BASTIDORES
Fieg
Líderes empresariais garantem que o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Paulo Afonso Ferreira, vai apoiar aquele candidato que apresentar uma lista de apoio com no mínimo 18 assinaturas de presidentes de sindicatos industriais. Como tem uma lista com 18 assinaturas, Pedro Alves de Oliveira deve ser o próximo presidente da Fieg.
PR banca Vanderlan Vieira Cardoso para a disputa do governo do Estado
O deputado federal Sandro Mabel diz que, se depender do PR, o candidato da terceira via será o prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Vieira Cardoso. “Vamos iniciar uma rodada de conversações com os partidos aliados, como PP e DEM, e vamos levá-lo ao governador Alcides. De cara, sabemos que seu nome não sofre nenhuma restrição, pois não tem arestas. E é um fato novo.”
Líderes do PR avaliam que seria ainda mais positivo se Vanderlan fosse o candidato único da base de Lula em Goiás. Vanderlan já contratou até marqueteiro e, com um grupo de empresários, comprou um novo avião.
Vanderlan aceita disputar? Mabel diz que, sim, “como missão”. Na opinião do deputado, o prefeito é viável por vários motivos.
Primeiro, é municipalista e tem o respaldo dos prefeitos da base de Alcides. Marconi Perillo é forte entre os prefeitos e a candidatura de Vanderlan seria um contraponto. “Vanderlan não é rejeitado pelos prefeitos da base”, afiança Mabel.
Segundo, é um administrador considerado eficiente até por adversários e é respeitado pela base alcidista. Ele praticamente redesenhou o desenvolvimento de Senador Canedo, assentando novas vocações para o seu crescimento.
Terceiro, como prefeito de um município da Grande Goiânia, com sua gestão relativamente conhecida na capital e nas cidades do entorno, pode arrancar votos de Iris Rezende.
Quarto, Vanderlan é apresentado por Mabel como um político que sabe agregar. “Ele pode obter até mesmo o apoio de Marconi”, diz, e ri, um de seus aliados no PR.
O cerco a Marconi estaria completo, na avaliação de um dirigente do PP, se Ernesto Roller (PP) aceitar ser o vice de Vanderlan. “Roller é do Entorno do Distrito Federal, onde Marconi é, por enquanto, hegemônico.”
O chapão teria Vanderlan para governador, Roller para vice e Demóstenes Torres (DEM) para o Senado.
A recriação da Metago é vista como retrocesso
Egresso ele próprio dos quadros da antiga Metago, o senador tucano Marconi Perillo tem em sua equipe vários ex-funcionários do mesmo órgão, hoje em processo de liquidação.
Entre eles há quase um consenso de que a Metago, criada no governo Mauro Borges, na década de 1960, teve papel importante no desenvolvimento de Goiás, mas foi exaurida em sua função como empresa de extração mineral. Os investimentos privados de grande monta suprem bem este papel e a Metago não teria condições de competir em igualdade de condições.
Já o Funmineral atende bem a função de injetar financiamento aos projetos de médio e pequeno porte. Não há razão para recriar a Metago.
Roller ou Mabel na vice de Iris Rezende
Embora Vanderlan Vieira Cardoso seja cotado para disputar o governo, Brasília tem enviado sinais de que o senador Marconi Perillo não pode ser subestimado e, por isso, sugere a criação de uma frente mais ampla do que a que está sendo desenhada. O presidente Lula sugere que Iris Rezende abra conversações com os principais líderes partidários da base do governo federal — sem excluir o DEM de Ronaldo Caiado, adversário figadal do petismo — com o objetivo de puxá-los para uma aliança global, anti-marconista, já no primeiro turno. Um petista que apoia Iris diz que o prefeito não se lançou oficialmente porque, antes de fazê-lo, quer conversar com o governador Alcides Rodrigues e integrantes de outros partidos. O PR estaria tentando bancar Sandro Mabel para vice de Iris. O PP poderia bancar Ernesto Roller. Pesquisas indicam que o quadro em Goiás é tão polarizado que há a tendência de a disputa ser decidida em 3 de outubro. Na avaliação dos estrategistas de Lula, se conseguir liderar uma frente ampla, incorporando PMDB, PT, PP, PR, PSB e DEM, isolando Marconi com apenas PSDB, PTB e PPS, Iris será eleito no 1º turno. Conta-se que Lula cozinhou a negociação da dívida da Celg como a Eletrobrás em banho-maria porque desconfiava que o rompimento entre Alcides e Marconi era jogo-de-cena. Agora, tem certeza que, se era, deixou de ser.
