terça-feira, 16 de março de 2010

Fisiologia!

O Popular

Disputa no PMDB por ministérios ameaça minar aliança com PT
Apesar de ordem de lula para que técnicos substituam candidatos, Peemedebistas articulam sucessão nas 6 pastas que têm na esplanada

Agência O Globo

Brasília – A substituição dos ministros candidatos que terão de se desincompatibilizar do cargo até o dia 2 promete ser uma fonte de problemas para o governo, no que depender de setores do PMDB. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tenha dito que não pretende nomear ministros políticos para os últimos nove meses de seu mandato, o PMDB não parece disposto a se enquadrar à regra.

Para piorar a situação, a disputa pelo espólio peemedebista na Esplanada, de seis ministérios, ameaça reacender uma velha disputa interna no partido e comprometer a aprovação da aliança nacional com o PT em favor da candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência.

A bancada do PMDB no Senado detectou na semana passada um movimento da turma da Câmara, ligada ao presidente da Casa, Michel Temer (SP), para tentar emplacar o ex-deputado Moreira Franco (RJ) na cadeira do senador Hélio Costa (MG) no Ministério das Comunicações.

Os senadores do PMDB, por outro lado, já deram duas opções ao presidente Lula para a substituição de Hélio Costa: o chefe de gabinete do ministro, José Artur Filardi Leite; e Antonio Domingos Teixeira Bedran, conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em outra frente, a bancada do PMDB da Câmara dá como certa a indicação do presidente da Conab, Wagner Rossi, ex-deputado paulista, para o lugar do deputado Reinhold Stephanes para o Ministério da Agricultura. O ministro preferia deixar o cargo para seu secretário-executivo Gerardo Fontelles, mas a turma ligada a Temer não abre mão de indicar outro nome para a vaga.

Sobre a substituição de Costa, o deputado Eduardo Cunha (RJ) tentou desfazer o clima de mal-estar. “O cargo é do Senado e caberá aos senadores escolherem o substituto do Hélio Costa. Desde quinta-feira isso está sendo ventilado, mas não é uma articulação nossa e nem será. Se alguém teve iniciativa pessoal, não tem nosso aval”, disse.

Nos bastidores, o líder do partido, senador Renan Calheiros (AL), manifestou seu desagrado com o fato de ter ficado de fora da audiência na última quinta-feira na qual Lula reuniu além de Temer, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). A reunião teve como um dos assuntos da pauta justamente a substituição dos ministros do PMDB na Esplanada.

No mesmo dia, Renan deu o troco: derrotou o governo e impediu a votação da MP 470, que destina R$ 6 bilhões para capitalização da Caixa Econômica Federal, e que perde a validade esta semana. Aliado ao líder do DEM José Agripino Maia (RN), Renan desafiou o líder do governo e disse que só aceitaria votar a MP se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em meia hora, fizesse uma promessa pública de que não vetaria emenda que incluiria no texto prorrogação do prazo de renegociação das dívidas de produtores rurais do Nordeste.

As desavenças começaram quando Jucá intermediou a aprovação de um empréstimo de cerca de R$ 300 milhões para o governo de Alagoas, que poderá ter impacto positivo na campanha à reeleição do governador tucano Teotônio Vilela. Aliado de Teotônio em 2006, Renan este ano apoia o ex-governador Ronaldo Lessa. Em janeiro Renan vetou o nome de Jucá para ocupar a 1ª vice-presidência nacional do PMDB.


Justiça Eleitoral proíbe propaganda partidária com elogios de Lula a Dilma

Folhapress

São Paulo – A Justiça Eleitoral de São Paulo proibiu ontem a veiculação de peças de propaganda partidária do PT na TV nas quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz elogios à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do partido à Presidência.

Nas inserções, Lula afirma que Dilma é “mineira”, mas tem “a cara e a alma” de São Paulo – a peça faz parte da estratégia petista de alavancar a votação da ministra-candidato no Estado.

Segundo a decisão do corregedor eleitoral de São Paulo, desembargador Alceu Penteado Navarro, o conteúdo das inserções “ultrapassa os limites” estabelecidos para a propaganda partidária gratuita. A legislação determina que essa publicidade que antecede o período eleitoral seja utilizada exclusivamente para divulgar programas, eventos, atividades congressuais e posições políticas dos partidos.

Navarro acolheu um pedido de concessão de medida liminar apresentado pelo PSDB e pelo PMDB e proibiu que fossem ao ar as peças agendadas para ontem, amanhã e sexta-feira. No despacho, o desembargador liberou a veiculação das peças de propaganda com conteúdo diferente daquele em que Dilma é elogiada.

Em nota, o PT informou que vai recorrer da decisão e que veiculará inserções com o senador Aloizio Mercadante e com a ex-ministra Marta Suplicy, ambos pré-candidatos do partido ao governo estadual. A restrição ocorreu no mesmo dia em que as críticas do deputado federal Ciro Gomes (PSB) ao PT paulista estimularam o lançamento de chapa própria no Estado.

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