO ROSARIO FERNANDES QUEIROZ
Goiânia – GO

Futebol arte

Como arte, seus artistas pisam palcos de terra batida nas periferias das cidades ou tapetes verdes. Cada gesto, cuidadosamente treinado, baila diante de uma melodia imaginária, ruidosamente saudado por uma plateia fanática. Valem risos, choros, desabafos, gritos de guerra.

Como arte, prescinde de um conjunto rigoroso. Concentração ousada, pensamentos ligeiros, passos fugidios em busca de um limitado pedaço do campo, onde se objetiva o prazer maior de quem o alcança e desespero desmedido de quem foi atingido. O mágico momento do gol.

Esta arte dispendiosa, envolvente, desvirtuada, sagrada e profana, faz dependentes associações, federações, clubes, mídias. O prestigio pessoal e os proventos buscados se misturam, anulando o virtuoso da arte. Momento triste do futebol, que deixa de ser espetáculo e se torna espetacular para seus aproveitadores insaciáveis.

Riqueza e fama a qualquer preço. Como paixão suportamos o grito insano de guerreiros fardados, a frustração de dirigentes ameaçados, naquele gol que faltou. Homens distintos transformados em feras. Por paixão ou ódio. Extremos que se renovam a cada partida, como se não ouvissem o apito final de um juiz. Por ter vivido o futebol arte como essência, a fidelidade de seus artistas e dirigentes, retorno, nostálgico, àquele tempo, em que escolhi ser vilanovense.

LUIZ FERNANDO MARTINS
Goiânia – GO

Dia do Consumidor

Em 15 de março de 1962, o então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, em discurso, disse que todo consumidor tem direito à segurança, à escolha, à informação e a ser ouvido. Tais palavras causaram grandes impactos no Planeta, motivando debates e estudos em diversos países.

Assim foi considerado um marco na defesa dos direitos dos consumidores. O Dia Mundial dos Direitos do Consumidor foi comemorado, pela primeira vez, em 15 de março de 1983. Acreditamos que trabalhar na conscientização das pessoas não é tarefa fácil, em decorrência de o ser humano se acomodar à tendência de se sentar confortavelmente naquilo que conhece e a que está acostumado.

No Brasil, passados 28 anos desde o primeiro discurso do presidente americano, originou-se uma lei moderna, Lei 8.078/90, que é conhecida como Código de Defesa do Consumidor, que só vigorou a partir de 1991, trazendo responsabilidades aos fornecedores.

Particularmente, visualizo deficiências nas relações de consumo com empresas aéreas, operadoras de planos de saúde, administradoras de cartões de crédito, entre outras.

Os consumidores podem contar como seus aliados os Procons, instalados nas capitais e nos principais municípios de todo o território nacional. Os Procons possuem representação necessária no apoio e proteção para que os direitos do consumidor sejam eficazes, respeitados e as normas legais aplicadas, além das orientações que são passadas aos fornecedores de seus direitos e deveres.

ANDRÉ MARQUES
Nova Suíça - Goiânia

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