Uma guerra pelo Entorno do DF
Como mais de 1 milhão de eleitores, a Grande Goiânia é tida como território do prefeito Iris Rezende, e por isso o senador Marconi Perillo tem feito reuniões frequentes nos bairros com o objetivo de reduzir a diferença.
No Entorno de Brasília, com cerca de 700 mil eleitores, Marconi reina, por enquanto sem grandes contestações.
Mas políticos da região contam que dois políticos estão trabalhando, com firmeza na região, para tentar reduzir a frente de Marconi. Sérgio Caiado, candidato a deputado federal, está jogando pesado na região, reconquistando prefeitos que pareciam “perdidos”, como o de Águas Lindas. O deputado Sandro Mabel também atua na área, monitorado pela equipe do presidente Lula da Silva.
PT desafia o DEM no Sudoeste goiano
O PT decidiu que vai enfrentar o DEM em Rio Verde. O prefeito Juraci Martins, do DEM, decidiu bancar o inexperiente Heuler Cruvinel para deputado federal. Como contraponto, o PT vai lançar Karlos Kabral.
Kabral é um político articulado e respeitado no PT. Sabe que tem poucas chances de ser eleito, porque Rio Verde não elege sozinho um deputado federal e o petista tem escasso apoio na região. O objetivo do partido é somar votos para eleger dois ou três deputados federais.
Enfraquecido no município, o PP estuda o lançamento de Paulo Roberto Cunha. Este só depende de um sinal verde do governador Alcides Rodrigues.
Aliados de Juraci acreditam que Cruvinel vai ser uma “decepção”. “É uma aposta errada e teimosa do prefeito.”
Jaraguá
O prefeito de Jaraguá, Lineu Olímpio, pode ser cassado pelo TRE. É acusado de distribuir casas no dia da eleição. Lineu enfrenta outro problema: seu pré-candidato a deputado, Julivan Jayme, tem dinheiro, mas parece não ter votos. O tucano Nédio Leite não tem grana, mas tem votos. Breno Leite (PHS) e Gilberto de Castro (PPS) estão na raia.
“Marconi está isolado politicamente”, diz Rubens
Na sexta-feira, 5, o Jornal Opção localizou o deputado federal Rubens Otoni (PT) em Pirenópolis. Ele informa que o prefeito Nivaldo Melo (PP) terá recursos federais para revitalizar o turismo do município. “Vamos contribuir para melhorar a segurança pública, a cultura e a beira do rio será revitalizada.” Depois de falar de aspectos administrativos, Rubens manifestou sua vontade de disputar o governo. “A prioridade é a candidatura de Iris Rezende, mas, se ele não disputar, meu nome está colocado. Aí buscarei o apoio da terceira via e do PMDB.”
Com Iris candidato, o PT vai reivindicar espaço na chapa majoritária. A tendência, se Sandro Mabel for o vice de Iris, é Rubens disputar mandato de senador. “Se não for candidato a governador, prefiro disputar a reeleição.” Descarta a senatória? “Não. O PT reivindica a vaga de um candidato a senador, mas não necessariamente para mim.”
O governador Alcides Rodrigues, na avaliação de Rubens, está decidido a lançar um candidato da terceira via — Ernesto Roller (PP) ou Vanderlan Vieira Cardoso (PR). Roller, diz Rubens, tem vontade de disputar. “Não vejo problema, pois poderemos nos juntar no segundo turno. O importante é que a base de Lula esteja, no primeiro ou no segundo turno, unida.” É possível que, entre maio e junho, o candidato da terceira via desista e apoie Iris? “Não sei. Mas uma aliança que inclua PP e PMDB seria importante. Porque, como Marconi Perillo está isolado politicamente, podermos eleger o nosso candidato a governador no primeiro turno. Ações mais bruscas do senador, como o lançamento precipitado de Júnior do Friboi para o Senado, são justificadas pelo isolamento.” Rubens aposta que Friboi não será candidato. Marconi estaria pressionando o DEM, mas pode afastar o partido ainda mais. Inseguro, o senador Demóstenes Torres poderia se encaminhar, de vez, para a terceira via. Rubens avalia que Henrique Meirelles, com candidato a senador, qualifica a política de Goiás. “Ele gostaria de ser candidato a governador, mas pode disputar vaga no Senado.”
O vice-prefeito Paulo Garcia é um dos políticos mais ligados ao prefeito Iris Rezende. Ele deve assumir a prefeitura no dia 2 de abril, mas evita falar sobre o assunto. Iris tem dito que Paulo é qualificado para substitui-lo e é leal. “O prefeito vai abrir uma série de conversações com a base do governo Lula. Defendo uma união a mais ampla possível. A eleição vai ser decidida no primeiro turno.” Um dos segredos do sucesso de Iris é, afiança Paulo, “sua presença contínua nas obras e atividades municipais. O prefeito gosta de ver as coisas, de opinar, e, com isso, transmite segurança à sociedade.”
Merzian quer ser suplente de senador
O empresário Malkon Merzian, como Cyro Miranda, tem um sonho: ser senador por Goiás.
Dono da Construtora Merzian, quer começar como Miranda. Apesar de milionário, quer ser suplente de senador.
Por enquanto, não decidiu de qual candidato a senador será suplente. O empresário tem muita simpatia por Demóstenes Torres (DEM). Merzian sabe que a parada é difícil. Mas não costuma desistir fácil de seus objetivos.
Empresários goianos querem mais presença na política.
Por que prefeitos do PP apoiam o tucano Marconi Perillo
Num dos escritórios de Marconi Perillo, um repórter ficou surpreso com a quantidade de prefeitos do PR, do PP e pelo menos um do DEM. Uma prefeita do PR frisou: “Vou apoiar Marconi de qualquer maneira. Ficarei com o governo até julho”. Um prefeito do PP corroborou: “Não tenho como não apoiar o senador”.
Perguntados pelo motivo de apoiar Marconi, os prefeitos contaram a mesma história. Disseram que foram eleitos com o apoio de Marconi. “Ele visitou mais nossa cidade do que os líderes do PP, como Sérgio Caiado, e me deu apoio integralmente”, relata um pepista.
Outros prefeitos avaliam que a eleição de 2010 não deve nem pode ser desconectada da de 2012. “Em 2012, com quem vamos contar para disputar mandato de prefeito? Não podemos apoiar o PMDB, porque é o nosso principal adversário na minha cidade”, relata um prefeito.
Em Inhumas, por exemplo, o prefeito Abelardo Vaz (PP) não compõe com o ex-prefeito José Essado (PMDB). São adversários históricos.
Siqueira vai ouvir Duda Mendonça?
Um publicitário garante que o marqueteiro Duda Mendonça vai ficar surpreso com Siqueira Campos. “O ex-governador do Tocantins finge ouvir e, depois, só faz o que quer. Aos 82 anos, não aceita nenhuma orientação, pois acha que sabe de tudo.” Duda é tão arrogante como Siqueira e certamente avalia que pode dominar a fera. Comenta-se que, ao examinar as pesquisas, o marqueteiro não teria ficado animado. Os números, expostos cruamente, indicam que o tucano é favorito. Mas, quando examinados com lupa e confrontados com informações de pesquisas qualitativas, indicam que Siqueira pode se revelar uma espécie de cavalo paraguaio, só que ainda mais cansado. Seu favoritismo é tido como inercial, porque não há candidatos definidos para enfrentá-lo. Qualis sugerem que o eleitor quer continuar renovando e mesmo alguns dos eleitores “de” Siqueira admitem que podem trocar de candidato, desde que se apresente uma alternativa consistente.
Luis Cesar quer vaga no Senado
Aliados do deputado Luis Cesar Bueno dizem que, como foi um dos principais articuladores da aliança com Iris Rezende — contrariando Luiz Alberto Gomes e Marina Sant’Anna —, pode disputar mandato de senador. Petistas ressalvam que a prioridade para disputa é de Rubens Otoni. Se o deputado optar pela reeleição, Cesar deve colocar seu nome para o partido. Há quem avalie que Cesar deve arriscar e disputar mandato de deputado federal.
Marketing rápido e eficiente: começou a aparecer em veículos o adesivo com os dizeres “Goiás quer a volta Dele — 15”. É uma alusão ao prefeito Iris Rezende.
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Trata-se de um contraponto ao “Volta”, com um tucano e as cores azul e amarelo. Uma alusão ao senador Marconi Perillo.
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Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher do deputado federal Valdemar Costa Neto, lança, entre junho e agosto, o livro “Tribo do Não Dito”.
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A obra de Maria Christina versa sobre os bastidores do Mensalão e, segundo o jornalista Claudio Tognolli, na revista “Poder”, é explosiva.
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A reportagem da “Poder” cita José Dirceu e Delúbio Soares.
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Dito atribuído ao presidente Lula da Silva: “A tinta da minha caneta ainda não acabou. Mas já está falhando”.
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O empresário Vanderlan Vieira Cardoso, prefeito de Senador Canedo, comprou outro avião.
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O secretário de Comunicação, Lívio Luciano, fez uma pequena cirurgia e já está prontinho para trabalhar na campanha de Iris Rezende para governador.
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Discreto e eficiente, Lívio Luciano é um dos esteios da administração do prefeito peemedebista.
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Se o promotor Tito Amaral não assumir a Secretaria de Segurança Pública, o secretário-executivo será o titular, indicado por Ernesto Roller.
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Reclamação de alguns produtores e funcionários da Secretaria da Agricultura: a Emater foi recriada, mas não tem funcionado.
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De um político da base do governador Alcides: “A terceira via não será viabilizada. No final, os integrantes do PP e de outros partidos ligados ao governo Alcides apoiarão Iris Rezende e Marconi Perillo”.
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O político diz que apoia a terceira via, mas que não sente consistência nenhuma nas articulações. As conversações não vão adiante. Não fluem.
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O governo do Estado está demitindo a rodo. Na TV Brasil Central vários profissionais foram demitidos. Direta ou indiretamente, todos são ligados ao tucanato.
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Alguns dos demitidos nem sabem quais foram os políticos que os indicaram.
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Pesquisas não divulgadas, tanto do Instituto Serpes quanto de outro instituto, indicam que a disputa em Goiás está equilibrada. Iris Rezende e Marconi Perillo estão tecnicamente empatados.
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Pesquisadores independentes avaliam que os números das pesquisas do Vox Populi (pró-Iris Rezende) e Ecope (pró-Marconi) não refletem o quadro real.
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A ministra mais poderosa do governo Lula, Dilma Rousseff, ficou encantada com a experiência política e a objetividade administrativa do prefeito Iris Rezende.
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Rousseff quer Iris como um dos coordenadores de sua campanha em Goiás.
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Três marqueteiros disseram ao Jornal Opção que, em termos de marketing político, Marconi Perillo é o político goiano mais atento.
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A estrela Duda Mendonça está tentando assinar um contrato para prestar assessoria para os candidatos a governador do PSDB em vários Estados.
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Depois de ter sido marqueteiro de Lula, Duda Mendonça já está palpitando na pré-campanha de Siqueira Campos, no Tocantins, e deve ser convocado pela equipe de Marconi.
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Renato Monteiro, um marqueteiro competente e que não é mais valorizado por ser santo de casa, não deve trabalhar na campanha de Marconi Perillo.
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Além de Duda Mendonça, são cotados para articular o marketing de Marconi Léo Pereira, José Luiz Bittencourt e Paulo Bittencourt.
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O tucanato paulista está preparando um marketing-pancadaria contra Dilma Rousseff.
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De um integrante da terceira via: “Como Barbosa Neto pode ser coordenador se não tem voz ativa e, por isso, não pode dizer se uma articulação está no rumo certo ou não?”
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Sérgio Caiado deve ser o candidato a deputado apoiado pelo PP de Santa Helena de Goiás.
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O deputado Roberto Balestra, pela primeira vez em muitos anos, não terá o apoio do grupo do governador Alcides Rodrigues em Santa Helena.
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Aliados de Carlos Silva, cotado para disputar mandato de deputado federal, sugerem que dispute cargo na Assembleia.
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De um político de proa de Rio Verde: “O prefeito Juraci Martins brigou para que um ramal da Ferrovia Norte-Sul fosse destinado ao município. Mas faltaram prestígio e liderança políticos ao democrata”.
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Se sair o acordo da Eletrobrás com a Celg, o governador Alcides Rodrigues banca Ernesto Roller para vice de Iris Rezende.
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O governo Alcides mostrou que pode desafiar o poderio do tucanato na Assembleia.
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Bomba anunciada por petistas brasilienses: um político goiano teria sido gravado numa conversa nada católica com um doleiro.
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Joaquim Roriz confidenciou a um político goiano que quer disputar o governo do Distrito Federal, mas que, se a pancadaria for muito forte, pode ficar em sua fazenda.
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Roriz teme que, se ganhar o governo, comece uma campanha de linchamento, no dia seguinte, para derrubá-lo. O Ministério Público, por exemplo, deve voltar com carga total contra o potentado do PSC.
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O conselheiro do TCM Tião Caroço deve levar o prefeito de Formosa, Pedro Ivo, a apoiar Marconi Perillo em outubro. Ivo deve ficar em cima do muro, num primeiro momento, mas, depois, deve trabalhar para o tucano.
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